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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Campeões Distritais pelo Pica em 2000/2001 reencontraram-se

Texto e foto: João Carlos Lopes

Pica do Tino reuniu

A saudosa equipa da Associação Cultural e Desportiva da Pica, que fez furor na época 2001/2002, reuniu no último Sábado, no Complexo Turístico de Rilhadas, onde os craques de então puderam matar saudades. Alguns deles já não se viam desde essa época. Daí terem surgido algumas surpresas porque, durante oito anos, houve fisionomias cuja erosão do tempo nada esculpiu, estavam na mesma.
Nessa noite disputaram-se três jogos importantes. Um que reuniu os craques no campo sintético de futebol de sete do citado complexo, numa peladinha muito disputada em que os erros se pagaram caro, tendo ganho a equipa do “mister” Tino por escassa margem, com o jornalista Carlos Abreu a fazer um póquer e a sagrar-se o melhor marcador da contenda. Como quem sabe nunca esquece, os pormenores desta estirpe futebolística vieram ao de cima e, apesar de o corpo já não obedecer com a mesma prontidão viram-se jogadas dignas da bíblia do futebol, protagonizadas pelos saudosos atletas.
O outro jogo foi à mesa, mas não correu sem que antes tenham matado as saudades com os recortes dos jornais, da faixa de campeão Distrital e das medalhas religiosamente guardadas pelo treinador campeão, Altino Ferreira, mais conhecido por Tino.
De faca e garfo na mão os atletas retemperaram as forças gastas na peladinha e falaram de algumas histórias vividas naquele tempo, como aquela em que o então jovem na altura, Sabry, protagonizou, ao saber que iam jogar a Espinho, tendo pedido ao mister se podia ir de manhã com a namorada e fazia um pouco de praia. Falta dizer que esse Espinho não era a Cidade que fica na orla Marítima mas sim uma localidade do Concelho de Braga. Outras histórias foram ali recordadas sempre de sorriso aberto e com muita boa disposição. O jogo que falta falar estava a dar na televisão, tratava-se do Sporting –Benfica, cujo resultado, um empate a zero, não parece ter agradado à maioria presente. Na verdade, no tempo destes campeões, golos era coisa que não faltava. O melhor marcador desse ano em todas as divisões da Associação de Futebol de Braga, foi Luís Carlos, com quarenta golos apontados. Era um ponta-de-lança com faróis de nevoeiro, para ele nunca havia caminhos tapados para a baliza, arranjava sempre um buraco para a bola passar.
Esta equipa do Pica foi notoriamente a que mais marcou todo o historial em termos futebolísticos da colectividade. Vejamos: Campeões de Série; Campeões Distritais; Subida à Divisão de Honra da AF de Braga, vencedores do prémio “Fair Play - Não à violência Viva o Desporto” , instituído pela Câmara Municipal de Fafe, para promover o jogo limpo e a disciplina. A estes títulos colectivos junta-se o individual de melhor marcador de todos os escalões distritais dessa época, conseguido pelo jogador já atrás referido.
Esta foi, sem dúvida, uma equipa com personalidade e à imagem da Direcção que tinha na altura, presidida por Carlos Lemos, um senhor presidente, como raramente se vê até a nível nacional. O Pica de 2001/2002 sabia estar, era respeitado e respeitador. Acolhia a crítica jornalística e transformava-a em instrumento de trabalho para melhorar alguns aspectos menos positivos. Este Pica era harmonia e simbiose, uma máquina bem montada cuja engrenagem funcionava quase na perfeição.
Por ser uma equipa singular e por os jogadores não quererem cortar os laços que o futebol dessa época criou, ficou a promessa de novos encontros como este, com uma periodicidade anual.
Já no declinar deste convívio houve os discursos da praxe. Falaram o Presidente da Direcção e o presidente do Conselho Fiscal dessa época, Carlos Lemos e Vítor Sampaio, respectivamente. Falaram ainda, os treinadores Altino Ferreira e Figueiredo; os capitães Dani e Armando Mota e os jornalistas que foram distinguidos nessa época, Carlos Rui Abreu e João Carlos Lopes. O reconhecimento, os elogios e a vontade de prolongar o convívio nos anos seguintes fez convergir os discursos, alguns deles feitos com brilho nos olhos. Um brilho de satisfação e de alegria.
Apesar de não reunir todos os atletas e directores dessa época, foram mesmo muito poucos os que faltaram a esta reunião de campeões. Alguns deles encontram-se a trabalhar no estrangeiro e só a distância os impediu de estar presentes.
Para a história fica o nome dos atletas que escreveram uma página de ouro sobre azul no livro desta nobre colectividade:

PLANTEL DO PICA 2000/2001
Luís Carlos, Antero, Dani, Armando Mota, Pedro Preto, Paulo Preto, Nelo, Zé Miguel, Manel, Eugénio, Braga, Rambóia, Patrício, Hilário, Maurício (GR), Geninho, Sousa, Pedro SuJustificar completamentebia, Ricardo Sucata (GR), Pedro Faher, Sabry, Toni, Carneiro (GR) e Sérgio.
Equipa Técnica: Altino Ferreira (treinador); Figueiredo (Adjunto) e Xuxu (Treinador de Guarda-redes).
Massagista: Ernesto.
Roupeiros: Joaquim e Cândido
Presidente da Direcção: Carlos Lemos.

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