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segunda-feira, 15 de março de 2010

Pedestrianismo: Restauradores sempre em marcha

Texto e fotos: João Carlos Lopes


Recordar o passado
descobrindo o presente

A Secção de Pedestrianismo dos Restauradores da Granja marcou presença, com um número significativo de sócios, na iniciativa da Associação Basto Move-te, à qual se associou, em parceria, na realização da Rota das Camélias, no Concelho de Celorico de Basto.

O percurso pedestre inseriu-se no Festival Internacional das Camélias, dinamizado por aquele Município, o qual pretende divulgar e valorizar o património natural que as camélias existentes no concelho representam.

A caminhada iniciou-se no jardim da biblioteca municipal, espaço aprazível, bem localizado, muito arejado e com uma grande variedade de espécies de camélias.

O percurso passou pela tenda onde estavam expostos inúmeros arranjos feitos com camélias e colocados a concurso, no jardim municipal, onde foi possível observar a beleza natural em simbiose com a arte e o engenho humano.

Daí, a caminhada prosseguiu em direcção à margem direita do Rio Tâmega, onde foi possível observar um vale profundo que, ao que tudo indica e em breve, ficará submerso por uma grande albufeira, a qual está projectada para aquele local há vários anos.

Já com o Rio Tâmega pelas costas, o percurso pedestre prosseguiu durante alguns quilómetros pelos antigos trilhos do Caminho de Ferro da linha do Tâmega, em direcção a Veade, passando pela antiga estação de Caminho de Ferro de “Mondim de Basto”, onde ainda é possível apreciar, num edifício vandalizado, a rara beleza ostentada pelos vários painéis de azulejos, com motivos tradicionais que, apesar de danificados vão resistindo a tudo e a todos. Nesse espaço do trajecto, as mimosas disponibilizaram o seu belo e doce colorido para quem quisesse apreciar.

Para trás tinha ficado a ribeira de Veade cujo percurso foi feito sobre a antiga ponte do Caminho de Ferro, com a imponência dos seus altos arcos em granito. De resto os pedestrianistas passaram ainda sobre outra ponte construída propositadamente para viabilizar a passagem da via-férrea, com relevante arquitectura.

Ao longe, não muito distante, observava-se, de vários ângulos, a imponência do Monte da Senhora da Graça, em Mondim de Basto, com o seu cordão de estradas a enfeitá-lo, bem como, em várias fases, o percurso sinuoso mas sublime, até pelo caudal que ostenta nesta altura do ano, do Rio Tâmega.

A caminhada prosseguiu por entre vegetação frondosa e flores de várias espécies, onde se destacavam sempre as camélias pelo seu porte imponente e pelas suas cores vivas. Como principais pontos de observação desta espécie de flora destacam-se os jardins das casas de Outeiro, da Boavista e do Campo, onde terminou a caminhada da mesma forma que começou, ou seja, no início foi feito o aquecimento e no final foram feitos alongamentos para que os músculos não se ressentissem do esforço dispendido ao longo dos cerca de doze quilómetros percorridos.
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