Comitiva fafense com o árbitro de primeira categoria Artur Soares Dias |
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Texto: João Carlos Lopes / Fotos: NAFF (Conjunto) e JCL (Cátia Leitão)
Cátia
Leitão obteve pontuação máxima
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Jovens promissores na calha
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O Núcleo de Árbitros de Futebol de Fafe
(NAFF) saiu com a imagem reforçada do XI Encontro Nacional do Árbitro Jovem
2012, que se realizou nos dias 5, 6 e 7 de Outubro, em Mira, que teve a
participação de 96 árbitros em representação de 13 Associações de Futebol, num
certame organizado pela Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF).
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O NAFF fez-se representar por 5 elementos
com idades compreendidas entre os 14 e os 17 anos.
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Do Programa elaborado pela APAF constaram
palestras com Árbitros Internacionais como Olegário Benquerença, que abordou o
tema “Ser árbitro no campo e na vida”; Artur Soares Dias, que versou sobre
“Como compatibilizar os treinos, os jogos, a escola e os resultados escolares”;
Duarte Gomes, a falou sobre a “Liderança/motivação nas várias fases a caminho
da excelência” e João Capela, cuja palestra incidiu sobre os “Núcleos/centros
de Treino a sua importância no sucesso da arbitragem”.
Cátia Leitão destacou-se dos demais |
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A ordem de trabalhos contemplava ainda um concurso
técnico que incluía análise de vídeos e respostas a questões técnicas, bem como
uma aula Técnica/prática ministrada no terreno de jogo sobre a movimentação, enquadramento,
sinalética e Linguagem gestual. Incluía igualmente testes de escolha múltipla,
abordagem à nutrição Desportiva e de um tema teoria e prática da psicologia do
desporto.
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Os jovens representantes do NAFF
aproveitaram da melhor maneira esta oportunidade para mostrar todo o seu
conhecimento tendo obtido classificações excelentes.
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No tema Psicologia do Desporto, João
Rodrigues obteve 1.º lugar. Já no teste de escolha múltipla os fafenses quase
rebentavam com a escala. Cátia Leitão esteve incólume ao obter a pontuação
máxima de 100 pontos, tendo sido a única a consegui-lo. Luís Neves ficou no
lugar imediatamente a seguir tendo 93 feito pontos.
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Foi uma experiência em cheio para estes
árbitros fafenses que e fizeram novas amizades e partilharam conhecimentos que
lhes podem ser muito úteis no seu futuro promissor nos meandros da arbitragem.
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Por ser mulher e por se ter destacado no
meio de muitos homens Cátia Leitão mereceu o aplauso e a consideração de todos
os presentes até porque se revela uma árbitra ambiciosa pois quer chegar longe
nesse panorama.
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Esta jovem de 17 anos quer se a primeira
mulher a apitar jogos na Primeira Liga Profissional, ainda que saiba que seja
quase impossível não vai desistir de tal objectivo pois acredita que as leis
vão mudar e permitir que as mulheres actuem nos escalões profissionais.
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Cátia é estudante e que quer tirar o curso
de economia mas sente um enorme prazer na arbitragem na qual entrou por acaso
pois acompanhou o namorado a um curso do NAFF e acabou por gostar e ficar. De
resto confessa que foi muito acarinhada e apoiada pelo que agradece a
oportunidade que este núcleo fafense que tem na actualidade um árbitro na I
Liga, Jorge Ferreira, lhe proporcionou, o que confessa, se reflectiu no
resultado agora alcançado.
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Tendo como referência na arbitragem Artur
Soares Dias, Cátia não esquece o monitor do seu curso, Valdemar Lopes, a quem
está grata por todos os ensinamentos que este antigo fiscal de linha
internacional lhe tem proporcionado a ela e aos colegas, quer a nível teórico
quer prático, transmitindo-lhes muita da sua experiência e advertindo-os para
tudo o que se pode encontrar quando se está a apitar um jogo.
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Além de estudar e da arbitragem Cátia ainda
dedica parte do seu tempo ao voluntariado pois faz parte da corporação, como
bombeira, dos Bombeiros Voluntários de Fafe.
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Actualmente é árbitra assistente de outro
elemento do NAFF, Joaquim Pereira, com quem chega a fazer dois jogos por fim de
semana, mas em breve começará a apitar jogos dos escalões mais jovens. O chefe
de equipa revela que a jovem é muito esforçada e vai sempre além daquilo que é
pedido e exigido para a sua idade e categoria de estagiária, treina mais e faz
de assistente no máximo de jogos possíveis.
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Dentro de campo garante que está tão
concentrada no que está a fazer que ignora por completo o que a assistência lhe
possa dizer. Contudo, confessa que ainda tem alguns “medos” para superar mas
que isso será ultrapassado à medida que for ganhando experiência.
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