Texto e fotos: João Carlos Lopes
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Samu construiu e Rafa segurou
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O GCD Regadas venceu a bem organizada
formação do GD Arco de Baúlhe por 2-1, num jogo que teve três golos
monumentais, dois deles apontados pelo regadense Samu e em que o guardião Rafa
negou o empate aos arcoenses ao defender uma grande penalidade. De resto a
partida teve uma expulsão directa aos 60 minutos para um jogador de Basto mas,
curiosamente, a sua equipa não acusou a falta desse elemento e até se
galvanizou.
O Regadas dominou nos primeiros minutos
de jogo e precisamente quando o Arco de Baúlhe começou a sacudir a pressão e a
equilibra o jogo a equipa fafense chegou à vantagem. Depois de algum perigo na
área do Regadas a equipa orientada por António Águia operou um contra-ataque rápido,
com Samu a ganhar velocidade na direita e quando guarda-redes Luís vinha tentar
compensar o seu defensor, foi brindado por um monumental chapéu ainda fora da
área.
O golo foi aos 18 minutos e pouco depois
respondeu o Arco com Zé Manel, ao primeiro poste, a cabecear ao lado na
sequência de um canto.
O segundo golo apareceu aos 20 minutos e
teve igualmente a assinatura de Samu que, com mais um toque subtil, agora de pé
esquerdo, já dentro da área, descaído para a direita, fez novo chapéu a Luís.
A equipa de Basto, orientada por António
Correia, reagiu e, aos 32 minutos, em jogada de insistência pela esquerda, Preto
entrou na área e quase sem ângulo desferiu um remate em arco para um golo de
belo efeito.
Aos 36 minutos o Arco podia ter chegado
à igualdade em jogada de contra-ataque mas não soube aproveitar a superioridade
numérica e errou sucessivos passes. Antes do intervalo foi António Pedro a
rematar, de cabeça, por cima da trave do Regadas, na sequência de um canto.
No segundo tempo o Arco não reagiu nos
primeiros minutos e o Regadas, de bola parada levou perigo relativo á sua
baliza.
Aos 60 minutos Oliveira ganhou posição a
Marco e este que parecia ter o esférico controlado fez falta para cartão
vermelho directo, à entrada da área.
Se até então o Arco estava apático neste
período reagiu mas primeiro foi Samu a dar de bandeja para César e este a
desperdiçar o 3-1 para o Regadas.
A equipa de Basto respondeu e conquistou
dois cantos consecutivos, sendo verdade que criava verdadeiro perigo neste tipo
de lances.
Aos 73 minutos, João cobrou um livre ao
segundo poste para a equipa de Basto, onde António Pedro, de cabeça, solicitou
Licínio e este fez a bola rasar a trave regadense.
Fruto da pressão exercida pelo Arco de
Baúlhe, aos 78 minutos, Julien ao tentar aliviar uma bola de cabeça, esta
percorreu-lhe o tronco e o árbitro considerou que houve bola na mão e assinalou
uma grande penalidade a favor do Arco de Baúlhe. .
Chamado à conversão, António Pedro, o
elemento mais inconformado dos arcoenses bateu para o lado esquerdo de Rafa mas
este esticou-se todo e foi desviar a bola que seguia a meia altura para a
baliza. Os festejos equivaleram aos de um golo e a partida ganhava outro herói.
O Arco de Baúlhe não baixou as armas e
aos 81 minutos na sequência de um livre apontado por Preto, António Pedro, de
cabeça atirou á figura de Rafa.
Já em período de compensação Licínio
protagonizou uma jogada idêntica á de Oliveira e ganhou posição a Julien sendo
derrubado por este à entrada da área, ainda que tivesse mais colegas à ilharga.
O árbitro esteve bem no capítulo técnico ao apontar a falta mas esqueceu-se de
mostrar a cartolina amarela que por acaso era a segunda.
Do livre nada resultou e o Regadas
acabou a festejar a vitória frente a uma equipa bem orientada e que muito
valorizou o resultado.
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1 comentário:
De uma maneira geral e no essencia a análise corresponde ao que se passou no encontro em questão, no entanto permita-me discordar do lance em que refere que o jogador do Arco, Marco fez falta para cartão vermelho. Acho que o árbitro foi bastante rigoroso para o jogador uma vez que o seu adversário, nesse lance, não se encontrava enquadrado com a baliza mas descaído para o lado direito do ataque local. Aliás, como muito bem refere, nem sequer conseguiu seguir o mesmo critério quando assinalou o livre direto à entrada da área do Regadas.
Outra questão que considerei pertinente foi o facto, bem visível ao longo da partida, de o Preto ter sido sobejamente castigado com faltas grosseiras e, a maior parte das vezes, ficaram sem o devido castigo. Dessa forma até podia ser o Regadas a acabar o desafio sem os onze jogadores.
Manuel António
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