Texto e fotos: João Carlos Lopes
Uma enorme vontade de vencer
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- Bruno Teixeira e Samu foram heróis
O GCD de Regadas venceu mais uma final ao bater o GD S. Cristovão por 2-1, numa partida jogada com grande intensidade perante um adversário muito motivado ao qual os regadenses nunca haviam vencido em casa nem para o campeonato nem para a taça, apesar de já o terem feito no terreno do opositor.
Perante uma boa e entusiasta assistência a equipa de António Águia viu-se em desvantagem ainda muito cedo apesar de ter efectuado o primeiro remate com perigo aos seis minutos, com Diogo Gomes a rematar cruzado e fazer a bola passar muito perto do segundo poste.
Aos nove minutos uma falta de Tiago sobre Pedro Rosita originou grande penalidade que Francês se encarregou de converter em golo e colocar os visitantes na frente.
O Regadas reagiu de imediato com Samu a meter o turbo e a cruzar para a área onde Bruno Teixeira não conseguiu encostar por pouco.
Mais dois minutos, aos 19, Buga cruzou ao segundo poste onde estavam Diogo Gomes e Samu que se atrapalharam um ao outros perdendo uma hipótese soberana de golo.
Dois minutos volvidos, César ganhou espaço na área ao fugir a um adversário mas acabou a rematar á malha lateral.
O golo do empate adivinhava-se e chegou aos 23 minutos. Samu saltou com um adversário ganhando uma bola dividida que sobrou para Bruno Teixeira e este entrou na área para rematar cruzado e fazer um bom golo.
No minuto seguinte, na cobrança de um livre directo descaído para a direita, Buga enviou a bola á barra da baliza à guarda de Sá.
Seguiu-se um período de algum equilíbrio mas sempre com o Regadas a querer chegar á baliza contrária.
À passagem dos 40 minutos, num livre tipo canto curto na esquerda, cobrado por Buga, Diogo Gomes desviou ao primeiro poste mas depois a bola foi desviada para canto.
A um minuto do descanso Rosita cruzou para a área mas Huguinho não estava enquadrado com a jogada e atirou ao lado.
Na segunda parte foi mais o tempo que a partida esteve interrompida que propriamente tempo de jogo. Notava-se que havia uma grande carga psicológica em todos os jogadores e que o S. Cristovão apesar do seu 5.º lugar estava muito motivado para a partida, daí a tensão que se gerou entre todos mas ainda assim só foram mostrados cinco cartões amarelos, os mesmos que na primeira parte.
O Regadas queria ansiosamente chegar ao golo mas os homens de S. Cristovão era rápidos e incisivos sobre a bola não permitindo que os fafenses conseguissem pensar duas vezes.
Aos 54 minutos o S. Cristovão beneficiou de um livre directo perto da área mas Francês atirou à figura de Rafa. Aos 58, Diogo Gomes adiantou demasiado a bola quando estava quase de caras com o guarda-redes.
Seguiu-se um período de muitas interrupções, com os homens do S. Cristovão a solicitar assistência e a aproveitarem-se desse facto para tentar desmoralizar os regadenses.
Aos 70 minutos, Bruno Teixeira disputou uma bola dividida com o guarda-redes Sá e quase levava a melhor.
Com o aproximar do último quarto de hora o Regadas começou a arriscar quase tudo e isso podia ter-lhe custado a derrota pois o S. Cristovão dispôs de alguns contra-ataques venenosos, como aquele em que Huguinho na cara de Rafa atirou ao lado.
O Regadas esteve perto de marcar novamente aos 81 minutos. Jogada de grande confusão na área do S. Cristovão e após vários rematas Sobrança não fez o golo por muito pouco.
Aos 89 minutos novo contra-ataque do S. Cristovão que não foi aproveitado devidamente.
O árbitro concedeu cinco minutos de compensação o que parecia pouco para tanto tempo que o jogo esteve parado e o Regadas aumentou a pressão e referescou a equipa com a entrada de Alex e Di Maria, tirando dois defesas, Tiago e Silva
Neste tempo de compensação, primeiro foi Bruno Teixeira a não conseguir, dentro da área, bater novamente Sá. Depois, aos 94 surgiu a explosão total. Novamente Bruno Teixeira a rematar e a ganhar um canto. A bola foi metida ao segundo poste onde Sobrança tentou marcar de cabeça, tendo o esférico saído ao poste contrário onde Samu encostou para o golo.
Parece que o mundo tinha saído de cima dos ombros de toda a gente afecta ao Regadas. A pressão era mesmo muita mas a vontade ganhar foi ainda maior e foi essa que prevaleceu.
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