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segunda-feira, 31 de março de 2014

Zé Brochado foi o herói da vitória do Fafe sobre o Vilaverdense

Texto e foto: João Carlos Lopes 

“Todos nós somos heróis pelas dificuldades
 que o grupo tem vindo a atravessar” 

Apesar de recusar o epíteto de herói da partida foram dois rasgos individuais de Zé Brochado a dar um pontapé no marasmo que estava a ser o jogo entre o Fafe e o Vilaverdense. Fazendo lembrar os grandes momentos da sua “geração de ouro” na formação o jogador resolveu literalmente o jogo e evitou que a equipa registasse mais um empate.

Sendo praticamente desde que chegou ao plantel sénior uma segunda opção, muitas vezes sem ser utilizado durante as dezenas de partidas já efectuadas nestes dois anos de sénior. É um elemento de recurso que ainda recentemente teve que jogar a defesa esquerdo para tapar o buraco da lesão de João Carneiro e do castigo de ferrinho. 

Vontade tem-na de sobra, humildade em doses industriais e muita capacidade de trabalho e de luta só possível por quem ama e sente a AD Fafe desde pequenino, não tendo conhecido mais nenhum clube em toda a sua carreira. 

Sobre este o jogo disse: “Senti-me bem quando entrei dentro de campo e acabei por ter a felicidade de me ter isolado duas vezes em que felizmente a equipa adversária fez duas grandes penalidades que nós conseguimos concretizar em golo e saímos deste jogo com a liderança reforçada, o que julgo ser o mais importante de tudo. Quando entrei, o treinador disse-me para dar o meu melhor, acima de tudo para me divertir e ser feliz e para ajudar a equipa a defender porque estávamos com menos uma unidade naquela altura, para conseguirmos segurar o resultado e quando tivéssemos posse de bola para me soltar de forma a tentarmos fazer o nosso golo e vencer a partida, que foi o que veio a acontecer”. 
Sobre as oportunidades na equipa não deixou de ser humilde e salientou “trabalho todos os dias da mesma forma e com a mesma intensidade, este foi claramente o meu melhor jogo da época, correu-me bem e vamos ver o que acontece, pois trabalho sempre da mesma forma, o resto cabe ao treinador decidir”. 

Questionado sobre se sentia herói após ter arranjado a solução para a vitória comentou: “não me sinto herói deste jogo porque heróis foram também os meus colegas, porque uma boa parte deste jogo estivemos em inferioridade numérica e depois com o André a jogar bastante tempo com a cabeça aberta. Todos nós somos heróis até pelas dificuldades que o grupo tem vindo a atravessar, como é público. Esta vitória assenta-nos muito bem porque temos sido uns verdadeiros homens e temos lutado todos os dias para dignificar ao máximo o símbolo que representamos. Considero que esta é uma vitória justíssima”. 

Já o treinador Agostinho Bento disse sobre o homem que acabou por decifrar o jogo: “Sei o que o Zé me pode dar, ás vezes mais com o coração que com a cabeça. É um jogador que tem muita mobilidade, com muita crença. Os lances em que conseguiu as grandes penalidades são daqueles que surgem de jogadores de grande determinação e vontade. Não digo que só ele é que pudesse ganhar aqueles lances mas realmente o Zé Brochado é um jogador que nunca se entrega e sua vontade e determinação acabaram por resolver o desafio. Como faz parte da equipa é uma vitória da equipa acima de tudo”.
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