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sábado, 31 de maio de 2014

Artur Magalhães (Presidente do AC Fafe) quer regressar brevemente à 1.ª Divisão

Texto e foto: João Carlos Lopes 

"Vamos formar um plantel que
 nos vai dar muitas alegrias"


A época terminou e o presidente do Andebol Clube de Fafe, Artur Magalhães, fez um balanço e assume desde já a intenção de regressar brevemente à 1.ª Divisão do Andebol Nacional. Falou das incidências da época, do novo treinador e da fé inabalável que tem nos jogadores da formação que vão ter mais oportunidades de evoluir na 2.ª Divisão para depois serem mais valias para o Clube. 


BALANÇO DA ÉPOCA 

“É uma realidade que vamos descer à 2.ª Divisão. Inicialmente não contávamos com isso apesar de termos construído uma equipa com as dificuldades que são conhecidas. Fafe não é uma centralidade e temos que ir buscar atletas com potencial acima da nossa formação, realidade que espero que se dilua rapidamente, ou seja no prazo de dois ou três anos. Temos muita gente a aparecer e que vai de certeza absoluta aguentar, ou contribuir para isso na equipa e naturalmente depois vamos pincelar o plantel com dois ou três atletas de fora que sejam mais-valias. 

Nesta altura, temos que recrutar jogadores para várias posições. A descida surpreendeu-se mas também aconteceram algumas coisas desagradáveis ao longo da temporada como as lesões de atletas nucleares, casos de Eduardo Sampaio e César Gonçalves e o próprio Armando Pinto jogou sempre condicionado, tal como Vladimiro Pires que veio de uma lesão grave. Tínhamos um atleta que podia ter sido uma mais-valia, o francês Daniel Rivet, que de certo modo foi uma ilusão pois teve que regressar a França para acudir a problemas de saúde familiares e até então tinha estado a recuperar de uma pubalgia. 

Estas incidências todas num plantel tão curto e o corolário da saída do treinador, talvez tardia, mas eu sou averso a fissuras e aguentei o máximo que pude convencido que ele teria capacidade para aguentar o campeonato. Visto agora, penso que se ele tivesse saído mais cedo, possivelmente podíamos ter ficado na 1.ª Divisão, pois os resultados obtidos na fase final vieram-nos dar razão. Perdemos alguns jogos pela diferença mínima e tivemos outro tipo de capacidade e de resposta. 

A isso não é alheio o facto de termos contado com o trabalho de José António Silva, treinador principal do AC Fafe, faltando apenas a confirmação da sua vida académica para assumir o Clube em definitivo. Se ele tem podido ser o treinador no banco penso que teríamos conseguido dar a volta a esta situação. 

NOVA ÉPOCA 

“Neste momento já falei com setenta por cento dos atletas e vamos manter a quase totalidade do plantel. Sabemos que há atletas para os quais a 2.ª Divisão acaba por saber a pouco mas, estamos a tentar motivá-los com um projecto a dois anos. Um projecto de subida e depois mantermo-nos num lugar que penso que temos direito, atendendo à realidade do andebol nacional, ainda que sempre a lutar pela manutenção mas julgo termos capacidade para revertermos esta situação em que mergulhamos agora. Pelo que já falei com alguns jogadores, a ideia que tenho é que vamos formar um plantel que nos vai dar muitas alegrias na próxima temporada. Estou convencido que no mínimo vamos estar entre os três primeiros a discutir a subida”. 

JOGADORES DA FORMAÇÃO 

“Temos sete ou oito atletas da nossa formação que ainda não “rebentaram” e que uma segunda divisão lhe vai dar mais espaço para o fazerem. Por outro lado, tenho muita expectativa porque o treinador, o professor José António Silva, é uma pessoa que já demonstrou neste mês e meio que está à frente do ACF ser um excelente pedagogo, explicando e exigindo muito ao mesmo tempo. 

Pelo que me transmitiu há jovens no plantel que vão de certeza absoluta desabrochar e que já conta com eles. Penso que vai ser uma boa oportunidade para os sete ou oito atletas oriundos da formação e que têm estado um pouco na sombra devido à experiência dos mais velhos. Num escalão mais baixo o nível de exigência é menor e vai-lhes dar espaço para que cresçam, para numa eventual subida de divisão virem a ser mesmo mais-valias. Depois, os atletas que tivermos que ir buscar fora já terão que ser para fazer toda a diferença e não para cobrir o plantel. 

Estou muito esperançado da forma como treinador trabalha, acarinha e responsabiliza os jovens, pelo que vamos ter agradáveis surpresas a esse nível. Naturalmente que vamos ter duas ou três saídas que vamos colmatar com gente jovem e que queiram dar continuidade às suas carreiras, sendo duas ou três surpresas da zona envolvente do Concelho”.
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