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sábado, 9 de agosto de 2014

Associação de Caça e Pesca Montes de Fafe renasceu

Texto: João Carlos Lopes / Fotos: Ivo Borges 

Enorme vontade de fazer mais e melhor 

A Associação de Caça e Pesca Montes de Fafe (ACPMF) foi fundada a 12 de Setembro de 2002 mas depois de alguma actividade esta acabou por sofrer um interregno. Porém, um grupo de caçadores e pescadores fafenses que querem dinamizar esta colectividade tentou reunir os elementos inicias da Associação e, em Assembleia-Geral realizada no dia 12 de Setembro de 2013, foram eleitos os novos corpos gerentes com Luís Miguel Barros a ocupar o cargo de presidente da Direcção.

A ACPMF tem agora a sua sede situada no Parque da Cidade, junto ao bar da Torre do Relógio e conta actualmente com 45 sócios, os quais pagam uma cota de 12 euros anuais, estando a colectividade aberta ao público em geral, uma vez que qualquer um pode ser sócio, nem que seja de fora do concelho de Fafe. 

Desde que tomaram posse os novos corpos gerentes da ACPMF, esta já fez uma largada de pombos no dia 6 de Julho, a qual ocorreu no campo de treino de caça de Ruivães. Fizeram também uma largada de quatrocentas trutas na Praia Fluvial de Calvelos, em Golães. Têm, ainda, prevista uma largada de perdizes a qual está suspensa devido a imperativos legais até à normalização da actividade da caça em Fafe. Na largada de pombos estiveram presentes 72 caçadores os quais ocuparam 36 portas que eram o limite do campo. Já na largada de trutas contaram com sessenta pescadores que eram o número limite. Contudo, quer numa ou noutra actividade foram reunidas cerca de centena e meia de pessoas em cada. 

Segundo o seu presidente o “intuito desta colectividade é juntar todos os fins-de-semana e todas as noites, durante a semana, o maior número de caçadores na sede da colectividade, sobretudo para que cada vez mais a amizade prevaleça através do convívio. Depois, conversar de caça e de pesca. A nossa Associação também poderá cooperar com a Câmara Municipal em termos logísticos e de recursos humanos, pois apoiará a edilidade em todo o tipo de trabalho que esteja ligado à caça e à pesca, dentro das nossas possibilidades”, frisou.

Esta Associação está também interessada em melhorar cada vez mais a caça e a pesca no nosso concelho. Por isso, precisa do apoio do maior número de caçadores e pescadores do concelho de Fafe e dos concelhos vizinhos. Sobre isso, Luís Barros disse, “temos a gestão de um campo de treino de cães de caça e que neste momento está em renovação, na freguesia de Cepães e contamos prosseguir com a gestão do mesmo, organizando largadas de perdizes, pombos, faisões e patos e fazendo concursos de pesca. Poderemos organizar batidas à raposa e montarias ao Javali se a Câmara assim o entender e precisar do nosso apoio” anunciou.

A ACPMF tem o mérito de ser, neste momento, a maior parceira da Câmara Municipal no desafio de implementar um novo modelo de gestão para a Zona de Caça Municipal de Fafe. Um concelho que tem recursos muito propícios ao ato do exercício da caça e da pesca, com óptimos montes em termos paisagísticos e com bastantes e diversificadas espécies cinegéticas, como pombos, rolas, tordos, coelhos, perdizes, raposas, javalis, codornizes, galinholas e patos entre outras e com óptimos rios para a pesca.

Por outro lado, Fafe é uma região muito convidativa para o exercício da caça e tem muitos caçadores dos concelhos vizinhos a caçar nas suas reservas, oriundos de Guimarães, Cabeceiras de Basto, Felgueiras, Braga, Vieira do Minho, Celorico de Basto, Famalicão e até mesmo do Porto. A paisagem dos montes fafenses é muito bonita, o que cativa e convida os caçadores ao exercício da caça.

Relativamente à actividade piscatória, Fafe tem muitos rios bastante bons para o exercício da pesca, e uma magnífica barragem, onde a pesca irá ser reestruturada.

Segundo o presidente da A ACPMF, “hoje em dia caçar já fica bastante dispendioso, dizemos nós que a caça é um exercício só para os “Ricos”, no bom sentido da palavra, o nosso governo exige muita burocracia, no sector da caça, o que já levou muita gente a desistir de caçar. Há muitos documentos, que têm que ser constantemente renovados, sendo essa renovação muito cara e nos tempos que correm nem toda a gente tem disponibilidade financeira para esse tipo de despesas. As despesas com cães também aumentaram muito com a implementação dos chips. As Zonas de Caça Municipais cada vez são menos e algumas já cobram valores bastantes elevados por cada jornada de caça, as Zonas de caça Associativas também são bastantes caras, e nem toda a gente pode ser sócio e ter acesso ao exercício da caça nesses terrenos assim como nas Zonas de Caça Turísticas. Portanto, ou a caça é reestruturada em termos burocráticos e acabamos com as Zonas de Caça Associativas e Turísticas, formalizando uma licença única para que os caçadores possam caçar em todo o País, e de uma forma mais fácil, e mais cómoda, ou então iremos ter sempre problemas com a caça, ao nível burocrático e financeiro”, afirma Luís Barros.

Quanto ao exercício da pesca “é tudo muito mais fácil e muito mais barato. Só os pescadores federados, é que têm muito mais despesas, uma vez que os materiais de pesca são bastante caros. Mas em termos de burocracia é tudo muito mais fácil. Os nossos rios os recursos de pesca são as trutas, barbos, carpas, bogas, escalos, e percas, são as principais espécies existentes nos rios do Concelho”.

Segundo Luís Barros, “em primeiro lugar estes são desportos que fazem muito bem à saúde. Estar um dia inteiro em contacto com a natureza é muito agradável e depois com o grupo de amigos de quem nós gostamos muito ainda melhor, e quando os nossos queridos e fieis companheiros de quem nós caçadores gostamos muito, que são os cães, estão a participar nessas jornadas de caça, isso é que ouro sobre azul”, referiu.

Questionado sobre como nascem os caçadores e os pescadores, respondeu que “a maior parte das pessoas já nascem com esse dom, - é como os jogadores de futebol - de serem caçadores. E depois há influência de familiares directos que são caçadores os quais são quem mais nos influencia desde tenra idade. Depois, alguns nascem para serem bons pescadores ou bons caçadores. Com a experiência que adquirem, vão melhorando cada vez mais, como tudo na vida. Agora temos bons e fracos caçadores e pescadores o que é normal. Alguns ganham o vício mais tarde, não tendo noção daquilo que é uma jornada de caça, e depois de participarem acabam por adorar e tornarem-se caçadores, através da influência do grupo de amigos, no qual existem já caçadores”, concluiu.



CORPOS GERENTES DA ASSOCIAÇÃO DE CAÇA E PESCA MONTES DE FAFE


DIRECÇÃO 

Presidente - Luís Miguel, Fernandes Barros 

Vice-presidente - Júlio Gonçalves Machado 

Secretário - Sérgio Manuel Fernandes Ribeiro 

Tesoureiro, Ivo Alberto Barreiro Borges 

Vogal - Óscar Orlando da Fonseca Freitas

1.º Suplente - Jorge Martins Gonçalves 

2.º Suplente - Ricardo Miguel Novais da Fonseca 


CONSELHO FISCAL 

Presidente - Albino Faria da Silva 

1.º Vogal - José Manuel Teixeira Castro 

2.º Vogal - Osvaldo Paulo J. Mendes 

Suplente - António Martins de Freitas 


ASSEMBLEIA-GERAL

Presidente - António Martins de Freitas

1.º Secretário - António Dinis Castro Antunes 

2.º Secretário - Óscar Marcelo Antunes Soares 

Suplente - António Vítor Gonçalves Oliveira Fernandes
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