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sábado, 2 de agosto de 2014

Ciclismo - Entrevista: Rafael o mais novo do Clã Martins

Texto: João Carlos Lopes / Fotos: DR 

“O ciclismo está no sangue da família” 

Rafael Martins tem 24 anos, é o mais novo do clã Martins no Ciclismo e ultimamente tem-se destacado em provas de estrada e BTT cross Country, nomeadamente, em Trás-os-Montes, onde actualmente trabalha. Filho do antigo ciclista da Coelima, Manuel Martins, que era um destemido a descer, e sobrinho de José Martins que tem um grande cartel no Ciclismo nacional e internacional, com participações muito honrosas entre outras em Voltas a Portugal, Espanha e França, primo de Lizuarte Martins que andou de amarelo na Volta a Portugal e de Gilberto Martins e José Miguel Martins, tendo ambos representado às selecções jovens da modalidade, é ainda irmão de César Martins que também compete em provas amadoras e não nega a fibra da família. Contudo a determinação de Rafael tem feito dele um verdadeiro vencedor que ganha muitas provas na raça quer em estrada quer em BTT. O jovem ciclista, que se considera um corredor imprevisível, deu sempre privilégio aos estudos o que obstou a que seguisse as pisadas da família mas já acabou a licenciatura em desporto há cerca de um ano no Instituto Politécnico de Bragança, trabalhando desde então, no Ginásio "Brifitness Gym" que fica na mesma cidade. Pratica ciclismo nas horas vagas e tira o máximo de rendimento e prazer de uma modalidade que está no sangue da família. 


Como despertou para o Ciclismo?

O ciclismo Como toda a gente sabe é um desporto que está na família desde o meu pai e o meu tio, passando pelos meus primos mais velhos o meu irmão e chegando a mim, iniciei-me no ciclismo logo em criança, por volta dos 8 anos.


Alimentou o sonho de ser ciclista profissional?

RM – Sim, sem dúvida, isso é a ambição de todas as crianças e jovens que a cada dia praticam ciclismo federado. Sempre sonhei ser ciclista profissional e se possível com prestígio.


Ainda alimenta esse sonho?

Hoje em dia isso é cada vez mais difícil, uma vez que o ciclismo é um desporto pouco apoiado em Portugal. Tenho 24 anos e a idade de dar o chamado salto na carreira já passou, mas claro que se a oportunidade surgir com certeza que tentarei a minha sorte.


Pratica duas vertentes do Ciclismo. Tem preferência por alguma delas?

Sempre pratiquei ciclismo de estrada e essa vertente é a minha preferida sem duvida, na vertente de BTT sou ainda um novato visto que só iniciei a prática na passada época desportiva.


Ao que parece tem tido sucesso nas duas vertentes em provas amadoras. A que se deve essas conquistas?

Essas conquistas devem-se sem duvida á dedicação no treino realizado, que muitas vezes é preciso muita força de vontade para depois de um dia de trabalho fazer ainda uns bons quilómetros em cima da bicicleta.

Costuma treinar muito? Quantos km é capaz de fazer por semana? 

Sempre que tenho um tempo livre aproveito para treinar, os km por semana vão variando dependendo da proximidade ou não de provas, durante a semana tento realizar treinos de 40/ 50 km sempre que possível, aos fins de semana uma média de 180/200 km no total dos dois dias Sábado e Domingo. Claro que algumas vezes aproveito para descansar um pouco.


O ciclismo é uma modalidade muito exigente em termos físicos?

Sem dúvida alguma, o ciclismo é uma modalidade que a cada dia o atleta vai testando os seus limites, uma vez que quer melhorar o seu desempenho de prova para prova e isso implica um enorme esforço físico


Quem são as suas grandes referências na modalidade. Tem algum ídolo?

Todo o atleta tem os seus ídolos. Há alguns ciclistas que admiro e com os quais tento aprender algumas coisas, gosto do Alberto Contador, do Mark Cavendish, que é um excelente sprinter e do Peter Sagan, pelo seu mediatismo. Dos ciclistas portugueses admiro e gosto muito do Tiago Machado.

Como é viver numa família de gente ligada ao ciclismo?

É uma excelente sensação ser filho de um ex-ciclista que ainda hoje é falado pela a sua excelente performance nas descidas, é bom ser sobrinho de um ex-ciclista que a nível internacional alcançou excelentes resultados, ser primo de ciclistas que foram á selecção nacional, primo de outro que andou de amarelo na Volta a Portugal, ter um irmão mais velho que foi ciclista e poder partilhar com ele experiencias na bicicleta que só quem percebe um pouco de ciclismo entende, tudo isso é uma sensação que não dá para explicar só mesmo sentido na pele.


Como se caracteriza como ciclista?

Na minha perspectiva sou um ciclista imprevisível, tanto corro ao ataque como à defesa, tento sempre alcançar a vitória, dou sempre o meu máximo, trabalho forte para poder melhorar a forma física. Gosto de ser reconhecido pelo que faço uma vez que o ciclismo e ser ciclista está no sangue da família.
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