Texto: Ricardo Castro / Fotos: João Carlos Lopes
Triunfo moralizador antes da visita ao líder
Valeu o espírito coletivo. A eficácia inexistente de outros jogos. E a sorte que até então teimava em não aparecer. À prova dos nove, a equipa de Hugo Oliveira traduziu uma boa exibição na melhor vitória da época.
Quem se deslocou ao Pavilhão do Nun’Álvares, esperou um pouco mais pelo apito inicial. O cronometrista não apareceu e o jogo começou 15 minutos mais tarde.
O Guardizela deu o primeiro sinal. Shake abanou as esperanças visitantes, evitando o golo de Aníbal em cima da linha. A demora no início do jogo contrastaria com a eficácia condestável. Hugo Lemos assistiu João Nuno e um toque bastou para quebrar o nulo. Estavam decorridos quatro minutos.
Depois, o azar de outros jogos bateu ao poste da baliza contrária. Em dois minutos, Diogo Rafael viu o ferro negar-lhe o golo. Mas a geometria do futsal falaria mais alto, pouco depois. Ribeiro recebeu de Tiago Nogueira e a assistência foi meio golo para Portas. Aos oito minutos, abria-se mais o caminho da vitória.
O embalo do golo encontrou novo episódio feliz no minuto seguinte. Livre de Tiago Nogueira, bola em Ribeiro e Hugo Lemos a encostar ao segundo poste. Lance de laboratório e 3-0 no marcador. Tudo simples.
A pontaria dos primeiros dez minutos deu lugar à posse de bola. Boa troca, pressão a meio campo, espaços fechados e o Guardizela com dificuldade em criar perigo. Ribeiro e Hugo Lemos taparam a última linha e Luís teve pouco trabalho na baliza. Antes do intervalo, novo golo. Canto de Shake, pé esquerdo de Portas e remate potente ao ângulo da baliza. Rede a abanar pela quarta vez e bis do jogador fafense, no último capítulo célebre da primeira parte.
Na etapa complementar, o Nun’Álvares não dormiu à sombra da vantagem e marcou aos 22 minutos. Canto de Ribeiro, bola levantada para Mateus e ‘bomba’ do nº7. Que golo. Fora da área, remate sem deixar a bola ir ao solo. Um golo de mão cheia. Na resposta, Fabinho quase reduzia. Tamanha pontaria encontrou o poste da baliza de Luís.
O 5-0 espelhava as dificuldades do Guardizela. Vitinha, um dos melhores elementos dos visitantes, assinaria o único golo da sua equipa. Aos 28 minutos, bom trabalho perante Shake e remate cruzado a bater Luís.
Para os últimos cinco minutos, mais quatro golos. Aos 34 minutos, João Nuno driblou um contrário e à saída do guarda-redes rematou para o sexto golo, o seu segundo no jogo. De imediato, o sétimo golo trouxe à tona a geometria do jogo. João Nuno deu a Portas e este assistiu Diogo Rafael, que desviou para o 7-1. Triangulação perfeita.
O lance do oitavo golo chamou a jogo a importância de treinar as bolas paradas. Canto de Shake para Tiago Nogueira encostar com êxito no coração da área.
Por vezes, quem marca também dá a marcar. Tiago Nogueira pegou na bola, tirou dois adversários do caminho e deu o nono golo a Luisinho. O jogador fafense, ex-Santo Ovídio, estreava-se da melhor maneira pelos condestáveis. No solo, o sentido abraço entre os dois jogadores. No marcador, o resultado final. O auge de um jogo exemplar a anteceder a visita ao líder Caldelas, na próxima jornada do campeonato.
Jogo realizado no Pavilhão do Grupo Nun’Álvares, em Fafe.
Árbitros: Manuel Araújo e Rui Carvalho.
NUN’ÁLVARES: Luís, Hugo Lemos, João Nuno, Diogo Rafael e Tiago Nogueira. Suplentes: Vitinha (gr), Ribeiro, Fonseca, Portas, Mateus (cap.), Shake e Luisinho. Treinador: Hugo Oliveira.
GUARDIZELA: Pacheco, Paulinho, Aníbal (cap.), Vitinha e Mota. Suplentes: Diogo (gr), João, Fabinho, Guima e Zé Rui. Treinador: Miguel Marques.
Disciplina – cartão amarelo a: Zé Rui, 38’.
Marcador: João Nuno, 4’ e 34’, Portas, 8’ e 17’, Hugo Lemos, 9’, Mateus, 22’, Vitinha, 28’, Diogo Rafael, 35’, Tiago Nogueira, 37’ e Luisinho, 38’.
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