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terça-feira, 10 de abril de 2018

Div. Honra AF Braga: FC Ribeirão 1968, 4 - OFC Antime, 3 (Suor operário)

Texto e foto (arquivo): João Carlos Lopes

"Vista grossa" prejudicou os Operários 


O Operário de Antime deslocou-se ao campo do primeiro classificado perdendo pela margem mínima, num jogo em que houve sete golos, cinco dos quais de bola parada.


Conforme era prevísivel o Ribeirão entrou a pressionar, utilizando um futebol directo sempre com lançamentos longos para as faixas laterais do seu ataque, mas o Antime, prevenido para tal, anulou quase sempre bem esses lançamentos.

A equipa da casa marcou dois golos até aos onze minutos e aos 23 minutos dispôs de uma grande penalidade, sem que tivesse feito muito para merecer essa vantagem. O primeiro golo aconteceu aos 8 minutos, pontapé de canto, Carlos soca mal a bola, muito escorregadia, permitindo ao jogador local no meio de uma grande confusão empurrar para o golo. Aos 11 minutos chegou ao segundo golo, através de um lançamento lateral, um jogador penteou a bola de cabeça ao primeiro poste para o meio da área, onde apareceu solto o avançado do Ribeirão a cabecear com êxito sem qualquer oposição dos defensores do Antime.

Aos 23 minutos, o árbitro assistente descortinou uma falta, claramente inexistente, de um defesa do Antime, dando indicação ao árbitro para a marca da grande penalidade. Na conversão, Carlos evitou o terceiro golo do Ribeirão com uma defesa extraordinária.

A partir deste lance, o Antime tomou o comando do jogo e aos 25 minutos numa jogada de ataque bem trabalhado, Patocas ganhou a linha de fundo, cruzou atrasado para Diogo que com a baliza toda à sua mercê para fazer golo, permitiu a defesa, para canto do guarda-redes local. Da marcação do canto, Marcelo solto na área reduziu para o Antime.

O Antime continuava à procura do golo do empate, que veio a conseguir aos 32 minutos. Carioca lançou Diogo que ganhou em velocidade aos defensores locais, cruzando para o interior da área para Castanha fazer o golo do empate.

A reviravolta poderia ter acontecido aos 39 minutos, pois Chioson de cabeça atirou rente à trave após a marcação de um canto por Patocas.

O Ribeirão adiantou-se novamente no marcador aos 43 minutos, na marcação de uma falta, mais uma inexistente, com o avançado local a cabecear no interior da área perante a passividade de toda a defesa do Antime.

O jogo reiniciou-se com o Antime à procura do golo do empate, o qual veio a conseguir aos 51 minutos. Livre à entrada da área e Laureano com um remate forte e rasteiro, surpreendeu o guarda-redes local.

A partir deste golo a equipa de arbitragem como que abriu uma verdadeira auto-estrada para a baliza do Antime, com direito a via verde para os avançados locais, pois tantos foram os lances de fora de jogo que o árbitro auxiliar do lado da bancada não assinalou. Contudo a defesa do Antime e Carlos, iam anulando os lances de ataque da equipa do Ribeirão. Porém, "tantas vezes o cântaro vai à fonte que um dia deixa lá a asa". E aos 81 minutos assim foi. Mais um lançamento de bola para as costas da defesa do Antime, o avançado local partindo de um fora de jogo que não deixava qualquer dúvida a ninguém presente naquele estádio, apareceu isolado perante Carlos a fazer o golo que viria a dar a vitória ao Ribeirão. O Antime nunca se deu por vencido e procurou sempre até final o golo do empate, o qual poderia ter acontecido já em período de descontos.

O guarda-redes local apanhou por duas vezes a bola na sua área e o árbitro, quase como que a pedir desculpa, lá teve de assinalar o respectivo livre indirecto. Contudo Nuno Almeida não decidiu da melhor maneira e perdeu-se assim uma soberana oportunidade para o Antime não sair derrotado do campo do Passal.

Derrota imerecida do Antime que só aconteceu devido a erros grosseiros da equipa de arbitragem que teve influência directa no resultado. Por tal, péssima, muito péssima arbitragem.

OFC ANTIME: Carlos; Laureano, Marcelo (Gustavo, 29'), Samu, Di Maria, Nuno Almeida, Patocas (Lukman, 84'), Carioca, Chison (Sousa, 68), Diogo e Castanha. Treinador, Luís Miguel Barros. 

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