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sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Entrevista a Lucas Fernandes - Campeão Nacional de Karaté na categoria de sénior

Entrevista por: João Carlos Lopes / Fotos DR

"No karaté encontro a minha filosofia de vida"

O que representa para si este título Nacional?

Foi muito importante para mim e sem dúvida um dos títulos mais importantes na minha carreira desportiva. Foram 12 anos de esforço e dedicação para o ganhar e a satisfação e  alegria sentida naqueles momentos finais do combate foram indescritíveis.


O que encontra no Karaté?

No karaté encontro a minha filosofia de vida, que ao contrário do que muitos pensam é uma filosofia baseada em formação de carácter e respeito às pessoas que nos rodeiam e que na sociedade atual são formas de viver que se encontram em vias de extinção.


É salutar haver duas academias de Karaté em Fafe?

Sim, é um caso invulgar numa cidade consideravelmente pequena ter duas escolas de karaté grandes. Mas na minha opinião deve-se ao facto de a cidade em si estar ligada ao karaté. Ao longo destes anos passaram milhares de pessoas por esta arte marcial e foram sempre bem recebidos, o que faz com que a mensagem passe de geração em geração.


Como avalia os praticantes fafenses de Karaté?

A qualidade dos karatecas em Fafe é altíssima e na sua história já conta com cinco campeões nacionais (Paula Machado, Bruno Freitas (este por duas vezes), Hugo Novais, João Neiva, Luís Fernandes, ), sendo eu o 6.º no geral e o primeiro no escalão principal (Sénior). Mas tendo sempre a certeza que haverá muitos mais, pela vontade e coragem que o cidadão fafense sempre demonstra.


Se tivesse que dedicar este título a quem o dedicaria?

Dedico este título, tal como muitos outros, aos meus amigos e à família que na vitória ou na derrota nunca deixam de me apoiar e de me dar os melhores conselhos. Também aos meus colegas de treino que testemunharam todos os dias a minha evolução e ajudaram-me sempre que precisei. Em especial dedicar este titulo a três pessoas: ao Sensei Armando que me "recebeu" na minha adolescência como karateca e que desde o primeiro dia me tratou como família, no só um excelente treinador, mas sim uma das melhores pessoas que conheci. Por fim, agradecer ao meu pai e mãe pelo apoio incondicional que me deram em todos os momentos da minha vida, dando a melhor educação possível. Nada pode pagar o que eles me deram mas tudo o que ganhei, ganho e ganharei será sempre por e para eles.


Qual o seu grande objectivo como karateca?

Desportivamente, neste momento, o meu maior objectivo são os Mundias da SKI, na Republica Checa, em Julho, em que a preparação já esta a ser feita. O objectivo na minha vida de karateca será sempre poder passar esta arte marcial para as futuras gerações ajudando assim na formação dos jovens fafenses.

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