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segunda-feira, 6 de março de 2017

Nem a chuva demoveu os caminheiros da Caminhada da Primavera

Texto e fotos: João Carlos Lopes 

Os rios cantaram e as árvores dançaram

Em mais uma organização da Associação Bolota Campestre, centenas de pessoas desafiaram a chuva miudinha que se fez sentir neste Domingo e percorreram cerca de onze quilómetros nas serras de Fafe, com partida e chegada à barragem de Queimadela, em mais uma Caminhada da Primavera, integrada no grande evento que é o Fafe Trail Run. 

Apesar da neblina que não permitia vislumbrar horizontes, os participantes além de fazerem o sempre saudável exercício físico ainda se deliciaram com a a zona da cascata da Barragem, subindo em direcção a sempre bela Aldeia do Pontido, ouvindo o cantar da água ao bater nas como se de teclas se tratassem. 

Caminhando sempre com o Rio Vizela debaixo de olho, ainda que a alguma distância, os caminheiros voltaram a aproximar-se do seu leito junto da ponte de Queimadela para o contornarem por mais alguns metros. 

Ao passar à Igreja de Queimadela o arrufo dos tambores substituiu o cantarolar do rio que já tinha ficado para trás a algumas centenas de metros para pouco depois haver nova incursão pela montanha por caminhos de Luílhas que os haveriam de levar até à Junta de Freguesia de Monte, onde foi servido o reforço, ao som da viola e da concertina.

A partir do ponto de abastecimento o percurso foi quase sempre a descer até à barragem sempre a respirar ar puro, até que chegados à casa das licenças de pesca se iniciou novamente o contorno da barragem, agora em sentido inverso para passar no paredão atravessa o parque de estacionamento e descer junto à praia fluvial onde se encontrava a chega e a meta dos dois trails que se realizaram praticamente ao mesmo tempo da caminhada.

Não fosse a chuva e seria um grande dia de convívio e intercâmbio cultural. Fica apenas uma sugestão para a organização da caminhada, as grandes organizações paralelas com provas de atletismo já estão a oferecer medalhas de finalizadores a quem vai caminhar. É sempre uma recordação que fica porque a camisola mais tarde ou mais cedo desaparece da vista. Neste trajecto foram vista pelo menos três crianças com menos de dez anos que apesar de visivelmente cansadas percorreram os 11 km da caminhada. Se tivessem direito a medalha iam ter uma recordação para toda a vida e uma delas até disse que o próximo trabalho da escolha ia começar assim: "era uma vez uma caminhada..." De resto nada a apontar, mesmo sabendo que com o tempo tudo pode ser aprimorado. Excelente recepção e apoio, antes, durante depois da caminhada.      

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