Ainda em relação à despromoção de que foi vítima, a Associação Desportiva de Fafe emitiu, ontem, 19 de Agosto, um comunicado a dar conta da actual situação, o qual passamos a transcrever na íntegra.
"COMUNICADO
A direcção da AD de Fafe foi mais uma vez surpreendida pela leviandade, desrespeito e desconsideração que a FPF demonstrou por um dos seus filiados mais antigos.Após a reunião mantida naquele organismo durante o dia de ontem e em que estiveram presentes o secretário-geral Ângelo Brou, a responsável pelo departamento jurídico daquele organismo, o presidente da AD Fafe Albino Salgado e o advogado do clube, decidiu o clube interpor um recurso que visava impugnar a decisão da direcção da FPF, que baseada na decisão do CJ no “Caso Machico”, relegou a ADF para a 3ª Divisão, premiando com a manutenção o SC Maria da Fonte e o Sport Lisboa e Nelas.
Esse recurso deu entrada nos serviços da FPF cerca das 13 horas. Ao início da tarde de hoje, a ADF foi notificada de que não havia sido dado provimento às suas pretensões e de que o recurso havia sido analisado por um relator do CJ.Depois de recebida a notificação, o presidente do clube entrou em contacto com os serviços da FPF para tentar saber quem teria sido o tal RELATOR.Foi-lhe dito que esse RELATOR havia sido Francisco Mendes da Silva, nada mais nada menos do que o elemento indicado pela AF de Viseu e que exerceu o cargo de presidente desta associação de 1998 a 2001. Está fácil de ver que um elemento indicado pela AF de Viseu não vai colocar em causa os interesses de um clube da sua Associação de Futebol.Será que na justiça desportiva em Portugal pode haver “juízes em causa própria”?
A sustentar ainda mais a tese da ADF de que não está a ser feita justiça e que outros interesses estão a ser jogados “por detrás da cortina”, recordamos aqui a entrevista dada por Mesquita Machado, Presidente da AG da FPF, à Antena 1/RTP e que vem dar ainda mais força às nossas pretensões.
In: http://www.rtp.pt/“Mesquita Machado, presidente da mesa da assembleia-geral da FPF, em declarações a Nuno Matos, jornalista da Antena 1, considerou que o anterior CJ demonstrou falta de imparcialidade e que será desejável que a sua composição se processe "sem interferências das associações". O dirigente federativo dá, abertamente, preferência a conselheiros que sejam juízes já jubilados que garantam a independência do conselho.”
Perante tudo isto a ADF não se irá calar nem baixará os braços. Estão já a ser estudadas todas as formas legais de luta e amanhã mesmo poderá haver mais novidades em todo este imbróglio que mancha uma vez mais o já depauperado estado do futebol português.
Fafe, 19 de Agosto de 2008"
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