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domingo, 2 de novembro de 2008

Taça AF de Braga: Pica, 1 – Fornelos, 1

Bonitas as tranças de um rei Careca


O Fornelos de Carlos Careca foi à Pica impor um empate a uma bola e esteve a ganhar desde o minuto 38 até ao 79. A formação orientada por António Valença, apesar de controlar praticamente durante todo o jogo esteve apática e permitiu que o adversário estivesse quase irrepreensível no capítulo defensivo, pois não imprimia velocidade ao jogo tornando-se uma equipa previsível, o que facilitou a tarefa ao visitante.
O jogo mostrou um Pica a jogar em ataque continuado e o Fornelos a espreitar o contra-ataque.
Talvez, por isso, os jogadores do Pica tenham acreditado que mais tarde ou mais cedo chegariam ao golo. Estiveram perto de o conseguir aos 20 minutos através de Ismael e Paulo Russo, ambos na mesma jogada, mas o remate do último acabaria desviado em cima da linha por um defesa do Fornelos.
O jogo prosseguiu com o Pica a jogar a passo e o Fornelos a dar um recital de bem defender até que, aos 39 minutos, em jogada de puro contra-ataque o Fornelos chegou à vantagem. João recebeu a bola na intermediária, correu com a bola nos pés durante muito tempo, aguentou a pressão de um defesa do Pica e, quando Pedro lhe ia a sair ao caminho surpreendeu-o com um remate rasteiro e cruzado. A juntar á concentração defensiva e à veia lutadora, o Fornelos acrescentava mais esta, crueldade no contra-ataque.
No segundo tempo o Pica instalou-se com malas e bagagens no meio campo do Fornelos que muito cedo abdicou de atacar, principalmente a partir dos 51 minutos quando Castro I foi expulso.
Depois de duas jogadas de perigo do Pica, através de Ismael e David, o Fornelos voltou a mostrar o seu veneno e voltou a criar perigo na baliza contrária.
Aos 61 minutos, após desvio de Israel, Cristóvão falhou de baliza aberta; aos 67 foi Pedro Ribeiro a falhar, aos 76 foi Marçal a negar o golo a Cristóvão.
Já com Pedro Ribeiro, habitualmente trinco, a jogar há muito na área contrária, Ricardo Azevedo tentou cruzar para a molhada e a bola saiu na direcção da baliza traindo a confiança de Marçal que se limitou a ver a bola a entrar. Estava feito o empate, depois de o Pica tanto tentar, haveria de acontecer de forma acidental aos 79 minutos.
Com o Pica a acreditar que podia chegar ao 2-1 a oportunidade seguinte pertenceu ao Fornelos com Geninho a rematar e Pedro a intervir com alguma dificuldade. O mesmo Fornelos teve nova oportunidade já nos cinco minutos de compensação com Feira a desviar a bola de Pedro mas depois a permitir a intercepção do mesmo guarda-redes.
O árbitro não esteve bem. O Fornelos queixa-se que Castro I foi expulso injustamente mas, o juiz esteve mal, principalmente na parte final quando a claque do Fornelos, por várias vezes, enviou uma segunda bola para o campo e não interrompeu o jogo.
O empate premeia a solidez defensiva e a entrega até à exaustão dos jogadores do Fornelos que esteve bem a defender e nas poucas ocasiões que teve de atacar mostrou-se acutilante. Houve taça porque uma equipa da 2.ª Distrital impôs um empate a uma da Divisão de Honra. Resta esperar pelo segundo jogo.

Em jogo realizado no Parque de Jogos da Pica, sob a orientação do árbitro João Dias, auxiliado por Andreia Catarina e Pedro Maia, as equipas apresentaram:

PICA: Pedro; Montenegro, Raul, Israel, Joel (Ricardo Azevedo, 58’), Richa, Pedro Ribeiro, Bruno (David, 45’), Paulo Russo (Fredy, 45’), Cristóvão e Ismael. Treinador, António Valença.

FORNELOS: Marçal; Castro II, Nuno (Feira, 72’), Carlos, Pinto, Geninho, Castro I, Zézito (Nélson, 86’), Micael, João (Berto, 81’) e André. Treinador, Carlos Careca.


ACÇÃO DISCIPLINAR: Amarelos – Carlos, 30’; David, 51’; Geninho, 87’ e Pinto, 95’. Vermelho – Castro I, 51’.
GOLOS: João, 38’ e Ricardo Azevedo, 79’.