Ser tão bom ou melhor que os demais
- Fafenses até podem ir à Póvoa de garrafão
A AD Fafe, que iniciou a temporada com uma equipa praticamente nova, em que apenas transitaram da anterior Pedro Matos e o guarda redes Luís Ferreira, conseguiu fazer aquilo que muitas equipas que até se preparam para subir ainda não atingiram, a manutenção. Se contar o Fafe acabou por ser tão bom ou melhor que os demais. Basta colocar os olhos na equipa B do Vitória SC, que mediu forças com os fafenses na primeira fase e que desceu Campeonato de Portugal.
No seu último jogo em casa, realizado contra a equipa com quem fez, precisamente, também em casa o primeiro jogo da temporada para a Liga 3, S. João de Ver, aos fafenses bastava-lhe o empate e foi isso mesmo que se verificou no final dos 95 minutos de jogo.
Numa partida muito tática em que ambas as equipas estavam mais preocupadas em não sofrer do que propriamente marcar, com o visitante talvez a acreditar que o Montalegre vença ou até mesmo empate, hoje, com o Varzim em casa, para resolver a outra vaga da manutenção no último jogo da época no seu terreno, precisamente contra os transmontanos. É preciso ter muita fé para o fazer, mas a equipa fogaceira arriscou muito pouco para tentar vencer o jogo em Fafe.
A verdade é que ambas as equipas podiam ter marcado, mas não aproveitaram as raras oportunidades de que dispuseram, com a equipa do Concelho de Santa Maria da Feira, a tentar pressionar o Fafe no último quarto de hora de jogo, incluindo já os cinco minutos de compensação, tendo estado muito perto de o fazer num remate que saiu a centímetros do poste e numa cabeçada que passou a centímetros da barra. Mas este Fafe mostrou que também sabia sofrer e acabou a época em grande depois de ter estado perante num cenário pouco provável na entrada para a luta pela permanência.
Nesta fase de manutenção o Fafe registou 3 vitórias, e dois empates, estes registados em casa frente a Varzim e S. João de Ver, restando agora um passeio até à Póvoa de Varzim para cumprir a última jornada, já com a vidinha da época totalmente resolvida.
Aqui há que dar mérito ao técnico portuense, de 34 anos, Luís Pinto, que sucedeu a Emanuel Simões, obreiro da manutenção na temporada passada em moldes quase semelhantes.
Nota ainda para a grande presença de público no Municipal de Desportos a quem a equipa ficou a dever um golo para que a explosão de alegria não tivesse tanto tempo de espera, até porque os golos são o tempero do futebol.
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