Texto: João Carlos Lopes
Operários tramados pela tradição
O Operário de Antime sofreu em São Paio de Vizela a derrota mais pesada da época, num campo onde tradicionalmente faz sempre maus resultados, isto porque época após época nunca se consegue adaptar as condições do terreno, de pequenas dimensões e em terra batida. Aquele terreno exige um futebol directo, viril e pragmático, coisa que o Antime nunca consegue implantar. Daí a derrota por 4-1.
Quanto às incidências do jogo o único remate que o Antime fez na primeira parte à baliza do São Paio, foi aos 5', Diogo desenvencilhou-se de dois defesas locais, apareceu isolado perante o guarda-redes local mas rematou fraco para as mãos deste.
Por outro lado o São Paio ia criando alguns lances de perigo para a baliza de Carlos, principalmente em lances de bola parada, nomeadamente lançamentos laterais e cantos, e aos 33', Carlos correspondeu com uma boa defesa a um cruzamento/remate aos segundo poste.
O S. Paio chegou ao primeiro golo aos 44'. Bola metida entre o lateral e o central, o avançado da linha de fundo atrasou para um colega que com a baliza toda à sua mercê foi só encostar para golo.
A segunda parte começou com o S. Paio a fazer o segundo golo aos 52', através de uma grande penalidade muito contestada por todos os elementos do Antime. O terceiro golo surgiu aos 56', com o avançado local a aparecer isolado perante Carlos.
O Antime reduziu para 3-1 aos 86' por Samu, após cruzamento de Sousa na direita. Aos 87', os operários reclamaram, com razão, uma grande penalidade sobre Raimundo mas o árbitro assim não entendeu.
O S. Paio fez o quarto e último golo ao quarto minuto de tempo extra, com o avançado local a driblar todos os defesas que passivamente lhe foram aparecendo.
Uma má arbitragem com prejuízo para ambas as equipas, teve influência directa no número de golos finais, mas que não põe em causa a justa vitória da equipa local.
OFC ANTIME: Carlos; Laureano, Marcelo (Sousa, 77'), Samu, Paulinho, Nuno Almeida, Carioca, Di Maria (Feirinha, 52'), Raimundo, Castanha e Diogo (Rui Pedro, 61'). Treinador, Luís Miguel Barros.
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