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sábado, 11 de outubro de 2008

AD Fafe Assembleia extraordinária confirma o que já se sabia

“Nesta fase é impossível recolocar o Fafe na 2.ª Divisão”

Da Assembleia-geral extraordinária que a AD Fafe realizou na noite da última sexta-feira conclui-se que, juridicamente, foi feito tudo o que estava ao alcance do clube para evitar a injusta despromoção e ainda que, houve sempre má vontade por parte da Federação Portuguesa de Futebol em atender os pedidos legais formulados pelas vias mais expeditas pelo causídico fafense.
A mesa da Assembleia estava composta pelo Presidente da mesa da Assembleia-Geral, Ribeiro Cardoso, pelo presidente do Clube, Albino Salgado, pelo Secretário, Benjamim Teixeira e, após aprovação da própria Assembleia, pelo advogado que defendeu a causa do clube, Dr. Diogo Leite de Araújo.
Foi precisamente o advogado que explicou todos os passos que foram dados pelo Fafe para evitar a despromoção. Ao longo de cerca de 30 minutos disse, entre outras coisas que “o conselho de justiça andou com o processo ao sabor de outros interesses” e quando a decisão surgiu a 12 de Agosto, ao Fafe só foi permitido um recurso, ao invés dos dois que a Lei lhe confere. Além disso, foi “entendimento do CJ que era inútil analisar o recurso fafense”. Como o Fafe não queria ser punido pediu um esclarecimento tendo o CJ protelado ao máximo a decisão.
Da decisão ao sorteio houve um intervalo de 24 horas e o Fafe ainda tentou protelar o mesmo através de uma providência cautelar que acabou indeferida liminarmente porque se fosse aceite suspendia os campeonatos envolvidos. O mesmo aconteceu com a reclamação para o Plenário do CJ que também não foi aceite, ao que se pensa porque “do mesmo fazia parte o Dr. Francisco José Mendes da Silva, membro da AF de Viseu que, ao que tudo indica beneficiou o Nelas", clube daquela associação, neste processo todo. Por, outro lado também o Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, que tem poderes para assistir a determinados actos e intervir, não se quis imiscuir neste assunto que envolveu a AD Fafe.
Depois da explicação surgiram as perguntas dos associados presentes. O sócio Pedro Gonçalves foi o primeiro a questionar: Chegados a este ponto o que podemos (Fafe) fazer? Ao que foi respondido que "o novo concelho de justiça vai tomar posse este mês e que os factos poderão ser analisados novamente. Os tribunais civis são uma hipótese a ponderar e que o acto não será considerado desportivo pelo que o Fafe não terá qualquer sanção por isso".
David Costa perguntou qual o papel da AF de Braga neste processo todo? Albino Salgado respondeu laconicamente: “Nada fazia e nada podia, pois estavam envolvidos dois clubes da mesma Associação e voltou a frisar, a AF de Braga nada fez para ajudar o Fafe”.
Francisco Oliveira também questionou: O que fez o Secretário de Estado do Desporto? Voltou a responder o presidente: “Nada fez”. Tentou intervir o presidente da Assembleia-Geral a defender o fafense no Governo mas Francisco Oliveira ripostou: "não pode mas manda".
Abel Castro questionou o presidente sobre este ter dito numa entrevista que o Fafe era um peixinho no meio de tubarões. Quem são os tubarões? Inquiriu. Albino Salgado respondeu: “referia-me ao Conselho de Justiça, precisamente ao senhor Mendes da Silva. Para mim não são seres humanos e não respeitaram o Fafe. Bastava que a verdade prevalecesse”.
O sócio David Costa voltou a intervir dirigindo-se ao advogado do Clube: “acha que o Fafe tem alguma hipótese de ganhar o processo?” Nesta Fafe é impossível recolocar o Fafe na 2.ª Divisão”, ouviu-se do causídico. Depois adiantou, “o fim disto será o outro parecer do novo Conselho de Justiça”. Porém salientou, “é praticamente impossível inverter a decisão que já está tomada mas ainda temos essa esperança mas não podemos viver na esperança mas sim na realidade. O Fafe para o CJ é um mal menor. Se a Federação não responder directamente vamos pedir responsabilidades pessoais perante actos que são perfeitamente ilegais e o que terá de ser ponderado é o pedido de indemnização”.
Por fim foi dito que o Camacha, outro interessado neste caso foi contactado pelo Fafe mas "não manifestou muita vontade em ajudar, tendo querido, apenas, saber o que o Fafe já tinha feito”.
No final foi dada a conhecer a nova Assembleia-geral, desta vez, ordinária, para apreciar e aprovar o relatório de contas e que ocorrerá no dia 24 de Outubro pelas 20:30 no auditório da AD Fafe.

De salientar ainda que o anfiteatro da AD Fafe apresentou nesta assembleia uma considerável moldura humana.