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sexta-feira, 22 de julho de 2016

ENTRTEVISTA: Centro Budo de Fafe tem levado o nome do concelho bem longe


Texto: João Carlos Lopes / Fotos: DR

Sempre a crescer a todos os níveis 

O Centro Budo de Fafe é um clube de Karaté que muito tem dignificado e levado bem longe o nome de Fafe. Na pretérita temporada alcançou 24 títulos de campeão nacional e 16 regionais na Associação Shotokan Karate Internacional Portugal (A.S.K.I.P.), à qual está ligado, e também um título de campeão regional na Federação Nacional de Karate (FNK-P). Além fronteiras, participou em Open no Luxemburgo Bélgica, França (Paris e Orléans) e Holanda. Os Open de Paris e o Open de Roterdão (Holanda) são duas provas do circuito mundial conhecido como Karate Premier League, cuja responsabilidade cabe à World Karate Federation (WKF), entidade que rege todo o Karate mundial. O CBF, ao tudo conquistou durante a época, 103 medalhas, sendo que 41 foram de 1.º lugar, 37 de 2.º e 25 de 3.º. Ao tudo o CBF tem seis cintos negros e em breve vai aumentar as suas instalações que já dão guarida a cerca de cem atletas. Trata-se de uma colectividade que começou com cerca de dez atletas e já vai em 110. 

Que balanço faz da temporada 2015/16?

Centro Budo de Fafe - Bastante positivo, desde logo pelo crescimento que o Centro Budo teve em termos de número de associados, o que é demonstrativo do excelente trabalho que tem sido desenvolvido e, também, pelos notáveis resultados desportivos conseguidos.

O que salienta de mais importante na temporada?

Os cinturões negros do CBF
C. B. F. - A aposta nas competições internacionais, e não só aquelas realizadas em Portugal onde o CBF está sempre presente, mas sim, as realizadas no estrangeiro onde o nível competitivo é muito elevado. Estivemos presentes no Open de Luxemburgo; no Open da Bélgica, onde conquistamos um 3º lugar em sénior; no Open de Paris; no Open de Orléans, também em França, obtivemos um 2º lugar em juvenil e dois 3.ºs em júnior, e finalmente no Open de Roterdão, na Holanda. Sendo de salientar que o Open de Paris e o Open de Roterdão são duas provas do circuito mundial conhecido como Karate Premier League, cuja responsabilidade cabe à World Karate Federation (WKF), entidade que rege todo o Karate mundial.

Quantos títulos foram alcançados?

O Centro Budo conseguiu alcançar 24 títulos de campeões nacionais e 16 regionais na Associação Shotokan Karate Internacional Portugal (A.S.K.I.P.), à qual estamos ligados, e também um título de campeão regional na Federação Nacional de Karate (FNK-P). Tendo obtido inúmeros outras classificações de destaque ao longo da época. 

Tem noção de quantas medalhas conquistaram em todas as provas que participaram? 

Sim, foram conquistadas 103 medalhas, sendo que 41 foram de 1º, 37 de 2º e 25 de 3º, um balanço bastante positivo.

Que evolução tem tido o Centro Budo de Fafe?

Desde a sua criação, o CBF tem vindo em crescendo ano após ano, fruto do enorme trabalho que temos desenvolvido junto dos nossos praticantes e do bom ambiente existente entre todos os intervenientes. Esta época por exemplo, o CBF alcançou o número de 110 associados, o que para nós é um feito, pois, a nossa prática é desenvolvida num só espaço. 

Há mais gente a entrar ou a desistir todas as temporadas?

Como é natural existem sempre algumas desistências, situação que é comum a todas as modalidades desportivas. Em todo o caso são mais as inscrições do que as desistências.

Que razões aponta para que alguém opte pelo Karaté e não por outra modalidade?

Bem, somos naturalmente suspeitos, mas acreditamos que os benefícios desta modalidade são inúmeros. Fisicamente, desenvolve a resistência, a coordenação motora e visual. Mentalmente, ajuda a desenvolver a paciência, a perseverança e compreensão, bem como a concentração e o foco. Desenvolve e aumenta a confiança, o autocontrolo, sendo uma modalidade que pode ser praticada por qualquer pessoa, com aspirações competitivas ou não, uma vez que a disciplina, o rigor, o gosto pelo esforço e pela superação são outros dos atributos desta Arte. 

É possível conciliar o karaté com outra modalidade?

Sim. No caso do CBF são muitos os atletas que praticam outras modalidades desportivas, desde natação, futebol e andebol. Desportos que trazem sempre benefícios para prática do Karaté, nomeadamente a disponibilidade física.

Como caracteriza o Karaté?

Como uma arte marcial completa, em que o praticante aprende a usar qualquer parte do seu corpo como uma arma, desde as mãos, pés, cotovelos, joelhos… proporcionando uma prática tradicional e/ou desportiva, nunca descurando os valores e princípios inerentes a esta modalidade, que vão para além das vitórias conseguidas nas competições. 

A que pode aspirar um praticante de Karaté?

A desenvolver um espírito e uma mentalidade que lhe permitirá fazer face às mais variadas adversidades que diariamente surgem e a superá-las através da persistência. A tornar-se uma pessoa melhor, tal como referem as cinco máximas orientadoras desta Arte, Carácter, Sinceridade, Etiqueta, Esforço e Auto-Controlo. 

Porque criaram o Centro Budo de Fafe?

Desde há muito tempo que a abertura de uma outra escola de karaté era um sonho. Daí ter sido criado o Centro Budo de Fafe como alternativa ao que já existia, com uma visão e uma abordagem, se calhar, um pouco diferente. 

Com quantos praticantes iniciaram o CBF?

Com cerca de 10 alunos se a memória não me falha. Tendo numa primeira fase funcionado nas instalações do Ginásio Vital em Fafe, que nessa altura se chamava Ginásio Formas. Depois mudamo-nos para um pavilhão existente abaixo das instalações da GNR, onde estivemos durante uns meses, tendo novamente mudado em razão da localização e das más condições daquele espaço físico, para a rua Eça de Queirós onde nos encontramos atualmente. 

Porquê o nome de Centro Budo de Fafe?

Budo é um termo para designar as Artes Marciais Japonesas, podendo ser traduzido por caminho marcial, e sendo o Karate-Do uma Arte Marcial que engloba aspetos físicos, filosóficos e morais, a escolha pareceu-nos evidente.

Quem são os atuais treinadores do CBF e quantos cintos negros tem?

O CBF tem seis cintos negros, Armando Novais (4.º Dan), Manuel Fernandes (2.º Dan), Lucas Fernandes (1.º Dan), Ana Pires (1º Dan), Fábio Gonçalves (1.º Dan) e Joaquim Pereira (1.º Dan), sendo os três primeiros citados os atuais treinadores. 

O que perspectivam para a próxima época?

Já a partir de setembro, um aumento das nossas instalações, com o aluguer de um espaço contíguo ao já existente o que possibilitará a realização de duas aulas em simultâneo. A continuidade nas deslocações para o estrangeiro, no sentido de proporcionar aos nossos atletas uma maior experiência competitiva. Mas fundamentalmente a aposta na formação dos muitos jovens praticantes que procuram e se encontram no Centro Budo.

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