“Nunca deixem de acreditar nos próprios sonhos”
A pandemia do Covid 19 estancou prematuramente a veia goleadora com que o avançado Augusto Pinto estava a terminar a sua formação no futebol e na qual já levava 22 golos em 19 jogos disputados e com possibilidade, caso o campeonato não tivesse sido dado por concluído, de ainda marcar muitos mais. Ao longo da sua formação, Augusto conheceu três clubes e em todos eles encontrou pessoas que jamais esquecerá. Com 19 anos, o estudante de economia, despede-se do futebol jovem após o ter começado no Desportivo Ases de S. Jorge, ter passado pela AD Fafe e concluído no OFC Antime. Um avançado que, por norma, só precisa de uma nesga de oportunidade para alvejar a baliza contrária e que nos fala um pouco de si nesta entrevista.
NOME: Augusto Manuel Teixeira Pinto
IDADE: 19
PROFISSÃO: Estudante
NATURALIDADE: Fafe
POSIÇÃO: Extremo/Ponta de lança
CLUBES: Desportivo Ases S. Jorge, AD Fafe e OFC Antime
Onde e com que idade começou a jogar futebol?
- Comecei a jogar com apenas 5 anos no Desportivo Ases S. Jorge.
Teve sempre vocação para jogar no ataque ou ocupou outras posições?
- Sim, desde pequeno que joguei em posições mais adiantadas no terreno.
Praticou ou gostava de praticar mais algum desporto além do futebol?
- Sim, cheguei a conciliar a prática de ténis com o futebol. No entanto, chegou a uma altura em que tive de optar por apenas uma modalidade e escolhi a minha grande paixão que é o futebol.
Como foi a sua formação?
- Passei os 9 primeiros anos da minha formação no Desportivo Ases de S. Jorge, depois estive 4 anos na AD Fafe e no último ano representei o OFC Antime.
Porque trocou a AD Fafe pelo OFC Antime?
- Com a entrada na faculdade no Porto surgiu a oportunidade de ir para o OFC Antime e decidi aceitar esse convite.
Foi convidado para jogar noutros clubes para além dos que representou?
- Não, nunca aconteceu e estou orgulhoso do percurso que fiz nos clubes que representei.
É conhecido por fazer muitos golos, sabe quantos faturou ao longo da sua formação?
- Sei que fiz mesmo muitos, mas tenho por hábito apontar os golos que faço pelo que não tenho ideia de quantos marquei em toda a minha formação.
Sabe quantos marcou com a camisola do OFC Antime até o campeonato ser interrompido?
- Pelo OFC Antime marquei 22 golos em 19 jogos. A época está a correr-me muito bem em termos de finalização e com possibilidade de pode fazer mais alguns. Mesmo com esta paragem forçada, ainda que pudesse ter feito mais alguns nestes jogos realizados, posso dar-me por satisfeito.
Quais as maiores alegrias da sua carreira na formação?
- Não recordo nenhuma em especial. No entanto, o simples facto de pisar o relvado era uma enorme alegria para mim, principalmente quando a equipa ganhava e quando conseguia contribuir para essas vitórias com golos ou assistências.
E a pior ou piores recordações?
- A pior recordação que tenho é de uma lesão que tive em 2016, em que estive cerca de três meses sem jogar.
Sente que tinha qualidade para ser chamado pelo menos a uma Seleção Distrital?
- Talvez, foi uma oportunidade que nunca surgiu, mas que certamente não recusaria.
Quem foram os treinadores que mais o marcaram e porquê?
- Não sinto que algum me tenha marcado de uma forma especial, mas posso dizer que todos contribuíram, cada um à sua maneira, para o meu crescimento não só como jogador, mas também como pessoa.
No futebol nem só os treinadores contribuem para que hajam bons jogadores. Conheceu alguém que não fosse treinador que o tivesse ajudado?
- Sim, claro. Tenho muito a agradecer ao Senhor João Gonçalves do Desportivo Ases de S. Jorge, ao Senhor Joaquim Leita, da AD Fafe e ao Senhor Ademar Freitas do OFC Antime, por tudo o que fizeram e continuam a fazer para me ajudar no meu percurso futebolístico.
A forma como a presente temporada terminou deixou-o triste?
- Sim, de facto senti que terminou de uma forma ingrata para mim, visto que estava a ser provavelmente a minha melhor época da formação, mas também para toda a equipa, que ainda tinha algo pelo que lutar. Porém, dadas as circunstâncias temos que aceitar de bom grado porque acima de tudo está a vida e a saúde de todos.
Que sonho ficou por concretizar enquanto jogador da formação?
-Uma das coisas que nunca consegui atingir foi uma subida de divisão, o que, talvez, tenha sido o meu principal sonho por realizar na formação, mas espero vir a concretizá-lo enquanto sénior.
Onde gostava de iniciar a sua carreira como sénior?
- Neste momento o meu pensamento está no OFC Antime. Contudo, não sei o que o futuro me reservará.
Como se define como jogador e como pessoa?
- Defino-me como um jogador aplicado, que vive o jogo de uma forma intensa e que dá tudo de si, tanto nos treinos como nos jogos. Como pessoa, é um pouco difícil de me definir, no entanto, penso que uma das minhas características mais vincadas é o meu empenho em tudo o que faço.
Apesar de ser ainda muito novo sente que já fez amigos para a vida no futebol?
- Sem dúvida. O futebol proporcionou-me grandes amizades que sei que vou levar para a vida.
Uma vez que está a terminar a formação quer deixar algum concelho para os jogadores mais novos?
- O mais importante é trabalhar arduamente em cada treino, ter confiança e, acima de tudo, nunca deixar de acreditar nos próprios sonhos.
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