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quarta-feira, 15 de abril de 2020

Entrevista | Augusto Pinto o goleador dos juniores do OFC Antime

TEXTO: JOÃO CARLOS LOPES | FOTOS: DR

“Nunca deixem de acreditar nos próprios sonhos” 


A pandemia do Covid 19 estancou prematuramente a veia goleadora com que o avançado Augusto Pinto estava a terminar a sua formação no futebol e na qual já levava 22 golos em 19 jogos disputados e com possibilidade, caso o campeonato não tivesse sido dado por concluído, de ainda marcar muitos mais. Ao longo da sua formação, Augusto conheceu três clubes e em todos eles encontrou pessoas que jamais esquecerá. Com 19 anos, o estudante de economia, despede-se do futebol jovem após o ter começado no Desportivo Ases de S. Jorge, ter passado pela AD Fafe e concluído no OFC Antime. Um avançado que, por norma, só precisa de uma nesga de oportunidade para alvejar a baliza contrária e que nos fala um pouco de si nesta entrevista. 


NOME: Augusto Manuel Teixeira Pinto 

IDADE: 19 

PROFISSÃO: Estudante 

NATURALIDADE: Fafe 

POSIÇÃO: Extremo/Ponta de lança 

CLUBES: Desportivo Ases S. Jorge, AD Fafe e OFC Antime 


Onde e com que idade começou a jogar futebol? 

- Comecei a jogar com apenas 5 anos no Desportivo Ases S. Jorge. 

Teve sempre vocação para jogar no ataque ou ocupou outras posições? 

- Sim, desde pequeno que joguei em posições mais adiantadas no terreno. 

Praticou ou gostava de praticar mais algum desporto além do futebol? 
Tudo começou no 1.º jogo pelos Ases
de S. Jorge que esta foto documenta

- Sim, cheguei a conciliar a prática de ténis com o futebol. No entanto, chegou a uma altura em que tive de optar por apenas uma modalidade e escolhi a minha grande paixão que é o futebol. 

Como foi a sua formação? 

- Passei os 9 primeiros anos da minha formação no Desportivo Ases de S. Jorge, depois estive 4 anos na AD Fafe e no último ano representei o OFC Antime. 

Porque trocou a AD Fafe pelo OFC Antime? 

- Com a entrada na faculdade no Porto surgiu a oportunidade de ir para o OFC Antime e decidi aceitar esse convite. 

Foi convidado para jogar noutros clubes para além dos que representou? 

- Não, nunca aconteceu e estou orgulhoso do percurso que fiz nos clubes que representei. 

É conhecido por fazer muitos golos, sabe quantos faturou ao longo da sua formação? 

- Sei que fiz mesmo muitos, mas tenho por hábito apontar os golos que faço pelo que não tenho ideia de quantos marquei em toda a minha formação. 

Sabe quantos marcou com a camisola do OFC Antime até o campeonato ser interrompido? 

- Pelo OFC Antime marquei 22 golos em 19 jogos. A época está a correr-me muito bem em termos de finalização e com possibilidade de pode fazer mais alguns. Mesmo com esta paragem forçada, ainda que pudesse ter feito mais alguns nestes jogos realizados, posso dar-me por satisfeito. 

Quais as maiores alegrias da sua carreira na formação? 

- Não recordo nenhuma em especial. No entanto, o simples facto de pisar o relvado era uma enorme alegria para mim, principalmente quando a equipa ganhava e quando conseguia contribuir para essas vitórias com golos ou assistências. 

E a pior ou piores recordações? 

- A pior recordação que tenho é de uma lesão que tive em 2016, em que estive cerca de três meses sem jogar. 

Sente que tinha qualidade para ser chamado pelo menos a uma Seleção Distrital? 

- Talvez, foi uma oportunidade que nunca surgiu, mas que certamente não recusaria. 

Quem foram os treinadores que mais o marcaram e porquê

- Não sinto que algum me tenha marcado de uma forma especial, mas posso dizer que todos contribuíram, cada um à sua maneira, para o meu crescimento não só como jogador, mas também como pessoa. 

No futebol nem só os treinadores contribuem para que hajam bons jogadores. Conheceu alguém que não fosse treinador que o tivesse ajudado? 

- Sim, claro. Tenho muito a agradecer ao Senhor João Gonçalves do Desportivo Ases de S. Jorge, ao Senhor Joaquim Leita, da AD Fafe e ao Senhor Ademar Freitas do OFC Antime, por tudo o que fizeram e continuam a fazer para me ajudar no meu percurso futebolístico. 

A forma como a presente temporada terminou deixou-o triste? 

- Sim, de facto senti que terminou de uma forma ingrata para mim, visto que estava a ser provavelmente a minha melhor época da formação, mas também para toda a equipa, que ainda tinha algo pelo que lutar. Porém, dadas as circunstâncias temos que aceitar de bom grado porque acima de tudo está a vida e a saúde de todos. 

Que sonho ficou por concretizar enquanto jogador da formação? 

-Uma das coisas que nunca consegui atingir foi uma subida de divisão, o que, talvez, tenha sido o meu principal sonho por realizar na formação, mas espero vir a concretizá-lo enquanto sénior. 

Onde gostava de iniciar a sua carreira como sénior? 

- Neste momento o meu pensamento está no OFC Antime. Contudo, não sei o que o futuro me reservará. 

Como se define como jogador e como pessoa? 

- Defino-me como um jogador aplicado, que vive o jogo de uma forma intensa e que dá tudo de si, tanto nos treinos como nos jogos. Como pessoa, é um pouco difícil de me definir, no entanto, penso que uma das minhas características mais vincadas é o meu empenho em tudo o que faço. 

Apesar de ser ainda muito novo sente que já fez amigos para a vida no futebol? 

- Sem dúvida. O futebol proporcionou-me grandes amizades que sei que vou levar para a vida. 

Uma vez que está a terminar a formação quer deixar algum concelho para os jogadores mais novos? 

- O mais importante é trabalhar arduamente em cada treino, ter confiança e, acima de tudo, nunca deixar de acreditar nos próprios sonhos.

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