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domingo, 28 de março de 2010

Camp. Nac. 3.ª Div. – Fase final: AD Fafe, 1 - Amarante, 0

Texto e fotos: João Carlos Lopes/Tiago João Lopes
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Golo de Cícero estava
bem guardado no banco

O Fafe entrou da melhor maneira na fase de subida do campeonato Nacional da 3.ª Divisão, ao derrotar o Amarante por uma bola a zero, numa partida em que dominou em toda a linha e que os visitantes praticamente não incomodaram Nuno Dias. Do outro lado, o guardião Celso, na primeira parte, o melhor período dos fafenses, fez um punhado de defesas, algumas delas de forma espectacular.
O Fafe apresentou-se em campo nitidamente para vencer, apesar de Agostinho Bento ter deixado Cícero no banco de suplentes até aos 60 minutos, numa estratégia que resultou em pleno. De resto, a subida no terreno dos laterais Primo e Mike, revelava as intenções do treinador. Na verdade, durante a primeira parte, o Fafe criou oportunidades de golo que quase davam para carregar um camião TIR.
Aos 8 minutos, Delfim fez um pique pela esquerda, cruzou para a área onde Miguel Veiga rematou meio de ombro meio de cabeça; aos 9, Delfim parou a bola no peito, dentro da área e proporcionou a primeira grande defesa a Celso; aos 17, Filipe roubou a bola a Paulo Pereira mas já junto da área rematou cruzado, ao lado; aos 20, Mike recargou com muito perigo, depois de defesa de Celso; aos 25, Delfim cobrou um canto, Miguel Veiga apareceu ao primeiro poste, Celso sacudiu e Zé Manel por pouco não chegou à bola para fazer golo; aos 28, cruzamento largo de Delfim para Filipe, este serviu de peito para Josi que rematou de pronto mas à figura do guarda-redes; aos 31, Josi ultrapassou dois adversários, rematou de pé esquerdo e Celso negou-lhe o golo ao ceder canto; aos 34, Silvestre mandou uma bomba à baliza do Amarante mas viu Celso a brilhar de novo; aos 41, Josi ganhou espaço para servir Filipe com este a rematar cruzado e a bola a sair ao lado; aos 44, Miguel Veiga, viu Celso adiantado, tentou fazer-lhe o chapéu de cabeça mas viu o guardião amarantino voar para uma defesa espectacular.
Neste primeiro período o Amarante apenas chegou á baliza do Fafe aos 21 minutos num cabeceamento frouxo de Pedrinho e aos 45 quando ganhou um canto sem qualquer consequência. Nuno Dias foi um mero espectador de um período em que o Fafe conquistou onze cantos.
Na segunda parte o Fafe entrou com o mesmo gás e na busca incessante do golo. Aos 47 minutos, Silvestre rematou por baixo das pernas de um defesa contrário mas Celso estava no caminho da bola; aos 48 Josi cobrou um livre mas a bola saiu por cima da trave; aos 51 Silvestre rematou por três vezes e em todas elas a defesa do Amarante aliviou o perigo; aos 53, Filipe cobrou um livre descaído na esquerda mas Paulo Pereira cedeu canto.
Agostinho Bento via a sua equipa mandar no jogo mas sem tirar proveito. Tirou Silvestre, não por o jogar estar a jogar mal, porque até fez um bom jogo, mas sim para dar mais frescura e acutilância ao ataque, introduzindo Cícero aos 60 minutos.
O Fafe continuava a mandar o jogo mas, aos poucos foi perdendo o meio campo o que deu azo a que o Amarante subisse mais no terreno. Nesta fase notava-se alguma precipitação nas saídas dos fafenses para o ataque, tentando um futebol mais directo, pelo que o jogo estava mais repartido. Aos 71 minutos, Cícero cruzou ao primeiro poste onde apareceu Miguel Veiga a atirar ao lado.
Aos 74 minutos, o Amarante dispôs de um livre directo mas Eduardo atirou por cima da barra.
Agostinho Bento percebeu que tinha que ganhar de novo o meio campo. Assim, introduziu André em campo por troca com Filipe. Já antes, aos 68, Vítor Hugo tinha substituído Delfim, outro jogador em bom plano na partida mas já algo esgotado.
Aos 79 minutos, o jovem defesa esquerdo do Fafe mostrou quanta maturidade se pode ter aos 20 anos. Travou um contra-ataque perigo ao fazer uma falta cirúrgica a meio campo, ainda que esta lhe tenha valido o cartão amarelo, foi mesmo providencial.
Aos 80 minutos o Amarante teve uma das poucas tentativas de remate à baliza. Domingos cruzou para o recém-entrado Oseias e este penteou a bola.
Aos 81 minutos o Fafe voltou a despertar para o ataque com Mike a cruzar para Vítor Hugo, com o peito, servir Josi e este rematar por cima; aos 82, Cícero rematou forte mas ao lado; aos 83, a bola foi metida na área do Amarante, onde estava Vítor Hugo que viu bem a posição de Cícero e lhe meteu a bola de cabeça, o avançado brasileiro simulou que rematava em força e com um toque subtil meteu a bola na baliza até então inviolável de Celso.
Aos 86, um cruzamento de Maia quase traí-a Nuno Dias que teve que ceder canto. O Amarante tentou criar perigo com a velocidade de Faísca, já em tempo de descontos mas a defesa do Fafe não permitiu a desdita.
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Jogo realizado no Parque Municipal de Desportos, em Fafe.
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Árbitro: Pedro Mesquita, auxiliado por António Coelho e Diogo Mesquita (CA Vila Real).
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AD FAFE: Nuno Dias; Primo, José Manuel, Xavi e Mike, Silvestre (Cícero, 60’), Josi e Bijou; Delfim (Vítor Hugo, 68’), Miguel Veiga e Filipe (André, 78’). Treinador, Agostinho Bento.
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AMARANTE FC: Celso; Eduardo, Marquinhos (Oseias, 77’), Carlos Castro e Domingos; Maia, Bruno Alves (Brito, 55’) e Paulo Pereira, Madalena, Pedrinho (Faísca, 69’) e Bruno Teixeira. Treinador, Arlindo Gomes.
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MARCADOR: Cícero, 83’.
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