Resultou na lógica da batata o embate
entre as individualidades e o conjunto
O Silvares recebeu o Travassós e o jogo terminou empatado sem golos. De um lado uma equipa da casa ainda em construção, sem grandes individualidades, mas a mostrar coesão e a revelar-se como um conjunto. Do outro uma formação recheada de individualidades mas que se tarda a impor como equipa. Tanto um Clube como o outro ainda estão muito a tempo de alcançar os seus objectivos que é lutar pelos lugares da frente, ainda que o façam com armas diferentes, como se disse atrás, por outras palavras, o mais importante é conseguir por a máquina a funcionar e, sobretudo, a produzir. Quanto a isso, parece estar a falhar nas duas equipas. A lógica da batata (zero a zero) prevaleceu.
Primeira parte jogada sem brilhantismo, com muitas cautelas defensivas por ambos os conjuntos e sem grandes oportunidades de golos. Aliás, ambas as equipas tiveram inúmeras dificuldades para penetrar no último reduto do adversário.
Estes primeiros 45 minutos disputaram-se sobre o signo do equilíbrio, com as equipas a demonstrarem algum nervosismo, talvez por se tratar de um dérbi. O jogo fluiu entre as intermediárias mas, a partir daí a dificuldade aumentava.
De registar uma fisgada de Jorginho aos 21 minutos para o Silvares, que levava carimbo de golo mas foi desviada para canto, e outra aos 26 minutos, do o Travassós com este a estar perto do golo na sequência de um canto apontado por Marco ao segundo poste, com Belmiro a ajeitar para Carlinhos e este já na pequena área a atirar por cima.
Neste primeiro tempo, a destacar as exibições de Marco Aurélio para o lado do Travassós, com excelentes pormenores técnicos e cruzamentos milimétricos e de Rui na defesa do Silvares, pela serenidade com que aborda cada lance e a calma que transmite aos companheiros. Cada um no seu posto, estamos perante dois bons jogadores.
No segundo tempo o Silvares ainda começou com um contra-ataque perigoso com Miguel a tentar isolar Samu mas a bola a não chegar ao destinatário.
Nesta parte complementar o Travassós fez valer a qualidade das duas individualidades e o Silvares revelou-se como equipa.
Aos 55 minutos, Marco Aurélio cobrou um livre directo, a bola desviou num silvarense e quase traí-a Vitinha, com este a fazer uma grande defesa.
Aos 70 Carlinhos isolou Marco, este aproximou-se da área e disparou ao lado, desperdiçando uma grande oportunidade para colocar a sua equipa a vencer.
O Silvares tentava, a espaços, sacudir a pressão mas, bem sucedido na defesa, não conseguia criar situações de ataque, até porque o seu meio campo foi perdendo fulgou.
Aos 87 minutos, Carlinhos, na sequência de um livre para o Travassós, enviou a bola à barra da baliza do Silvares, registando, assim, a oportunidade mais flagrante da partida.
Aos 90 minutos, Quinzinho serviu Licínio e este fez um cruzamento remate, tendo obtido canto. Marco Aurélio acompanhou a jogada e estava em boa posição para receber o passe, mas o companheiro não acertou com o mesmo.
Os protagonistas individuais da primeira parte voltaram a estar em destaque na segunda metade, pela qualidade do seu jogo.
Jogo realizado no Campo Professor Manuel José Dias, em Silvares, S. Martinho, Fafe.
Árbitro: Micolas Oliveira, auxiliado por Ricardo Coimbra e António Ribeiro.
GD SILVARES: Vitinha; Ruben, Cristiano, Rui, Pinto, Ferruge, Jorginho, Nuno, Miguel, Samu e Alírio. Treinador, Luís Alberto.
GD TRAVASSÓS: Ricardo; Vítor, Luís Carlos, Belmiro, Giane, lobo, Fernando, Carlinhos, Nuno, Marco Aurélio e Carioca. Treinador, Paulinho.
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