Taça de Portugal | Fafe não evita novo desaire e cai na prova rainha

TEXTO: TIAGO JOÃO LOPES | FOTOS: JOÃO CARLOS LOPES

Jogo marcado por nova expulsão

Na primeira eliminatória da Taça de Portugal, a AD Fafe foi até ao prolongamento e foi eliminada, por 1-2, frente o FC Felgueiras 1932 dos conterrâneos Agostinho Bento, Mike Moura e Rui Rampa, num de dois duelos consecutivos – voltam-se a encontrar na próxima jornada da Liga 3. 

Com o regresso de Luís Pinto ao banco de suplentes e algumas mudanças no onze - nomeadamente a do guarda-redes Gustavo Galil e a adaptação de Nuca a lateral direito - o Fafe entrou na partida com a corda no pescoço, obrigado a dar uma resposta depois da série negativa de três jogos consecutivos sem vencer. 

Numa primeira parte atípica, marcada pelo critério largo do árbitro Humberto Teixeira, da AF do Porto, os justiceiros andaram desinspirados e longe da baliza adversária, fruto, também, da pouca projeção ofensiva nos corredores. Apenas ao minuto 9’, pelo pé esquerdo de Berna, a formação fafense foi capaz de assustar Bento, que se esticou para uma boa defesa. Os felgueirenses, com os velhos conhecidos Landinho e Gabi no onze, e ainda Zé Diogo no banco, atacaram sempre de forma tímida e nunca foram uma verdadeira ameaça, justificando-se o nulo ao intervalo.

No regresso dos balneários, o Fafe surgiu de cara lavada, entrou pressionante e conseguiu algo inédito esta temporada, o primeiro golo oficial em casa, ao fim de quatro jogos. Apolo ficou esquecido à entrada da área e, à lei da bomba, abriu o marcador com um belo e potente remate, para alegria das bancadas.

Marcar e não ambicionar mais. Se a entrada dos justiceiros na segunda parte tinha sido boa, os minutos seguintes foram angustiantes. Depois de ter inaugurado o marcador em grande estilo, a AD Fafe entregou o jogo ao Felgueiras, que aproveitou para mudar a toada da partida. Num lance semelhante que originou o 1-0, Gabi, com uma pancada seca, atirou para o fundo das redes e não festejou, por ter representado o emblema na temporada transata.

Se o jogo já estava complicado para a formação de Luís Pinto, pior ficou quando Rui Bruno viu o segundo amarelo na compensação e deixou os fafenses em inferioridade numérica para o resto do tempo extra e do prolongamento. Ao minuto 109’, depois de um lance onde o reforço Gabriel Lima podia ter feito melhor no ataque, Miguel Pereira, na área contrária, assistiu Henrique para a reviravolta. 

Até ao final partida, viveram-se minutos de muita emoção no campo e nas bancadas. Bento evitou novo empate com uma defesa de reflexos e o Fafe foi incapaz de fazer melhor do que na época anterior, onde chegou apenas à ronda seguinte.