Texto e foto (arquivo): João Carlos Lopes
Operários madrugadores mas sem rendimento
O Operário de Antime cedeu um empate perante um adversário de muita qualidade, que pratica bom futebol, bem trabalhado mas também muito arriscado para esta divisão distrital, porém, não criou grandes situações de perigo para a baliza de Tozé.
Assistiu-se pois, a um grande jogo de futebol, principalmente na primeira parte, pois foi jogado a um ritmo muito elevado e com boas oportunidades de golo, quase todas para o Antime, mas com jogadas bem delineadas por ambas as equipas.
O Antime entrou muito forte no jogo o que lhe valeu um golo ainda não havia decorrido o primeiro minuto. Lançamento lateral de Samu para as costas da defesa forasteira, Edu desembaraçou-se de dois adversários e arrancou um violento pontapé com o pé esquerdo e a bola só parou no fundo da baliza guarda-redes do Bairro.
O Antime continuava a pressionar muito o seu adversário e aos 9 minutos, livre de Edu para uma grande defesa do guardião dos visitantes para canto. Desse canto, nova oportunidade para o Antime, desta vez foi Gustavo a cabecear mas um defesa evitou o golo mesmo em cima da linha de baliza.
Aos 19 minutos, grande jogada do Antime entre Nuno Almeida e Castanha, este efectuou um cruzamento a rasgar toda a defesa do Bairro, mas Raimundo com a baliza toda à sua mercê permitiu um corte "in extremis" de um defesa adversário.
Aos 22 minutos novamente Edu a arancar um violento pontapé à entrada da grande área mas o guarda-redes do Bairro defendeu por instinto.
Aos 33 minutos, livre lateral para o Bairro, Malhado efectuou um corte com a mão, daí o respectivo penalty que o jogador do Bairro desperdiçou, atirando ao poste da baliza de Tozé.
Aos 35 minutos um revés para o Antime, com a saída por lesão de Edu, que até aí tinha sido o municiador do jogo atacante dos Operários.
Até ao intervalo embora se continuasse a assistir a boas jogadas de ataque por parte de ambas as equipas, contudo as defesas foram sempre resolvendo os lances que lhes eram criados.
A segunda parte baixou, e muito, sobretudo de ritmo de jogo mas também de alguma qualidade. O domínio do jogo foi repartido por ambas as equipas, embora com um sinal um pouco mais para o Antime, mas as oportunidades de golo escassearam para ambos os lados.
Mesmo assim o Antime poderia ter ampliado a vantagem logo aos 47 minutos, mas Diogo não correspondeu da melhor forma a um cruzamento da direita de Castanha.
O Bairro chegou ao empate aos 67 minutos. Malhado dominou a bola com a barriga, esta resvalou para a mão e o árbitro auxiliar a dar indicação para a marca de grande penalidade que desta vez não falhou.
O Antime ainda tudo tentou para chegar à vitória, mas fêz-lo mais com o coração do que com engenho e arte, acabando a partida empatada a um golo, que penaliza mais o Antime pois na primeira parte poderia ter conseguida uma vantagem em golos que lhe permitisse gerir melhor o jogo e o adversário.
Fica o registo, mais uma vez, de se ter assistido a uma excelente partida de futebol.
OFC ANTIME: Tozé; Laureano, Malhado, Gustavo, Samu, Nuno Almeida, Carioca, Edu (Patocas, 35' ), Castanha, Raimundo (Sousa, 67') e Diogo (Feirinha, 72' ). Treinador, Luís Miguel Barros
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