REDAÇÃO
Operários mereciam mais pelo que fizeram
O Operário de Antime recebeu o Serzedelo, primeiro classificado e contando por vitórias todos os seis jogos realizados, e perdeu uma oportunidade enorme de lhe infligir a primeira derrota, pois as incidências que ocorreram durante o encontro deram-lhe todas as possibilidades para que isso pudesse ter acontecido.
Foi um jogo disputado a um ritmo muito elevado por ambas as equipas, mas nos primeiros quarenta e cinco minutos o Antime esteve sempre o domínio, quase absoluto do encontro. Este domínio acentuou-se ainda mais a partir dos 30 minutos quando o Serzedelo ficou reduzido a dez elementos por expulsão do seu avançado Zézinho, por agressão sem bola a Di Maria.
É verdade que, e como já costuma a ser usual, estes jogos são muito intensos mas sem grandes oportunidades claras de golo. A única digna desse nome aconteceu para o Antime aos 22 minutos. Jogada bem delineada pela direita do ataque do Antime, Castanha cruzou ao segundo poste aonde apareceu Morais a rematar mesmo junto ao poste e Rafa, talvez convencido que a bola entrasse, chegou um nada atrasado para encostar para a baliza deserta.
Para os segundos quarenta e cinco minutos o Antime entrou com disposição de acentuar ainda mais o seu domínio no jogo, e logo no primeiro minuto Morais apareceu solto à entrada da grande área defensiva do Serzedelo, com tudo para fazer o primeiro golo, mas o seu remate, embora muito forte, saiu muito à figura do guarda-redes visitante.
Aos poucos o Serzedelo foi sacudindo a pressão do Antime, começou a ter mais bola e houve mesmo momentos em que remeteu o Antime para a sua zona mais defensiva. Porém, tal como na primeira parte, sem criar ocasiões claras de golo.
Aos 70 minutos, Castanha isolou-se pela direita do ataque da sua equipa e, mesmo em cima da linha da grande área, foi rasteirado pelo defesa do Serzedelo Rui Pedro, que viu o segundo amarelo e a consequente expulsão, ficando assim o Serzedelo reduzido a nove jogadores.
Esperava-se assim que o Antime viesse a tirar partido desta vantagem numérica, mas nunca o fez da forma mais adequada, ou seja, circular rápido a bola pelas faixas laterais. Ao contrário, optou por jogar um futebol mais directo, contudo a defesa do Serzedelo, com homens muito experientes, nunca permitiu aos avançado locais criar perigo para a sua baliza.
Aos 86 minutos, livre lateral para o Antime, a bola foi metida na área do Serzedelo, o central Zé Manel efectuou mais um corte oportuno, a bola sobra para fora da área e no contra-ataque a bola foi metida nas costas da defesa do Antime, aonde apareceu isolado um jogador do Serzedelo que perante Cristiano não perdoou.
Até final o Antime tentou tudo para conseguir o golo do empate, mas nunca o fez com a clarividência necessária.
Vitória, um pouco injusta do Serzedelo, mas sobretudo permeia uma equipa que esteve reduzida a nove jogadores e nunca teve uma atitude de antijogo ou de queimar tempo e, por tal, foi premiada com mais três pontos.
Boa arbitragem.
OFC ANTIME: Cristiano; Ricardo Morais, Óscar; Samu; Di Maria; Malhado; Carioca (Sousa, 79' ); André Lopes (Rui Pedro, 53' ), Morais; Castanha (Zé Freitas, 85' ) e Rafa. Treinador, Paulo Soares.
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