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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Entrevista a Armando Pinto - Treinador interino do Andebol Clube de Fafe

Por: João Carlos Lopes 

"Vou tentar tirar o máximo proveito da oportunidade que me foi dada"


Qual a sensação de assumir o comando de uma equipa da qual foi capitão durante muitos anos? 

É uma situação inesperada que me provoca um misto de emoções mas não deixa de ser o concretizar de um sonho. Estava como adjunto do Viktor Tchikoulaev e deu para aprender muito e dentro dessa aprendizagem o meu objectivo a curto prazo é introduzir o meu cunho pessoal. Dentro da forma que o antigo treinador desejava jogar tentar alterar um pouco e permitir mais profundidade à equipa e tentar levar o clube para a frente o mais possível.

Na sua óptica o que é que não estava a funcionar?

Não foi por falta de trabalho. Se o grupo é aquilo que é deve-se ao trabalho desenvolvido. Provavelmente, no meu entender, a nossa forma de jogar deveria ser diferente, com mais profundidade e passa basicamente por isso, mais profundidade e amplitude de jogo e introduzir alguns movimentos que se possam adequar aos jogadores, à forma deles jogarem e comunicar no jogo, basicamente passa por aí. Exponenciar as qualidades de cada um ao máximo e permitir que esse trabalho resulte em resultados e exibições melhores.

Foram duas vitórias muito importantes?

O ACF não estava bem animicamente devido a doze derrotas consecutivas. Nesse aspecto a mudança de treinador deu uma lufada de ar fresco. O que foi pedido aos atletas foi revigorar o seu interesse e a sua vontade pelo jogo e darem o máximo. Eles aplicaram-se e aperceberam-se de uma vez por todas que estão a defender as cores de um clube que está na 1.ª Divisão e que era necessário mudar urgentemente o paradigma da derrota e eles estiveram a cem por cento, aplicaram-se, empenharam-se e tiveram atitude e nós só queremos isso. 

A manutenção continua ao alcance da equipa? 

Está perfeitamente ao alcance da equipa. Vamos tentar continuar com resultados mais positivos para superar derrotas que não devíamos ter sofrido, como aquelas com o Boa Hora e o Sporting da Horta em casa. Vamos tentar partir para a fase de manutenção numa posição que nos permita assegurar contra os nossos adversários directos a manutenção o mais rápido possível. Nada está fora do nosso alcance e temos tudo a ganhar. 

O que lhe foi pedido após a saída de Tchikoulaev?

Esta é uma fase de transição, sou treinador interino e isso pode ser uma semana, um mês ou dois meses. Estou ao serviço do AC Fafe e vou dar o me melhor pelo clube. O meu objectivo é prolongar a minha interinidade o mais que puder o que será bom para mim e sendo assim também o será para os atletas. No fundo vou tentar tirar o máximo proveito da oportunidade que me foi dada com este assumir interinamente da equipa. Vou aproveitá-la ao máximo, ciente de que se as coisas correrem bem poderá converter-se noutra forma. 

O que se pode esperar da equipa? 

Espero incutir o espírito fafense na equipa, ou seja, de luta, companheirismo, garra, entreajuda. Quando eu era atleta, tanto na formação como nos seniores as pessoas de Fafe eram lutadoras e é isso que queremos recuperar nesta equipa. Depois dentro da tática e da técnica serem eles a conseguirem tomar as melhores decisões pois são eles que ganham os jogos e não o treinador.

Certamente que quer ter muita gente a assistir aos jogos?

Queremos também e obviamente que o público regresse ao pavilhão para apoiar a equipa e esperamos poder contribuir com vitórias e se as vitórias não surgirem, pelo menos com bom andebol. Juntar as duas coisas seria o ideal para todos. 


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