Amizade superou qualquer resultado
A União Desportiva Fafe Anos 60, venceu a congénere de Veteranos da região de Bordéus, Lege Cap Ferret, por 4-1, num jogo em que a amizade e a camaradagem superaram todo e qualquer resultado desportivo. Na verdade, os franceses gostaram tanto da recepção calorosa que lhes foi feita que até já convidaram os fafenses a jogarem no seu terreno, onde “prometem tentar igualar na magnífica recepção e apresentar uma equipa que dê mais luta”.
O certo é que os gauleses se apresentaram no Municipal de Desportos, em Fafe, desfalcados de sete das suas mais preciosas pérolas. No entanto, isso não foi motivo para baixarem os braços e darem réplica até que as forças lhe começassem a faltar. Ou seja, não acabaram, de todo, vencidos pela eficácia fafense mas sim pela falta de soluções no banco de suplentes que permitissem a pessoas de idade já avançada para o futebol descansar um pouco durante o jogo. Os franceses apenas utilizaram 13 jogadores na partida, enquanto os fafenses o fizeram em número de vinte.
A equipa que viajou de França, apesar de desfalcada, evidenciou tratar bem a bola, fazendo-a correr no relvado, com os passes a serem bem medidos, pecando, somente, no último terço do terreno, onde evidenciava mais dificuldades. Mesmo assim, estiveram perto de inaugurar o marcador quando Cristophe marcou um livre e viu François cabecear ao lado, nas costas da defesa.
Os fafenses reagiram e, depois de alguma indecisão inicial, começaram a acertar o seu jogo, chegando à vantagem através de Avelino Carneiro que aproveitou um excelente passe, a rasgar a defesa, efectuado por Abílio.
Apesar da vontade dos Gauleses em querer chegar á igualdade, foram os fafenses a chegar mais vezes à baliza e a falhar oportunidades flagrantes de golo.
Mesmo sobre o intervalo a formação francesa teve nova oportunidade para marcar mas acabou por não conseguir levar avante os seus intentos.
No segundo tempo a frescura física dos fafenses veio ao de cima e os jogadores do Lege Cap Ferret começaram a ter dificuldades em acompanhar o ritmo dos locais.
O segundo golo da UDF A60 chegou por intermédio de Braga que, sofreu falta para grande penalidade mas acabou por insistir na jogada e marcar golo de calcanhar em posição pouco ortodoxa.
O Lege Cap Ferret reduziu por intermédio de Jean Michel que aproveitou o facto de Leites estar adiantado e fez-lhe um chapéu quase do tamanho do estádio, naquilo que resultou num belo lance de futebol. O mesmo jogador tinha ameaçado na jogada anterior com lance idêntico.
Foi já com os franceses em grandes dificuldades físicas que a UDF A60 ampliou a vantagem, com alguma naturalidade. O terceiro golo surgiu na sequência de um remate de Coelho de fora da área, a que o guardião Remi se opôs mas, João Paulo aproveitou a defesa incompleta para, na recarga colocar o marcador em 3-1.
O quarto golo dos fafenses aconteceu já perto do final da partida, com os franceses, já presos por arames, a suplicarem, praticamente, pelo apito final. Roberto fez um cruzamento para o coração da área, onde Braga apareceu de surpresa a antecipar-se a Remi e a fazer um golo pleno de oportunidade.
Pouco depois surgiu o apito final, sendo certo que não foram cumpridos os mesmos 45 minutos da primeira parte.
A jornada de amizade prosseguiu, momentos depois, na Quinta das Vinhas, em Arões onde as equipas se fundiram numa só para jogarem pelo clube faca e garfo. Tanto gauleses como portugueses, ficaram praticamente saciados com as entradas, das mais variadas qualidades mas, ainda houve barriga para saborear a vitela assada e as inúmeras opções de sobremesa. O jantar decorreu com a maior harmonia e sob muitas gargalhadas, principalmente quando o “Portgaulês” era posto em prática para que houvesse um entendimento, separado à nascença pelas duas línguas maternas mas, ultrapassado pela vontade de ambas as partes e da linguagem gestual, utilizada em último recurso.
Foi assim, sob gargalhadas e aplausos, que se chegou à fase de discursos. De salientar que o intérprete de serviço foi um fafense que viveu até há bem pouco tempo na região de Cap Ferret, Cristophe, que esteve à altura dos acontecimentos e já agora, diga-se, em abono da verdade, também mostrou atributos dentro de campo.
No uso da palavra, Rogério Ferreira, presidente da UD Fafe A60, considerou ter “sido bom terem tido este convívio, já que era a primeira vez que recebiam uma equipa de fora do país, tendo constituído uma experiência agradável”. Disse ainda que o mesmo só foi possível com os apoios de alguns patrocinadores e a colaboração da AD Fafe, Câmara Municipal e Junta de Freguesia de Fafe e confirmou “a aceitação para a UD Fafe, se deslocar a França, no próximo ano em finais de Abril e início de Maio.
Por seu turno, o presidente do Lege Cap Ferret, François Gregoire, confessou estarem muito honrados com o convite que lhes foi endereçado e pela forma como foram recebidos”. Disse ainda que “se sentiam um pouco envergonhados por já terem entregue as lembranças todas e ainda estarem a receber mais no jantar”. O mostrou-se ainda “receoso de não conseguirem fazer uma recepção ao nível da que lhe foi feita em Fafe uma vez que os fafenses colocaram a fasquia bem alta”. Mostrou-se, igualmente, muito satisfeito por serem recebidos por gente tão agradável e gentil”. Por fim, deixou escapar, “irem tentar, para o próximo ano, fazer uma recepção idêntica, e que vão tentar, nessa altura, ter uma equipa que dê mais luta que no jogo realizado em Portugal”.
Era bem visível a satisfação e o agrado destes visitantes franceses que, não fora embora, sem mais uma cortesia da UD Fafe A60, que, os levou ainda a uma visita guiada às Caves do Douro e a toda aquela magnífica paisagem que as engloba.
Mais uma vez dois povos de origens diferentes foram unidos pela linguagem universal que se chama futebol. Como dizem todos estes veteranos “o futebol é isto mesmo, todo o convívio que o desporto proporciona”.
Em jogo realizado no Parque Municipal de Desportos, em Fafe, sob a orientação do árbitro Manuel Fonseca, auxiliado por António Antunes e Diogo Lopes, as equipas apresentaram:
UD FAFE A60: Anselmo; Gentil, Zé Avelino, Eugénio, Pereira, Rogério Feliciano, Pires, Soares, Avelino Carneiro e Abílio: JOGARAM AINDA: Fernando, Coelho, Pedro, Marinho, Braga, João Paulo, Filipe Silva, Roberto, Albino, Agostinho e Leites. TREINADOR: Rogério Feira.
LEGE CAP FERRET: Remi; Manuel Toffin, Frank, Cristophe, Toma, Olivier, Jean Michel, Cristophe II, Olive, François e Philipe. JOGARAM AINDA: Philipe II, Kiki, Nini e Pepone. TREINADORES: Kiki e Nini.
ACÇÃO DISCIPLINAR: nada a assinalar.
MARCADORES: Avelino Carneiro, Braga (2), Jean Michel e João Paulo.
A União Desportiva Fafe Anos 60, venceu a congénere de Veteranos da região de Bordéus, Lege Cap Ferret, por 4-1, num jogo em que a amizade e a camaradagem superaram todo e qualquer resultado desportivo. Na verdade, os franceses gostaram tanto da recepção calorosa que lhes foi feita que até já convidaram os fafenses a jogarem no seu terreno, onde “prometem tentar igualar na magnífica recepção e apresentar uma equipa que dê mais luta”.
O certo é que os gauleses se apresentaram no Municipal de Desportos, em Fafe, desfalcados de sete das suas mais preciosas pérolas. No entanto, isso não foi motivo para baixarem os braços e darem réplica até que as forças lhe começassem a faltar. Ou seja, não acabaram, de todo, vencidos pela eficácia fafense mas sim pela falta de soluções no banco de suplentes que permitissem a pessoas de idade já avançada para o futebol descansar um pouco durante o jogo. Os franceses apenas utilizaram 13 jogadores na partida, enquanto os fafenses o fizeram em número de vinte.
A equipa que viajou de França, apesar de desfalcada, evidenciou tratar bem a bola, fazendo-a correr no relvado, com os passes a serem bem medidos, pecando, somente, no último terço do terreno, onde evidenciava mais dificuldades. Mesmo assim, estiveram perto de inaugurar o marcador quando Cristophe marcou um livre e viu François cabecear ao lado, nas costas da defesa.
Os fafenses reagiram e, depois de alguma indecisão inicial, começaram a acertar o seu jogo, chegando à vantagem através de Avelino Carneiro que aproveitou um excelente passe, a rasgar a defesa, efectuado por Abílio.
Apesar da vontade dos Gauleses em querer chegar á igualdade, foram os fafenses a chegar mais vezes à baliza e a falhar oportunidades flagrantes de golo.
Mesmo sobre o intervalo a formação francesa teve nova oportunidade para marcar mas acabou por não conseguir levar avante os seus intentos.
No segundo tempo a frescura física dos fafenses veio ao de cima e os jogadores do Lege Cap Ferret começaram a ter dificuldades em acompanhar o ritmo dos locais.
O segundo golo da UDF A60 chegou por intermédio de Braga que, sofreu falta para grande penalidade mas acabou por insistir na jogada e marcar golo de calcanhar em posição pouco ortodoxa.
O Lege Cap Ferret reduziu por intermédio de Jean Michel que aproveitou o facto de Leites estar adiantado e fez-lhe um chapéu quase do tamanho do estádio, naquilo que resultou num belo lance de futebol. O mesmo jogador tinha ameaçado na jogada anterior com lance idêntico.
Foi já com os franceses em grandes dificuldades físicas que a UDF A60 ampliou a vantagem, com alguma naturalidade. O terceiro golo surgiu na sequência de um remate de Coelho de fora da área, a que o guardião Remi se opôs mas, João Paulo aproveitou a defesa incompleta para, na recarga colocar o marcador em 3-1.
O quarto golo dos fafenses aconteceu já perto do final da partida, com os franceses, já presos por arames, a suplicarem, praticamente, pelo apito final. Roberto fez um cruzamento para o coração da área, onde Braga apareceu de surpresa a antecipar-se a Remi e a fazer um golo pleno de oportunidade.
Pouco depois surgiu o apito final, sendo certo que não foram cumpridos os mesmos 45 minutos da primeira parte.
A jornada de amizade prosseguiu, momentos depois, na Quinta das Vinhas, em Arões onde as equipas se fundiram numa só para jogarem pelo clube faca e garfo. Tanto gauleses como portugueses, ficaram praticamente saciados com as entradas, das mais variadas qualidades mas, ainda houve barriga para saborear a vitela assada e as inúmeras opções de sobremesa. O jantar decorreu com a maior harmonia e sob muitas gargalhadas, principalmente quando o “Portgaulês” era posto em prática para que houvesse um entendimento, separado à nascença pelas duas línguas maternas mas, ultrapassado pela vontade de ambas as partes e da linguagem gestual, utilizada em último recurso.
Foi assim, sob gargalhadas e aplausos, que se chegou à fase de discursos. De salientar que o intérprete de serviço foi um fafense que viveu até há bem pouco tempo na região de Cap Ferret, Cristophe, que esteve à altura dos acontecimentos e já agora, diga-se, em abono da verdade, também mostrou atributos dentro de campo.
No uso da palavra, Rogério Ferreira, presidente da UD Fafe A60, considerou ter “sido bom terem tido este convívio, já que era a primeira vez que recebiam uma equipa de fora do país, tendo constituído uma experiência agradável”. Disse ainda que o mesmo só foi possível com os apoios de alguns patrocinadores e a colaboração da AD Fafe, Câmara Municipal e Junta de Freguesia de Fafe e confirmou “a aceitação para a UD Fafe, se deslocar a França, no próximo ano em finais de Abril e início de Maio.
Por seu turno, o presidente do Lege Cap Ferret, François Gregoire, confessou estarem muito honrados com o convite que lhes foi endereçado e pela forma como foram recebidos”. Disse ainda que “se sentiam um pouco envergonhados por já terem entregue as lembranças todas e ainda estarem a receber mais no jantar”. O mostrou-se ainda “receoso de não conseguirem fazer uma recepção ao nível da que lhe foi feita em Fafe uma vez que os fafenses colocaram a fasquia bem alta”. Mostrou-se, igualmente, muito satisfeito por serem recebidos por gente tão agradável e gentil”. Por fim, deixou escapar, “irem tentar, para o próximo ano, fazer uma recepção idêntica, e que vão tentar, nessa altura, ter uma equipa que dê mais luta que no jogo realizado em Portugal”.
Era bem visível a satisfação e o agrado destes visitantes franceses que, não fora embora, sem mais uma cortesia da UD Fafe A60, que, os levou ainda a uma visita guiada às Caves do Douro e a toda aquela magnífica paisagem que as engloba.
Mais uma vez dois povos de origens diferentes foram unidos pela linguagem universal que se chama futebol. Como dizem todos estes veteranos “o futebol é isto mesmo, todo o convívio que o desporto proporciona”.
Em jogo realizado no Parque Municipal de Desportos, em Fafe, sob a orientação do árbitro Manuel Fonseca, auxiliado por António Antunes e Diogo Lopes, as equipas apresentaram:
UD FAFE A60: Anselmo; Gentil, Zé Avelino, Eugénio, Pereira, Rogério Feliciano, Pires, Soares, Avelino Carneiro e Abílio: JOGARAM AINDA: Fernando, Coelho, Pedro, Marinho, Braga, João Paulo, Filipe Silva, Roberto, Albino, Agostinho e Leites. TREINADOR: Rogério Feira.
LEGE CAP FERRET: Remi; Manuel Toffin, Frank, Cristophe, Toma, Olivier, Jean Michel, Cristophe II, Olive, François e Philipe. JOGARAM AINDA: Philipe II, Kiki, Nini e Pepone. TREINADORES: Kiki e Nini.
ACÇÃO DISCIPLINAR: nada a assinalar.
MARCADORES: Avelino Carneiro, Braga (2), Jean Michel e João Paulo.