Texto e fotos: João Carlos Lopes
Uma vitória com sentimento e dedicatória
“FORÇA BERTINHO”
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Quando uma equipa quer muito ganhar ela ganha. Nem que para isso tenha que sofrer um penálti que deixa dúvidas, que o guarda-redes o tenha que defender, que esteja a perder e dê a volta ao resultado e queira dedicar a vitória a um amigo, um colega de clube e acima de tudo um atleta cuja vida não tem sido generosa para com ele, obrigando-o a privar-se de tudo aquilo que os outros jogadores da sua idade podem fazer. Falamos, obviamente, do jogador da equipa juvenil da AD Fafe, Bertinho, que se encontra doente e a quem esta equipa de juniores queria muito dedicar a vitória. Costuma-se dizer que o querer tem muita força e hoje os fafenses foram buscar a força onde pensavam que ela não existia. De facto esta vitória foi quase divina e no final ainda tiveram energia para gritar: “FORÇA BERTINHO!”
Quando uma equipa quer muito ganhar ela ganha. Nem que para isso tenha que sofrer um penálti que deixa dúvidas, que o guarda-redes o tenha que defender, que esteja a perder e dê a volta ao resultado e queira dedicar a vitória a um amigo, um colega de clube e acima de tudo um atleta cuja vida não tem sido generosa para com ele, obrigando-o a privar-se de tudo aquilo que os outros jogadores da sua idade podem fazer. Falamos, obviamente, do jogador da equipa juvenil da AD Fafe, Bertinho, que se encontra doente e a quem esta equipa de juniores queria muito dedicar a vitória. Costuma-se dizer que o querer tem muita força e hoje os fafenses foram buscar a força onde pensavam que ela não existia. De facto esta vitória foi quase divina e no final ainda tiveram energia para gritar: “FORÇA BERTINHO!”
Os fafenses apanharam pela frente uma das melhores, se não a melhor equipa desta série. O Paços de Ferreira é uma formação madura, com muita raça, troca bem a bola e, verdade seja dita, foi superior ao Fafe em termos de futebol praticado. Porém, não há bela sem senão e, os pacenses, regressaram do intervalo a ganhar por 1-0, com o golo a ser marcado por Santos aos 17 minutos e, logo no primeiro minuto do reatamento beneficiaram de uma grande penalidade duvidosa que desperdiçaram. João Vítor encostou-se a Anselmo e este, muitos centímetros mais baixo que o fafense que é um gigante, aproveitou-se desse encosto para se deixar cair. Carlão foi o homem que cobrou o castigo máximo mas encontrou pela frente um guarda-redes determinado em defender uma causa que todos tinham partilhado no início do jogo: dedicar a vitória ao Bertinho.
A defesa de Zé Marçal foi tão importante que, se o Fafe tivesse sofrido o segundo golo, dada a superioridade do adversário, dificilmente dava a volta à contenda. Os deuses estavam do lado do Fafe. Como é seu timbre, Marçal colocou rapidamente a bola em jogo com um pontapé largo para a frente, ao lance acorreram o guarda-redes do Paços e um defesa, atrapalhando-se os dois, ainda incrédulos com o penálti falhado. Como diz o ditado, um mal nunca vem só e é verdade. A bola sobrou para Zé Brochado e este atirou-a certeira para a baliza, correu para o banco de suplentes do Fafe e agarrou na Camisola de Bertinho para festejar e lhe dedicar o golo. Um momento de grande carga emocional e de um simbolismo intenso. Acima de tudo um golo com sentimento.
O Paços de Ferreira bem tentou voltar a comandar o marcador mas a entrega e o voluntarismo dos fafenses, o poste da baliza e a atenção de Zé Marçal foram evitando situações de golo feito que bem se pode dizer de autênticos desperdícios dos pacenses.
Aos 78 minutos o pacense Raul foi expulso com cartão vermelho directo por eventual agressão a um jogador fafense. Neste capítulo o jogo foi tremendamente viril, jogado nos limites, por vezes com alguma dureza.
Andou sempre o Paços de Ferreira mais perto do golo que os fafenses. De salientar que a equipa do Vale do Sousa tem um jogador que desequilibra. Trata-se de Rafinha que, exceptuando a altura, pois é de estatura baixa, tem tudo para ser um grande jogador. Dribla muito bem, joga com os dois pés e tem um remate forte e colocado. Um verdadeiro perigo à solta dentro de campo.
Este não era o dia do Paços de Ferreira que continuava a falhar junto da baliza do Fafe de forma escandalosa pois tanta era a vontade de marcar. Entre os 80 e os 90 minutos esteve várias vezes muito perto do golo. Porém, o futebol tem destas coisas e aos 90 minutos o Fafe beneficiou de um canto. A bola foi para o miolo da área onde houve um primeiro remate que permitiu defesa apertada a Costa, com este a não ter oportunidade de agarrar a bola deixando-a a mercê der Fábio que acorreu ao lance e fez o golo do contentamento dos fafenses.
Os cinco minutos de compensação foram um suplício para segurar a vantagem mas o apito final desatou o nó na garganta e no final os fafenses disseram mais uma vez e com um grande sorriso FORÇA BERTINHO.
Jogo Realizado no Campo n.º 2 do Parque Municipal de Desportos, em Fafe
Árbitro, Nuno Cabral (CA Vila Real), auxiliado por Márcio Teixeira e Bruno Clemente
AD FAFE: Zé Marçal; João Pedro, Rui Rampa, Fábio e Toka; Pascoal (Serginho, 45’), João Vítor e Marcelo; Diogo Costa, João Miguel (Ginho, 69’) e Zé Brochado (Lula, 84’). Treinador, Miguel Paredes.
FC PAÇOS FERREIRA: Costa; Pedro João, Rui Alves (Diogo, 28), Raúl e Júnior, Carlão, rafinha e Santos (Mastigas, 71), Anselmo, Babo e André (Miguel, 80’). Treinador, Pedro Vilaça.
MARCADORES: Santos, 17;Zé Brochado, 47 e Fábio, 90.
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