Texto e fotos: João Carlos Lopes
Trilho Verde da Marginal saboreado até ao tutano
Um bom número de caminheiros apresentou-se na manhã deste Sábado (dia 2 de Julho) para fazer a caminhada da Associação Sócio-Cultural Sol Poente que percorreu o Trilho Verde da Marginal, percurso circular que contorna a Barragem de Queimadela, em Fafe. O PR4, outra das designações deste trajecto foi saboreado até ao tutano por todos aqueles que compareceram.
O percurso foi feito no seu trajecto original, no sentido dos ponteiros do relógio, com o grupo, após sair do Parque de Estacionamento da Barragem, a dirigir-se para o pontão da mesma e virar á direita.
O espelho de água acompanhou os caminheiros nesta primeira parte do trajecto e mais à frente, a estrutura de uma casa de pedra revelava vestígios de uma zona outrora habitada e agora submersa.
Junto á casa das licenças de pesca houve derivação à direita, ficando com a barragem nas costas na subida para a aldeia de Repulo. No primeiro conjunto habitacional, na eira, um camponesa manejava o malho com destreza, extraindo sementes das ervas secas para uma próxima cultura. Nessa zona há toda uma ruralidade que deve ser apreciada: espigueiros, habitações, medas de palha, lenha acumulada, entre outros pormenores só possíveis ver nestas instãncias.
Uma centena de metros á frente via-se uma casa restaurada com gosto e bem enquadrada na paisagem natural. Um pouco mais ao lado, o conjunto de uma árvore com uma raiz, parece um monumento ao golfe pela configuração de um taco e uma bola.
Um pouco mais à frente um espigueiro recuperado chama a atenção de quem passa, como que fazendo uma antevisão daquilo que os caminheiros vão ver mais à frente, a Aldeia do Pontido.
A Aldeia do Pontido é o maior ícone do Turismo Rural do concelho de Fafe, pelo seu enquadramento, pela recuperação das casas, do pisão e do moinho e pelo encanto natural que o Rio Vizela empresta ao local, saltando sobre pedras e rochedos, passando debaixo de uma ponte que é ao mesmo tempo um miradouro e está revestido de vegetação que refresca o caminho e convida a uma pausa, não só para descansar para também para admirar toda a monumentalidade que a zona proporciona.
Depois de saborearem cada bocado pitoresco da Aldeia do Pontido, onde a Cortesia da Dona Olga permitiu visitar o interior de uma daquelas habitações recuperadas, os caminheiros prosseguiram o caminho em direcção à cascata de água que se localiza numa das extremidades da barragem. Mais um momento de relaxe, de troca de impressões e de pura satisfação.
No regresso ao ponto de partida, os caminheiros tiraram a foto de conjunto numa das varandas do longo passadiço de madeira e, depois, facilmente atingiram o local mais frequentado da barragem junto aos armazéns do Clube Náutico. Aí concentravam-se dezenas de pessoas, onde era visível o forte abastecimento de cerveja.
Daí até ao ponto de partida foi um ápice, da mesma forma que a satisfação estava patente no rosto de cada um, pois o trajecto proporcionou muito substrato. O grupo de caminheiros não era numeroso mas era simpático e soube, como ninguém, apreciar este tesouro que é o Trilho Verde da Marginal. Um percurso que encanta e não cansa mesmo depois de feito mil vezes.
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