Texto e fotos: João Carlos Lopes
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Encantos naturais
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Mais de meia centena de pedestrianistas
compareceram à chamada para comemorar os dez anos volvidos sobre a inauguração
da Rota do Maroiço, o primeiro de onze percursos marcados no Concelho de Fafe
e, também por isso, rodeado de um sentimentalismo especial com o mesmo encanto
da primeira vez.
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Para uma boa parte dos caminheiros repetir os22 km
desta rota foi reviver momentos únicos e revisitar paisagens que só este
trajecto de montanha proporciona. Mas muitos outros, na sua maioria, fizeram-no
pela primeira vez e avaliar pelos seus constantes desabafos ficaram
deslumbrados e saciados, apesar do grau de dificuldade do percurso não ser
média/alta.
Para uma boa parte dos caminheiros repetir os
.A Rota do Maroiço é rica em património
natural, pela riqueza dos caminhos ladeados de árvores onde sobressai o carvalho,
pelo verde dos campos em socalco, pela riqueza da água nos vales, pela paisagem
a perder de vista nos pontos mais altos e pelos momentos únicos e relaxantes
que o melhor miradouro de Fafe, a Lage Branca, proporciona. Para trás ficaram
Monte e Casal de Estime, onde as construções antigas coabitam com as modernas.
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O Maroiço situa-se a uma altitude de 847 metros acima do
nível médio das águas do mar mas é um pouco mais à frente, na Lage Branca que o
deslumbramento é total ao avistar-se um encandear de serras onde sobressai a da
Cabreira e Gerês. Mesmo à chegada a este mítico local ali a poucos metros de
distância da vista, cerca de duas dezenas de cavalos selvagens, com as
respectivas crias a encantarem pela sua sobrevivência.
Seguiu-se a descida até Luílhas, um
núcleo rural de grande singularidade, seguindo depois para Argande por caminhos
de cabras até se chegar a Queimadela, sempre a serpentear até se passar por
cima do Rio Vizela.
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Na parte final da caminhada, toda a
imponência da recuperada aldeia do Pontido, da sua beleza natural, do cantar
das águas do Rio Vizela, das ruas limpas, da vegetação frondosa e da vitalidade
que a mesma ganhou depois de recuperada. Uma viagem no tempo, entre o passado e
o futuro sempre no presente.
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Praticamente encostados à margem da
barragem, a qual foram contornando os caminheiros chegaram ao destino desta
viagem de circum-navegação pedestre.
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Já dentro do parque de Campismo da
Barragem de Queimadela, o merecido descanso e o retemperar de forças com as
saborosas bifanas da Dona Rosa Lobo e do farnel de cada um que foi partilhado
por todos.
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Houve lugar ainda a três merecidas
homenagens pelo seu contributo, ao longo dos anos, à Secção de Montanhismo dos
Restauradores da Granja. António Pimenta, Humberto Matos e António Queirós
Cruz, receberam uma lembrança especial pelos bons serviços prestados,
nomeadamente no reconhecimento e marcação de percursos.
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Houve ainda tempo para jogos
tradicionais e momentos musicais, estes através dos Gaiteiros de Santo Tirso,
que já tinham actuado no Maroiço, onde os caminheiros almoçaram e ainda da
jovem cantora fafense, Sara Margarida, que cantou algumas canções para os
presentes, fazendo-se acompanhar da sua viola.
De
salientar que alguns estrangeiros que se encontravam instalados no funcional
Parque de Campismo da Barragem de Queimadela se juntaram à festa, comeram
bifanas, saborearam a sopa portuguesa e participaram nos jogos tradicionais,
mostrando sempre grande entusiasmo deixando transpirar a alegria.
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