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quinta-feira, 19 de julho de 2012

10 anos volvidos da Rota do Maroiço



Texto e fotos: João Carlos Lopes
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Encantos naturais
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Mais de meia centena de pedestrianistas compareceram à chamada para comemorar os dez anos volvidos sobre a inauguração da Rota do Maroiço, o primeiro de onze percursos marcados no Concelho de Fafe e, também por isso, rodeado de um sentimentalismo especial com o mesmo encanto da primeira vez.
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Para uma boa parte dos caminheiros repetir os 22 km desta rota foi reviver momentos únicos e revisitar paisagens que só este trajecto de montanha proporciona. Mas muitos outros, na sua maioria, fizeram-no pela primeira vez e avaliar pelos seus constantes desabafos ficaram deslumbrados e saciados, apesar do grau de dificuldade do percurso não ser média/alta.
.A Rota do Maroiço é rica em património natural, pela riqueza dos caminhos ladeados de árvores onde sobressai o carvalho, pelo verde dos campos em socalco, pela riqueza da água nos vales, pela paisagem a perder de vista nos pontos mais altos e pelos momentos únicos e relaxantes que o melhor miradouro de Fafe, a Lage Branca, proporciona. Para trás ficaram Monte e Casal de Estime, onde as construções antigas coabitam com as modernas.
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O Maroiço situa-se a uma altitude de 847 metros acima do nível médio das águas do mar mas é um pouco mais à frente, na Lage Branca que o deslumbramento é total ao avistar-se um encandear de serras onde sobressai a da Cabreira e Gerês. Mesmo à chegada a este mítico local ali a poucos metros de distância da vista, cerca de duas dezenas de cavalos selvagens, com as respectivas crias a encantarem pela sua sobrevivência.
Seguiu-se a descida até Luílhas, um núcleo rural de grande singularidade, seguindo depois para Argande por caminhos de cabras até se chegar a Queimadela, sempre a serpentear até se passar por cima do Rio Vizela.
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Na parte final da caminhada, toda a imponência da recuperada aldeia do Pontido, da sua beleza natural, do cantar das águas do Rio Vizela, das ruas limpas, da vegetação frondosa e da vitalidade que a mesma ganhou depois de recuperada. Uma viagem no tempo, entre o passado e o futuro sempre no presente.
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Praticamente encostados à margem da barragem, a qual foram contornando os caminheiros chegaram ao destino desta viagem de circum-navegação pedestre.
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Já dentro do parque de Campismo da Barragem de Queimadela, o merecido descanso e o retemperar de forças com as saborosas bifanas da Dona Rosa Lobo e do farnel de cada um que foi partilhado por todos.
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Houve lugar ainda a três merecidas homenagens pelo seu contributo, ao longo dos anos, à Secção de Montanhismo dos Restauradores da Granja. António Pimenta, Humberto Matos e António Queirós Cruz, receberam uma lembrança especial pelos bons serviços prestados, nomeadamente no reconhecimento e marcação de percursos.
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Houve ainda tempo para jogos tradicionais e momentos musicais, estes através dos Gaiteiros de Santo Tirso, que já tinham actuado no Maroiço, onde os caminheiros almoçaram e ainda da jovem cantora fafense, Sara Margarida, que cantou algumas canções para os presentes, fazendo-se acompanhar da sua viola.   
De salientar que alguns estrangeiros que se encontravam instalados no funcional Parque de Campismo da Barragem de Queimadela se juntaram à festa, comeram bifanas, saborearam a sopa portuguesa e participaram nos jogos tradicionais, mostrando sempre grande entusiasmo deixando transpirar a alegria.
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