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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Veteranos da UD Fafe honraram Fafe em Espanha




Texto e fotos: João Carlos Lopes 

Uma participação cheia de brio

- Espírito de sacrifício, garra, boa disposição 

Os veteranos da UD Fafe A60 participaram no grande Torneio da Vila de Sarria, em Espanha, onde, apesar das muitas limitações físicas, atingiram as meias-finais sendo das três equipas portuguesas que estiveram presentes a que chegou mais longe numa competição que, apesar de ser de futebol de 11 não tinha árbitros auxiliares.


Os jogos disputaram-se em duas partes de 25 minutos cada, com cerca de 5 minutos de intervalo em dois campos, um relvado em mau estado e um campo sintético no bonito estádio da Ribela, onde a equipa da casa, o Sarria joga nos campeonatos distritais.

De salientar também que em Espanha são considerados veteranos todos os jogadores a partir de 30 anos mas que alguns dos que enterram na competição aparentavam ter bem menos que isso.

O anfitrião mor, Roberto Irimia, fez questão de por música portuguesa para ambientar os atletas lusos, fazendo uma boa selecção musical, conhecimentos que adquiriu quando estudou com portugueses em Santiago de Compostela.

Relativamente à competição, os fafenses encontraram no primeiro jogo a equipa do SP Rabadense, a quem venceram por uma bola a zero, com golo de grande penalidade sobre Lizuarte apontada por Luís Mário.
No segundo jogo os fafenses jogaram contra a equipa da casa Trasnos FV, no piso sintético, tendo-se registado uma igualdade a uma bola, com Abílio Torrinheira a inaugurar o marcador mas depois, na segunda parte, depois de uma arbitragem muito controversa os locais a empatarem de pois de Paulo Rocha ter feito uma grande defesa.

Ao fim do primeiro dia de competição os fafenses asseguraram o segundo lugar no grupo o que lhes deu direito a estar nos oitavos de final, mas já com mais limitações físicas no já curto e condicionado plantel que viajou sem Braga, Paulo Castro, Gentil, Anselmo e Nelo, jogadores que habitualmente dão o contributo á equipa. Luís Mário ficou muito condicionado no primeiro jogo e jogou muito pouco no segundo onde Roberto sofreu uma lesão que o impediu de jogar mais no torneio. Eugénio acompanhou a equipa e nem chegou a jogar devido a lesão. O eixo da defesa ficou entregue a Condeço e a Jaime que foram fazendo o que podiam, sendo verdade que o agora técnico do Santa Clara é um exímio distribuidor de jogo e não estava a actuar na sua posição natura, o meio campo.

O primeiro dia foi encerrado com um convívio entre todos os participantes com os portugueses a serem mais efusivos. Além da UD Fafe estiveram presentes os nortenhos de Francelos, onde jogava o irmão de Marçal Lago, e os lisboetas de Fernão Ferro. Os alfacinhas ficaram-se pela primeira fase e os gaienses foram derrotados nos oitavos.

No segundo dia e enquanto esperavam pela hora do jogo os fafenses deram espectáculo na bancada dos Estádio da Ribela ao entoarem canções bem conhecidas como a do Vinho Verde. Depois de uma noite mal dormida, pelo menos em alguns quartos da pensão onde a malandragem do costume fez das suas os fafenses encontraram a formação do Rabade pela frente e adiantaram-se no marcador com um golo de Luís Mário a mais um passe de Lizuarte que foi talvez o melhor jogador do torneio e a quem muitas vezes recorriam às faltas para lhe tirarem a bola e mesmo assim não era fácil. Ainda na primeira parte a equipa espanhola empatou o jogo. Na segunda parte, Lizuarte isolou-se e não deu hipótese ao “porteiro” espanhol fazendo o 2-1 e levando a equipa para as meias-finais.

O jogo das meias-finais foi feito logo de imediato e os fafenses voltaram a encontrar a equipa da casa, o Trasnos FV. Na primeira parte houve domínio completo dos fafenses que viram uma grande penalidade sobre Luís Mário a não ser assinalada e depois Lizuarte a atirar ao poste, chegando ao intervalo com o marcador em branco. Na segunda parte os locais marcaram logo no primeiro minuto e depois conseguiram chegar ao 2-0 e 3-0, numa altura em que os fafenses faziam um esforço hercúleo para se aguentarem em campo, tendo inclusive sido necessário que o presidente Rogério Ferreira tivesse jogado, pois nesta partida Charta também saiu lesionado.

Noutras circunstâncias e com a equipa completa os fafenses teriam chegado à final e quiçá vencido o torneio, pois os adversários não se revelaram melhor que eles mas face ao desgaste da viagem feita em duas Hiace de 9 lugares, com chegada quase perto da hora do primeiro jogo, à falta de alguns jogadores, às lesões com que outros jogaram e àquelas que ainda surgiram, fizeram um grande torneio em que conquistaram o 4.º lugar.

O regresso foi feito por Montalegre onde os fafenses tiveram oportunidade de saborear, finalmente, uma refeição decente em dois dias, pois antes devido a jogos e protocolos isso não tinha acontecido.


Os veteranos da UD Fafe chegaram a Fafe livres de perigo, com muitas histórias para contar, sempre com boa disposição e aptos para fazerem mais um jogo neste Sábado, também em Espanha, o 11.º no mês de Junho, o que realmente é obra que nem os profissionais fazem. Os veteranos da UD Fafe gostam e isso é que interessa. 

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