Texto e fotos: João Carlos Lopes
Penalti defendido por Monteiro foi decisivo
O Fareja venceu o Silvares por 4-1, num resultado que não espelha aquilo que se passou dentro das quatro linhas, porquanto nem os da casa foram tão bons nem os visitantes tão maus. É verdade e inegável que há mais qualidade do lado do Fareja mas não foi isso que decidiu este jogo mas sim uma grande penalidade defendida por Monteiro e desperdiçada por Vítor Oliveira aos 69’ quando o resultado estava em 2-1 para os locais. Em termos de atitude e entrega ao jogo as equipas registaram um empate e fizeram jus ao nome de dérbi que foi decidido em pormenores.
Com dez minuto decorridos o Silvares, numa bola metida para as costas da defesa aproveitou um desentendimento entre Monteiro e Barbosa para chegar à vantagem através de Diogo.
A equipa de S. Martinho conseguiu impor respeito ao adversário duramente mais uns largos minutos obrigando o Fareja a correr atrás do resultado, com o empate a surgir aos 28’, após cobrança de um pontapé de canto por André, com a bola a ser puxada ao segundo poste e depois a sobrar para Barbosa que, com um remate sem preparação, dentro da área, se redimiu do erro que tinha cometido.
O Silvares não desarmou e aos 30’, Vítor Oliveira rematou com intenção mas a bola saiu por cima da trave.
Depois de algumas bolas paradas para os dois lados o Fareja chegou ao segundo golo. Após um livre cobrado por André, aos 40’, Bento foi travado em falta por Dero com o árbitro a apontar para o penalti, convertido em golo por André que colocou demasiado e ainda viu a bola bater no poste antes de entrar.
Antes do intervalo o Fareja podia ter marcado por Óscar num remate na área que encontrou as pernadas dos adversários e o Silvares ainda teve um remate de Ricardo que apesar de bem posicionado saiu fraco.
Logo no início da segunda parte, o Fareja tentou surpreender e aos 46’, Óscar, na área, rematou por cima. Seguiu-se um perídio de futebol muito lutado entre áreas. Aos 56, o árbitro deixou passar impune uma falta feia de Dero sobre Nuno, com este a ter de ser assistido e substituído.
O Silvares não estava em Fareja para ver jogar e aos 59’, um remate intencional de Nuno saiu por cima da trave. Aos 62’, Ricardo combinou bem com Diogo que desperdiçou uma excelente ocasião para marcar.
Na outra baliza, aos 64’, Moisés, Cardoso e Stuca fabricaram todos os ingredientes para o golo mas não acertaram com a bola na baliza.
O lance que veio mudar radicalmente o jogo sucedeu aos 69’, em que Fi fez grande penalidade sobre Hugo Magalhães, com Monteiro a negar o golo a Vítor Oliveira com uma excelente defesa, uma vez que a bola ia baixa. A partir daqui o Silvares perdeu um pouco o rumo e a dose de moral que podia ter revertido para o seu lado passou para o Fareja.
Ainda assim, aos 73’, podia ter chegado à igualdade, depois de Moura ter ido à linha e cruzar, com a bola a sobrar para Diogo que podia ter feito melhor do que rematar contra o adversário.
O Silvares chegou ao 3-1 aos 79’. Após livre de Óscar na direita apareceu Stuca a cabecear ao primeiro poste com a bola passar por uma muralha de jogadores e a entrar. Dois minutos depois Stuca voltou a rematar de cabeça ao lado, após canto de Bento.
O quarto golo surgiu de grande penalidade cometida por Filipe sobre Stuca que Bento converteu no 4-1 aos 87’.
O Fareja foi pragmático e aproveitou bem as incidências do jogo, perante um Silvares batalhador onde se nota crescimento e que apesar de ainda não ter pontuado ainda vai roubar pontos a muita gente.
Jogo no Campo de Jogos de Fareja
Árbitro, José Novais, auxiliado por Joel Dias e João Macedo.
CDCR FAREJA: Monteiro; Joca (Fi, 46’), Cardoso, Barbosa, Marino, Cassu (Ferrinho, 67’), Óscar, André (c), Bento, Nuno (Moisés, 60’) e Stuca. Treinador, Rafael Leite.
GD SILVARES: Luís Durães; André, Tiago, Filipe, Nuno, Zézito (Moura, 68’), Dero, Ricardo Teixeira (c), César, Vítor Oliveira, Nuno (Hugo Magalhães, 55’) e Diogo (Jorge, 75’). Treinador, Jorge Teixeira.
DISCIPLINA: Dero, 39’; Fi, 69’; André, 77’; César, 78’ e Filipe, 87’.
MARCADORES: Diogo, 10’; Barbosa, 28’; André, 40’ (g.p.), Stuca, 79’ e Bento, 87’ (g.p.).
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