Trabalhar muito sem produzir
O Operário de Antime ao receber o primeiro classificado desta Série, tinha a possibilidade, em caso de vitória, de ascender ao primeiro lugar.
Foi um jogo em que o Antime teve o controle do mesmo durante todo o encontro, mas a sua produção atacante não teve expressão desse mesmo domínio, raras foram as oportunidades que dispôs para fazer golo.
Por seu lado o Ninense apresentou-se como uma equipa muito pragmática e jogou à espera do erro do seu adversário. Diga-se que esta estratégica teve os seus frutos pois conseguiu sair do parque desportivo do OFCA com três pontos sem que muito tenha feito para os conquistar.
Fruto da pressão que exercia sobre o adversário, aos 11 minutos dispôs de excelente oportunidade para inaugurar o marcador. Abílio recuperou uma bola no meio campo ofensivo, lançou Matheus que venceu a oposição de um defesa adversário, aparecendo isolado perante o guarda-redes visitante, mas rematou frouxo para as suas mãos.
Aos 15 minutos, e na primeira vez que se acercou da baliza de Zé Carlos, o Ninense inaugurou o marcador. Livre lateral, a bola é metida ao segundo poste e o jogador famalicense sem qualquer oposição rematou de cabeça junto ao poste.
Aos 27 minutos o Ninense aumentou a vantagem. A defensiva do Antime falhou o "alivio" da bola da sua grande área, esta sobrou para um atacante forasteiro que apareceu perante Zé Carlos fazendo a passar por cima deste, conseguindo um golo de bela execução.
A perder por duas bolas ao intervalo, o treinador do Antime meteu dois avançados, Diogo e Rui Ossos, e a pressão do Antime ainda se assentou mais sobre o Ninense. Diga-se que o jogo desenrolou-se praticamente no meio campo defensivo da equipa de Famalicão e Zé Carlos, guarda-redes do Antime, foi um mero espectador.
Contudo, e a exemplo dos primeiros quarenta e cinco minutos, os avançados do Antime não aproveitaram as poucas oportunidades de golo que dispuseram.
Aos 63 minutos o Antime ainda reduziu por intermédio de Óscar. Ao tentar lançar o seu colega avançado, a bola saiu comprida batendo à frente do guarda-redes do Ninense passando-lhe por cima da cabeça só parando no fundo das redes desertas. Um autêntico "frango".
Até final o Antime tudo fez pelo menos para conseguir o empate, que bem poderia ter surgido por duas ocasiões.
Aos 73 minutos Abílio à entrada da área arrancou um portentoso remate mas a bola saiu junto ao poste.
Aos 85 minutos, Ricardo Morais arrancou um cruzamento da direita a atravessar toda a zona da pequena área defensiva do Ninense mas Castanha e Rui Ossos não conseguiram finalizar.
Foi pois, uma vitória imerecida para o Ninense que praticamente só defendeu, mas muito bem, diga-se em abono da verdade.
Boa arbitragem, com o senão de não ter dado mais descontos, tanto na primeira parte como na etapa complementar, devido às inúmeras interrupções e entradas em campo para assistir os atletas de ambas as equipas.
OFC ANTIME: Zé Carlos; Rafa, Rui Abreu (Diogo, 45'), Óscar, João Ribeiro, Malhado, Carioca Ricardo Morais, 73'); Abílio, Castanha, Morais (Rui Ossos, 45') e Matheus. Treinador, Ismael Sousa.
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