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| Diogo Lopes |
Quem porfia sempre alcança
O Operário de Antime recebeu o UD de Airão que vinha de uma série de cinco vitórias consecutivas, pelo que este encontro era aguardado com alguma curiosidade pois ambas as equipas tinham o mesmo número de pontos, 18.
E estas expectitivas não saíram goradas, pois assistiu-se a um encontro bem jogado, intenso no ritmo de jogo e com um resultado indefinido até final do encontro.
O Airão, nos primeiros quarenta e cinco minutos, controlou bem o jogo, fruto de uma boa povoação da zona central do terreno, roubando ao Antime espaço nas zonas laterais o que lhe valeu não passar por muitos calafrios para a sua baliza.
E foi mesmo a equipa visitada a inaugurar o marcador logo aos 4' de jogo. Canto a favor do Antime, a bola foi rechaçada para fora da sua área defensiva sobrando para Rafa que pretendeu meter de primeira novamente para a área do Airão, mas falhou nessa intenção. A bola sobrou para um jogador forasteiro que num rapidíssimo contra-ataque endossou a bola a um colega que à entrada da área disparou um portentoso remate sem qualquer hipótese de defesa para Zé Carlos.
O técnico do Antime, Paulo Soares, procedeu a uma alteração táctica, recuou Ricardo Morais e avançou Rafa, e a equipa do Antime tornou-se mais acutilante na frente e mais perigosa na procura do golo do empate, o qual bem poderia ter acontecido aos 20'. Pedro Mendes conduziu um ataque pela esquerda, cruzou atrasado para Rafa que rematou de primeira mas o seu remate foi salvo por um defesa do Airão mesmo em cima da linha de golo.
Até ao intervalo não ocorreram mais lances de perigo para qualquer uma das balizas.
Os segundos quarenta e cinco minutos de jogo foram de domínio absoluto do Antime. Com uma atitude muito pressionante encostou o Airão para o seu meio campo defensivo e dispôs nos primeiros quinze minutos de três flagrantes oportunidades de golo.
Aos 46 minutos, Diogo arrancou um cruzamento da esquerda do seu ataque, a bola sobrou para Morais ao segundo poste que, embrulhado com um defesa vimaranense rematou para a baliza deserta mas a bola foi cortada já quase para além da linha de golo. Os jogadores do Antime a reclamarem um corte com a mão do defensor forasteiro mas o árbitro mandou jogar.
Aos 53', novamente Diogo pela esquerda a cruzar para Pedro Mendes, este amorteceu de primeira para Ricardo Morais que com um grande pontapé à entrada da grande área viu a bola sair mesmo junto ao ângulo superior direito da baliza do Airão.
Aos 61', Abílio amorteceu na pequena área, com classe, um cruzamento vindo da direita e ficou isolado perante Carlos, guarda-redes do Airão, que se opôs com uma enorme defesa, evitando o golo mais que certo.
O treinador Paulinho arriscou tudo aos 72 minutos, ao tirar o defesa João Ribeiro e ao meter mais um atacante, Sousa.
Por sua vez o Airão só teve uma ou duas descidas à baliza do Antime e numa delas até poderia ter aumentado a vantagem ao minuto 76. Perda de bola na zona lateral direita da defesa do Antime, que permitiu que o avançado visitante aparecesse isolado perante Zé Carlos, mas este muito rápido a sair da sua baliza defendeu com muita oportunidade.
O outro pontapé digno deste nome à baliza do Antime verificou-se aos 84' mas desta vez sem qualquer perigo para Zé Carlos.
Tal era o caudal atacante do Antime pelo que se adivinhava que o golo poderia parecer a qualquer momento.
Aos 85' foi a prova disso mesmo. Livre marcado por Abílio, mas Carlos novamente a negar o golo ao efectuar uma grande defesa para canto.
Mas como diz o ditado, quem porfia sempre alcança, o golo do empate surgiu aos 88'. Rui Ossos ganhou uma bola na zona central, desfez-se de dois adversários e isolou Diogo que perante o desamparado Carlos fez o golo muito festajado por todos.
E a reviravolta do jogo aconteceu no segundo minuto de desconto. Desta vez foi Pedro Mendes a servir Diogo que apareceu novamente isolado perante Carlos, com este ainda a tocar na bola mas esta só parou no fundo das redes.
Vitória justa do Antime, que só pecou por ter acontecido muito tarde e bem poderia ter sido mais expressiva, não fosse a extraordinária exibição do guarda-redes vimaranense Carlos, que por sinal já defendeu a cores do Antime.
Arbitragem aceitável.
OFC ANTIME: Zé Carlos; Rafa, Óscar (Di Maria, 32'); Rui Abreu, João Ribeiro (Sousa, 72'), Malhado, Abílio, Ricardo Morais, Pedro Mendes, Diogo, Morais (Rui Ossos, 58').
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