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domingo, 15 de março de 2020

Direção-Geral da Saúde | Tudo o que deve saber sobre o COVID-19


O que é a COVID-19?

COVID-19 é o nome oficial, atribuído pela Organização Mundial da Saúde, à doença provocada por um novo coronavírus (SARS-COV-2), que pode causar infeção respiratória grave como a pneumonia. Este vírus foi identificado pela primeira vez em humanos, no final de 2019, na cidade chinesa de Wuhan, província de Hubei, tendo sido confirmados casos em outros países.

O que são os coronavírus?

Os coronavírus são um grupo de vírus que podem causar infeções nas pessoas. Normalmente estas infeções estão associadas ao sistema respiratório, podendo ser parecidas a uma gripe comum ou evoluir para uma doença mais grave, como pneumonia.

Este coronavírus é igual aos outros vírus?

Não. Apesar de se tratar de um novo vírus e ainda não existir um total conhecimento sobre este, sabe-se que é diferente dos outros, apesar de ter alguma semelhança (geneticamente) ao SARS. É necessário mais tempo de investigação para se conseguir apurar todas as suas características e qual o tratamento mais adequado.

Porque foi dado o nome de COVID-19?

A Organização Mundial da Saúde decidiu atribuir um nome que fosse fácil de transmitir e que não indicasse nenhuma localização geográfica, um animal ou grupo de pessoas. O nome, COVID-19, resulta das palavras “corona”, “vírus” e “doença” com indicação do ano em que surgiu (2019).

Qual a diferença entre COVID-19 e SARS-COV-2?

SARS-CoV-2 é o nome do novo coronavírus que foi detetado na China, no final de 2019, e que significa “síndrome respiratória aguda grave – coronavírus 2”. A COVID-19 é a doença que é provocada pela infeção do coronavírus SARS-CoV-2.

Quando foi detetada a COVID-19?

A COVID-19 foi detetado no final de dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan.

Qual é a origem da COVID-19?
A origem (fonte da infeção) da COVID-19 é desconhecida e ainda pode estar ativa, segundo as informações publicadas pelas autoridades internacionais.

Quais são os sinais e sintomas?

Os sintomas são semelhantes a uma gripe, como por exemplo:

febre
tosse
falta de ar (dificuldade respiratória)
cansaço
Em casos mais graves pode evoluir para pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e, até mesmo, levar à morte.

Qual é o período de incubação?
O período de incubação estimado da COVID-19 (até ao aparecimento de sintomas) é de 2 a 14 dias, segundo as última informações publicadas.

Como se transmite?

A COVID-19 pode transmitir-se por:

gotículas respiratórias
contacto direto com secreções infetadas
aerossóis em alguns procedimentos terapêuticos que os produzem (por exemplo as nebulizações)

A COVID-19 pode transmitir-se de pessoa a pessoa?

Sim e poderá ocorrer pela proximidade a uma pessoa com COVID-19 através de:

gotículas respiratórias – espalham-se quando a pessoa infetada tosse, espirra ou fala, podendo serem inaladas ou pousarem na boca, nariz ou olhos das pessoas que estão próximas
contacto das mãos com uma superfície ou objeto infetado com o SARS-CoV-2 e se em seguida existir contacto com a boca, nariz ou olhos pode provocar infeção

Os animais domésticos podem transmitir o coronavírus?

Não. De acordo com informação da Organização Mundial da Saúde, não há evidência de que os animais domésticos, tais como cães e gatos, tenham sido infetados e que, consequentemente, possam transmitir a COVID-19.

Em que países é que se detetaram pessoas infetadas?

Esta informação está constantemente a ser atualizada pelas autoridades internacionais e deve ser consultada no site do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças ou na Organização Mundial da Saúde.

Qual é o tratamento?

Atualmente, o tratamento para a COVID-19 é dirigido aos sinais e sintomas que os doentes apresentam. Ainda não existe tratamento específico para esta infeção, segundo a informação publicada.

Os antibióticos são eficazes na prevenção e no tratamento da COVID-19?

Não, os antibióticos não resultam contra vírus, apenas bactérias. A COVID-19 é uma doença provocada por um vírus (SARS-CoV-2) e, como tal, os antibióticos não devem ser usados para a sua prevenção ou tratamento. Não têm resultados e podem contribuir para o aumento das resistências a antibióticos. Existem medidas que ajudam a prevenir a infeção por COVID-19 e também recomendações para os viajantes.

Já aconteceu algum surto com coronavírus em anos anteriores?

Sim. Em anos anteriores foram identificados alguns coronavírus que provocaram surtos e infeções respiratórias graves em humanos. Exemplos disto foram:

entre 2002 e 2003 a síndrome respiratória aguda grave (infeção provocada pelo coronavírus SARS-CoV)

em 2012 a síndrome respiratória do Médio Oriente (infeção provocada pelo coronavírus MERS-CoV)

Existe vacina para a COVID-19?

Não. Sendo um vírus recente, as investigações ainda estão em curso.

Se ficar em isolamento preventivo pelo COVID-19 sou prejudicado no meu emprego?

Não. Segundo o despacho emitido pelo Governo, se uma pessoa ficar em isolamento preventivo (profilático) devido ao perigo de contágio pelo COVID -19 e faltar, temporariamente, ao seu emprego por ordem da autoridade de saúde está salvaguardada a sua proteção social e os seus direitos.

O que está a ser feito em Portugal para acompanhar a epidemia por COVID-19?

Foi ativado o dispositivo de saúde pública do país para monitorização e vigilância epidemiológica, gestão e comunicação de risco. Das várias atividades desenvolvidas, destacam-se:

constituição de uma equipa de peritos/especialistas para dar resposta à epidemia
divulgação de comunicados diários

organização de conferências de imprensa

produção, divulgação e atualização de informação para o cidadão no site da Direção-Geral da Saúde, no SNS 24 e em outras instituições

produção e divulgação de materiais informativos para diferentes públicos, incluindo aeroportos, portos, unidades de saúde, escolas e população em geral

esclarecimento de dúvidas ou outros pedidos

monitorização de redes sociais

emissão de orientações técnicas e recomendações para profissionais do sistema de saúde e aeroportos;

atualização e validação da informação disponível sobre os casos de doença respiratória aguda pelo novo coronavírus (COVID-19)

capacitação do SNS 24 (808 24 24 24) para triagem e encaminhamento de casos suspeitos
reforço da linha de apoio ao médico para validação de casos suspeitos

articulação permanente com entidades internacionais para adoção de medidas emitidas pela Organização Mundial da Saúde e pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das 

Doenças e de acordo com a avaliação de risco a nível nacional;
repatriamento de cidadãos que residiam ou que visitaram a cidade de Wuhan, província de Hubei, China.

Portugal está preparado para responder a um caso confirmado de COVID-19?

Sim. São várias as medidas que estão implementas e/ou a ser desenvolvidas:

divulgação de comunicados diários no site da Direção-Geral da Saúde

esclarecimento e/ou triagem através do SNS 24 (808 24 24 24), disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana

reforço da Linha de Apoio ao Médico (LAM) da Direção-Geral da Saúde aumentando a sua capacidade de resposta permanente

diagnóstico de possíveis casos de infeção pelo laboratório nacional de referência do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge

garantir a segurança do sangue e derivados, assegurada pelo Instituto Português do Sangue e Transplantação

responder a eventuais casos da doença, nomeadamente no controlo de infeção, transporte de utentes e na correta utilização dos equipamentos de proteção

individual garantidos pelos hospitais de referência, assim como pelo Instituto Nacional de 
Emergência Médica (INEM)

fazer a vigilância dos contactos em articulação permanente com instituições/organizações internacionais para adoção de outras medidas, em consonância com as recomendações que forem sendo emitidas pela Organização Mundial da Saúde e pelo Centro Europeu de 

Prevenção e Controlo de Doenças

Como se preparou o SNS 24 para responder a esta epidemia?

Para responder ao surto deste coronavírus, o SNS 24 preparou-se a diferentes níveis:

Serviço de Triagem:
os algoritmos de triagem clínica foram atualizados para assegurarem um despiste adequado dos casos suspeitos de infeção por este novo coronavírus

sempre que necessário são ativados os mecanismos de resposta de casos suspeitos, através do contacto com a linha de apoio ao médico da Direção-Geral da Saúde, onde se encontram médicos que validam, ou não, o caso suspeito

em caso de validação do caso suspeito, são seguidas as orientações emitidas pela Direção-Geral da Saúde, nomeadamente, ao nível do transporte, isolamento e diagnóstico do doente

Serviço Informativo:
o SNS 24 (808 24 24 24) tem disponíveis conteúdos informativos, validados pela Direção-Geral da Saúde e em coerência com as autoridades internacionais, para esclarecerem a população.

Veja mais informações sobre a abordagem ao caso suspeito; prevenção da infeção por COVID-19 e as todas recomendações aos viajantes

As autoridades internacionais estão diariamente a atualizar a informação, pelo que esta poderá sofrer alterações frequentemente.

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