Texto: João Carlos Lopes / Fotos: adf
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Eficácia fafense esbarrou nos ferros
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A AD Fafe foi a Vila da Feira perder com
o Clube Desportivo Feirense, da II Liga, por três bolas a zero, resultado que
não corresponde àquilo que realmente se passou dentro das quatro linhas,
porquanto os homens da terra da fogaça marcaram cedo mas aos fafenses foi sonegada
uma grande penalidade sobre Badará ainda no primeiro tempo que podia ter dado
outro rumo aos acontecimentos. Além disso os ferros evitaram males maiores aos homens do castelo da Feira.
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O Feirense teve a sorte de ter marcado
muito cedo, pois aos três minutos de jogo beneficiou de um livre directo que
Marcelo se encarregou de converter em golo, beneficiando de um desvio da bola
na barreira, o qual dificultou a defesa de Pedro Freitas. Aos oito minutos o Feirense esteve perto
de marcar novamente através de Diogo Cunha mas este falhou na hora “h”.
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O Fafe acusou o atrevimento dos
fogaceiros e mostrou que é não é da terra da justiça por acaso e que não é um
castelo que mete medo. Vai dai e mandou os moços criados na formação atacar a
realeza. Foi assim que Bruno Monteiro e Xavi cabecearam ao lado e que Mike num remate
em jeito atirou á barra. Estava feito o aviso de que o “povo” não ia ao castelo
prestar vassalagem mas reclamar a passagem à eliminatória seguinte.
Vendo-se acossados, os da Feira
arregaçaram as mangas e fizeram nova investida junto da área do Fafe
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Figthers Boys marcaram presença |
Badará foi sempre um incómodo para os da
Feira dando muito trabalho à defensiva feirense e um pouco antes de terminar a
primeira parte driblou o guarda-redes no interior da área e foi impedido de
prosseguir, ficando uma grande penalidade por assinalar, a qual poderia ter
dado o golo da igualdade. Entendeu o árbitro que o jogador fafense fez
simulação admoestando-o com a cartolina amarela quando na verdade deveria ter
apontado para a marca dos 11 metros e dado o cartão ao infractor.
O Fafe entrou de mangas arregaçadas na
segunda metade e esteve perto de marcar aos 56 minutos com um grande remate de
Ricardo Valente a obrigar o guardião Marcos a defender para canto, com a bola
ainda a raspar no poste.
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Poucos minutos depois, aos 59, mas junto
da área fafense, uma saída extemporânea de Pedro Freitas esteve na origem do
livre que deu o segundo golo aos fogaceiros. Carlos Fonseca cobrou esta bola
parada que foi devolvida pela barreira mas encontrou Diogo Cunha para fazer o
remate certeiro para a baliza.
O Fafe acabou por ver as suas intenções traídas
novamente por um lance de bola parada quando nada o fazia prever e quando
tentava dar a volta à situação.
O Fafe nunca baixou os braços mas a
sorte estava do lado dos donos do castelo. Lance de puro contra-ataque com
Diogo Cunha a colocar a bola em perfeitas condições em Carlos Fonseca que, ante
a saída de Pedro Freitas, atirou para o 3-0.
O Fafe bem tentou o golo no Marcolino de
Castro mas a bola teimou em não entrar. Aos 81 minutos Mike rematou à meia
volta e Marcos voltou a defender com muito custo, fazendo aqui a defesa da
tarde tendo a bola ido novamente ao poste e saído para canto. Na sequência
deste Mike mais uma vez a cabecear e a ver a bola bater na barra.
A sina dos ferros da baliza ainda não
estava terminada pois Traquina também haveria de atirar ao poste.
Em suma, os fogaceiros
beneficiaram de duas bolas paradas para ganhar vantagem e depois consolidaram a
vitória num contra-ataque, o fafense viu o guardião Marcos brilhar e os ferros
da baliza a ajudá-lo. Nada mais havia a fazer quando a sorte não acompanhou a
equipa orientada por Agostinho Bento que caiu em pé na 3.ª Eliminatória da Taça
de Portugal perante um adversário de um escalão profissional que teve a bênção dos
deuses do seu lado.
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