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terça-feira, 11 de junho de 2013

“Filhos” do OFC Antime reuniram em Torneio triangular





Texto e fotos: João Carlos Lopes / Tiago João Lopes 

“Entre direcções e atletas sempre existiu a
preocupação de manter uma ligação franca”

Decorreu dentro da normalidade habitual dos torneios o triangular de veteranos organizado pelo Operário Futebol Clube de Antime, no âmbito dos seus 70 anos de vida.

Assim, as três equipas que fazem do parque de jogos de Antime a sua casa não quiserem deixar passar em claro esta bonita data e evoluíram no precioso sintético da septuagenária colectividade, entregando-se de corpo e alma ao jogo e não só pois como disse o veterano Jaime Costa no jantar que se seguiu aos jogos, “quando faltam as pernas sobra a língua”. No entanto nada que não fosse normal num jogo de futebol, seja em que escalão for.

As primeiras equipas a entrar em campo foram as do Grupo Benfica de Fafe (GBF) e da UD Fafe A60 (UDF), que fizeram um jogo de entrega e de luta, dando trabalho aos dois guarda-redes que por sinal tinham o mesmo nome, Paulo.


Ao intervalo registava-se uma igualdade sem golos e, na segunda parte, apesar da insistência das duas equipas o marcador continuou em branco, levando a decisão do vencedor para a marca das grandes penalidades.

Na marcação dos castigos máximos, Paulo Rocha, da UD Fafe, brilhou ao defender três bolas contra uma do seu homónimo do Grupo Benfica de Fafe.

Ao vencer a partida, a UD Fafe teve direito a descanso enquanto o GBF disputou novo jogo logo de seguida contra o OFC Antime (OFCA). Foi mas uma partida muito equilibrada, com entrega das duas partes mas com o marcador a não querer funcionar nos 45 minutos que durou o jogo. Nova série de grandes penalidades com os jogadores a terem o pé calibrado e a marcarem todas as cinco iniciais, prosseguindo depois por mais três penaltis, até que Antero se lembrou de marcar à Panenka mas quando a bola parecia estar no caminho certo para a baliza, João que parecia estar batido cometeu a proeza de defender com o pé, dando assim a vitória no jogo ao OFCA.

O terceiro jogo decidia quem era a equipa mais forte do torneio, pois tanto a UDF como o OFCA tinham uma vitória cada um.

Os veteranos da UDF acabaram por ser mais fortes e marcaram dois golos ainda na primeira parte por Braga e Lizuarte e depois Luís Mário fartou-se de desperdiçar oportunidades de golo. A experiência da UDF acabou por vir ao de cima perante uma equipa que se bateu bem mas que só treina ao fim de semana e não tem rotinas de jogo.

No jantar que reuniu as três equipas, juntamente com a direcção do OFCA houve alguns discursos de circunstância, com Jaime Costa (UDF) e David Costa (GBF) a agradecerem o convite e a formularem votos que este torneio se repita nos próximos anos.

O discurso mais alongado pertenceu a Avelino Soares que, entre outras coisas evocou “todos aqueles que tiveram a feliz ideia de criar o OFCA”, invocando depois os “testemunhos existentes na sede do Clube que deixam juventude de hoje boquiaberta e a interrogar-se com o era possível praticar desporto em condições tão precárias”. Classificou depois esses fundadores como ambiciosos e guerreiros. “Ambiciosos porque o seu desejo era procurar que o seu clube a nível concelhio se mantivesse como exemplo; guerreiros porque combateram contra muitas adversidades existentes naquele tempo, inclusivamente o da pobreza muito acentuada imposta talvez pelo regime da ocasião”.  

  Avelino Soares, representante dos veteranos do OFCA, depois de fazer alusão àquilo que as diversas direcções do Clube foram fazendo, incluindo a mais valia do clube que é o seu campo de futebol de relvado sintético, com sede e balneários modernos, falou ainda do capítulo humano “cuja prova está retratada em todos os veteranos, principalmente naqueles que passaram pelo OFCA confirmando que entre direcções e atletas sempre existiu a preocupação de manter uma ligação franca e aberta proporcionando a todos um espírito de profunda amizade, partilhada e vivida por muitos atletas, mesmo com os que por Antime passaram e eram oriundos de outros Concelhos”.

A fechar o protocolo falou o presidente Jorge Ribeiro a agradecer a presença de todos e a fazer suas as palavras de Avelino Soares dizendo que todas as equipas de veteranos presentes têm as chaves do parque de jogos o que “demonstra a abertura do Clube para com aqueles que lhe querem bem, para poderem usufruir das instalações de uma forma livre e espontânea dentro da planificação que é do conhecimento geral”.


O convívio terminou com a entrega de lembranças às três colectividades, uns bonitos troféus alusivos aos 70 anos do OFCA, e ainda com todos os presentes a catarem os parabéns e a comerem uma fatia do respectivo bolo de aniversário.

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