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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Andebol: Luís Nunes está de regresso a Fafe

Texto: João Carlos Lopes / Foto DR 


“Não irei festejar os golos” 

Luís Nunes está de regresso a Fafe para jogar andebol mas, vai fazê-lo na condição de adversário do AC Fafe, o clube do seu coração, pois vem em representação do seu novo Clube o Delta Belenense.

O carismático jogador afirmou que “será sem dúvida um regresso difícil, com uma mistura de sensações incríveis ao defrontar o clube do meu coração, na minha cidade. É sempre complicado, regressar ao "meu" pavilhão, à minha gente e é muito estranho ver o adversário sendo o meu clube mas é a vida de um jogador, tem de se encarar com o máximo de profissionalismo possível nestas situações.

O atleta explica melhor, “o meu sentimento é mesmo especial. É algo inexplicável. Vivi anos fantásticos representando a cidade de Fafe e o AC Fafe. Os três anos que passaram foram memoráveis, pois fomos campeões, subimos divisão e além de nos mantermos no escalão maior do andebol nacional, obtivemos a melhor classificação de sempre do andebol fafense. Aliado a isso, sinto que a nível pessoal fiz sem duvida umas das melhores épocas da carreira que até poderia ter culminado com o título de melhor marcador da liga que seria um feito histórico mas fiquei feliz por, no global, os objectivos serem cumpridos pois isso é que conta no final. Sempre foi esse o meu foco, ajudar o clube a ter sucesso e servir o clube e não me servir dele. O AC Fafe foi, é e será o amor de uma vida e, com ele no coração finalizarei minha carreira e a minha vida. Só sentindo o clube assim se conseguira explicar o porquê de tanto sofrimento, tanta dependência, tanto carinho, tanta entrega. O abdicar de uma mão cheia de "vida" em prol do Clube e do seu crescimento e sucesso. Assim foi durante anos e assim espero que seja por muitos mais, sempre e sempre por um amor maior, AC Fafe”.

Questionado se iria festejar os golos da forma efusiva que sempre faz, foi peremptório. “Não irei festejar claro, mas o meu modo de sentir o jogo sempre foi de uma intensidade muito própria, fazendo de cada golo como se fosse o último. Pode ser que escape qualquer grito ou serrar de punho mas, claro que tentarei não festejar ate por respeito a instituição e os adeptos que me apoiaram e aplaudiram tanto”.

Perguntado como lhe estava a correr a época, confessou que “a época não me esta correr muito bem: novos métodos, novo treinador, novos colegas e toda uma equipa remodelada e muito jovem. Mas aos poucos estamos todos a subir de nível e eu a adaptar-me a uma realidade totalmente diferente. O meu desejo para esta época é mais uma vez atingir os objectivos propostos pelo clube e jogar o mais tempo possível pois o andebol é a minha paixão”.
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