.

.
.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Andebol: 1.ª Divisão: AC Fafe, 25 – Sporting , 35

Texto: Associação de Andebol de Braga
Foto: João Carlos Lopes

Um desfecho anunciado

O Fafe tarda a criar rupturas com o seu passado na 2ª Divisão, não desenvolveu ainda uma relação “amorosa” com a 1ª Divisão e, por isso, verte toda a sua dor a cada jogo que passa. No Sábado, viveu a sua terceira derrota consecutiva, que não sendo nada moralizadora, insere-se num contexto esperado, ainda que não desejado, tendo por referência a real valia e experiência de ambos os planteis.

Perdeu, mas esta derrota não implica nenhuma frustração. Lutou, esteve no jogo com dignidade. Não deu para mais? Paciência! Foi visível um distanciamento parcialmente incapacitante, ou se quisermos, uma mobilidade difícil, perante a ostentação do Sporting. Mas não era esse o prognóstico para este jogo?

Uma coisa é certa, não se pode apontar o dedo ao plantel por falta de empenho. Foi um Fafe corajoso, sem medo de se assumir, sem receio de expor as suas fragilidades, aquele que evoluiu no recinto do jogo. Em suma, uma equipa com dignidade!

Os pupilos do Prof. Óscar “deram luta” enquanto puderam, principalmente nos primeiros 30 minutos, período em que ombrearam com o seu adversário: 6-6, aos 15 minutos de jogo; 9-11, aos 20 minutos e 12-18, aos 30 minutos, espelham isso mesmo. O problema foi o segundo período: o descrédito apoderou-se da equipa e foi meio caminho andado para a derrota! Na constatação desta forma de estar, fica uma pequena crítica implícita ao grupo: perder por dez, ao contrário do que parece, não é o mesmo que perder por nove, oito, cinco, ou … o jogo constrói-se golo a golo, no fim logo se vê! Mas, enquanto jogarem com seriedade, tal como o fizeram no Sábado, os adeptos só podem dar-se por satisfeitos, pois, independentemente, dos resultados, a integridade é também um factor importante e essa esteve lá, do princípio ao fim do jogo.

Jogar neste campeonato implica ter a noção que o Fafe está ainda a terminar a infância. Está a reinventar-se para poder estar presente neste emaranhado dos “grandes”, com ambições. Contudo esta equipa é modesta, composta por atletas de valor, mas sem grande experiência nos palcos onde tudo se decide.

Ao contrário da concorrência, o Fafe foi descurando a formação, que era uma das suas principais fontes de alimentação no passado. Os jovens que estão a chegar aos seniores não arrastam consigo a experiência de quem viveu fases finais decisivas, ou jogos internacionais importantes. Nesta hora de prestar contas, estes pormenores fazem toda a diferença. A actual direcção já inverteu completamente a filosofia do passado e está empenhada em copiar os bons exemplos que existem no distrito. Só que isso leva tempo, muito tempo e, até lá, há que ter paciência e consciência, que devagar se vai ao longe!

Vamos com calma, acreditando todo o projecto em curso é já um ganho, independentemente dos resultados que a equipa Sénior venha a construir.

Sem comentários: