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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Andebol – 1.ª Div. Nacional: AC Fafe, 19 - FC Porto, 31

Texto: Associação de Andebol de Braga

O nevoeiro há-de levantar

Ainda não foi desta que o Fafe apareceu, qual Fénix renascido das cinzas, a voar sobre o campeonato, com três pontos conquistados ao F C Porto. Mas sinceramente, este também não era o momento, nem o jogo, para que isso acontecesse.

Ontem, o Fafe resistiu até aos primeiros 20 minutos, mas deixou, após este período, de se constituir como ameaça ao seu adversário, dando origem a que o jogo não tivesse grande história, como se previa, dada a diferença qualitativa de ambos os planteis.

Apesar da derrota, o Fafe soube estar à altura do jogo, respeitou a camisola que enverga, foram uns dignos vencidos e, quando assim é, ainda que sem pontos, também saem vencedores!

O Fafe está a realizar o campeonato possível, já esboçou aqui e ali vontade de dar a volta aos acontecimentos, mas não conseguiu ainda sair do mero processo de intenções. É verdade que os primeiros pontos conquistados tardam em aparecer, mas estes, no clube, têm a importância que têm. Há outros pontos que não são do domínio público, extra competição, conquistados através de um projecto ambicioso plantado na cidade de Fafe, que envolve escolas, autarquia, o A C Fafe e os seus colaboradores, com o Professor Óscar Freitas à cabeça, e que promete um grande futuro para este clube, que compensa largamente o infortúnio nos seniores.
É fácil, muito fácil, proferir críticas sobre um clube como é o caso do Fafe, olhando apenas para a classificação da equipa sénior. Mas também é importante que os críticos saibam que esta instituição tem uma Direcção com uma coluna vertebral enorme, que não empenha o futuro do clube por uns míseros momentos de glória, que não se deixa intimidar pelos resultados menos conseguidos e que faz o que tem a fazer: aproveitar a passagem do Fafe pela 1ª Divisão (seja esta efémera ou não), para lançar um amplo projecto para rentabilizar o futuro. Aqui, não há dinheiro para “comprar melões” e o terreno onde estes se plantam era árido aquando da chegada desta Direcção. “Aplainou-se” o terreno e está a fazer-se o que tem que ser feito: lançar as sementes para o futuro!

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