
Sem motivo para rir ou chorar
O Fornelos recebeu e empatou com o Antime a uma bola, num dérbi cheio de condimentos, mas sem grande futebol para se ver. Mesmo assim, registaram-se algumas boas jogadas para ambos os lados e viram-se dois golos de bela execução, duas reclamações de grande penalidade nos instantes iniciais por parte do Fornelos e um golo, anulado ao Antime a oito minutos dos noventa. Nem o Fornelos ficou contente, porque poderá perder o primeiro lugar, nem o Antime tem motivo para festejar porque continua sem vencer e este resultado não abona a favor das suas aspirações.
O jogo iniciou-se com o Fornelos a entrar com toda a força e a deixar o Antime nas cordas, parecendo quer fazer logo um “KO”. Aos dois minutos, André, do meio da rua, rematou à meia volta e viu a bola bater estrondosamente na barra. Dois minutos depois, o mesmo jogador obrigou o guardião Rui a estar atento novamente.
Nestes primeiros minutos os de Fornelos reclamaram duas grandes penalidades, uma por pretenso derrube a um jogador seu e outra por pretensa mão na bola. Nenhuma delas foi atendida pela equipa de arbitragem.
O Fornelos pressionava e aos oito minutos o golo aconteceu. Um grande golo por sinal, apontado por Micael, de fora da área com a bola a fazer a banana, a fugir do alcance do guarda-redes e a entrar perto do poste.
Só por volta dos vinte minutos o Antime conseguir estabilizar o jogo e começar a esboçar uma leve reacção. O remate de longe de Billa, que Marçal defendeu a dois tempos foi o primeiro sinal do incomodismo antimente. Mesmo assim, a melhor ocasião do Antime só surgiu aos 31 minutos, com Hélder, bem posicionado a rematar, de cabeça, por cima da baliza.
Nesta altura já o Fornelos parecia ter adormecido e o Antime ia crescendo paulatinamente. Até que, aos 44 minutos, Nuninho faz um passe de morte, a rasgar toda a defesa do Fornelos, para Hugo e este não se fez rogado, ao rematar na diagonal e bater Marçal sem apelo nem agravo.
Depois do intervalo foi o Antime quem melhor entrou n

Aos 54 minutos, Ricardinho cobrou um livre que tive saída extemporânea do guardião do Fornelos, mas Ruca não acreditou deixando gorar-se o lance.
Respondeu o Fornelos e, aos 60 minutos, Malhado oferece o golo a Leonel mas este atirou por cima da trave. Insistiu o Fornelos e aos 66, André esteve muito perto de desfazer a igualdade, valendo a agilidade da defesa antimense. Aos 69, o mesmo jogador rematou com perigo mas não acertou no alvo. Aos 75, um livre directo de Pinto, saiu à figura de Rui.
Com o aproximar dos minutos finais foi o Antime que mais demonstrou querer ganhar acercando-se da baliza dos de Santa Comba. Aos 80 minutos, o potente pontapé do guarda-redes Rui, quase fazia a bola entrar na baliza de Marçal que, em último recurso cedeu canto.
Aos 82 minutos o lance que mais dúvidas suscitou no jogo, ou talvez não. Nuninho cobrou um canto na esquerda do seu ataque e Pedro, ao primeiro poste, parece ter feito um golo limpo. Porém, o árbitro considerou ter existido qualquer infracção que, à primeira vista não conseguimos descortinar. O lance causou grande indignação por parte dos antimenses.
Um minuto depois Leonel voltou a levar o perigo junto da baliza do Antime.
Jogo realizado no Campo de Jogos de Fornelos, Fafe.
Árbitro: Tiago Mendes, auxiliado por Luís Salgado e Alain Freitas.
FORNELOS: Marçal; Geninho, Pinto Benoit e Luís; Miguel (Hugo, 67’), Bispo e André, Pedro (Castro I, 64’), Malhado (Nuno, 73’) e Leonel. Treinador, Carlos Careca.
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ANTIME: Rui; Ricardinho, Fábio, Sérgio (Paulo, 46’), César, Hélder, Nuninho, Pedro, Billa, Hugo (Filipe, 73) e Ruca (Nelo, 70’). Treinador, Domingos Freitas.
MARCADORES: Micael, 8’ e Hugo, 44’.
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