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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Luís Carlos, técnico do Fermilense, em entrevista

Entrevista e foto: João Carlos Lopes/Tiago João Lopes

Ser campeão de Inverno só
faz
sentido se subirmos de escalão

O fafense Luís Carlos, técnico do Sport Clube Fermilense tem a sua equipa na primeira posição da Série D da 2.ª Divisão Distrital, mas considera que o título de Campeão de Inverno só faz sentido se terminar a época nos dois primeiros lugares, ou seja, em posição de subir de escalão. Com humildade e os pés bem assentes na terra, este jovem técnico, que, na nossa opinião foi um dos melhores avançados do futebol regional da AF de Braga, revela ter ambições mas prefere aguardar tranquilamente pelo futuro. Foi precisamente sobre o campeonato já realizado e sobre a sua condição de treinador que Montelongo Desportivo falou com esta referência fafense no desporto regional.


MD: Como está a correr este primeiro terço do campeonato?

- LUÍS CARLOS: Está a correr bem embora considere que podíamos ter mais uns pontinhos.

MD: O que aconteceu para não os terem?
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- LUÍS CARLOS: Alguma infelicidade em pelo menos dois jogos. Um em casa com o Nespereira em que nos marcaram o golo do empate aos 94 minutos e em Fornelos que foi aquilo que toda a gente viu. Mesmo assim estamos na frente e agora é continuar a trabalhar bem para que as coisas se mantenham

MD: Qual era o objectivo inicial do Fermil para a época?
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- LUÍS CARLOS: Nunca nos assumimos para a Comunicação Social, mas dentro do grupo mantivemos sempre o propósito de subir. Uma equipa que desce de divisão tem que pensar em subir logo na época seguinte.

MD: Reforçaram-se nesse sentido?

- LUÍS CARLOS: Sim reforçamo-nos com alguns jogadores que vieram dar mais qualidade e acho até que, temos um plantel melhor que o da época passada na 1.ª Divisão.

MD: Têm as condições necessárias para subir de divisão?

- LUÍS CARLOS: Acho que é sempre difícil responder a essa pergunta. No entanto considero que com o trabalho que estamos a realizar e o espírito que o nosso grupo tem vamos conseguir. Sei, contudo, que não vai ser fácil porque para subir seja na divisão que for é preciso que tudo funcione em harmonia.

MD: Na sua opinião quem são os adversários mais directos?
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- LUÍS CARLOS: Existem duas ou três equipas que devemos ter em consideração: são elas o Arco de Baúlhe, o Fornelos e o Nespereira, sem nunca esquecer o Antime que se nos conseguir vencer pode entrar também na luta. Recordo que o nosso próximo jogo é em Antime no próximo Domingo.

MD: Há alguma equipa que o esteja a surpreender?

- LUÍS CARLOS: Sim. O Fornelos pela positiva e o Antime pela negativa embora considere que tem boa equipa e que devia estar a fazer um pouco melhor do que quilo que tem feito.

MD: Há jogadores de Fafe no Fermilense?

- LUÍS CARLOS: Jogadores apenas o Vitinha Esquiça. Mas também temos outro fafense no Fermilense, o Anselmo massagista.

MD: A equipa vai reforçar-se até Janeiro?

- LUÍS CARLOS: Não. Temos um plantel de 26 jogadores, apesar de dois estarem lesionados. Por sinal duas mais valias mas, o plantel dá-me todas as garantias para o resto do campeonato.

MD: Que valor atribui ao título de campeão de Inverno?

- LUÍS CARLOS: Sinceramente é sempre bom chegar em primeiro a qualquer estação do ano mas, se não chegarmos ao fim do campeonato em primeiro ou segundo lugar, que são os lugares que dão acesso à subida, este título de campeão de Inverno deixa de ter importância.

MD: Por onde passa a sua ambição como treinador?
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- LUÍS CARLOS: Acredito no trabalho que tenho vindo a fazer mas tenho os pés bem assentes no chão. Mentiria se dissesse que não era ambicioso. Sendo assim, espero vir a ter outras oportunidades, pelo menos como as tive enquanto jogador. Só o futuro dirá até onde posso chegar como treinador. Vou trabalhar no sentido de tentar ser melhor do que fui como jogador que, na minha perspectiva, não foi assim tão mau.

MD: Há alguma mensagem que gostasse de transmitir?

- LUÍS CARLOS: Sim. No futebol falamos de tantas coisas mas esquecemo-nos um pouco da família e eu queria pedir desculpa á minha por lhe roubar tanto tempo com o futebol. Eu sei que elas me compreendem. Elas, a minha mulher e as minhas duas filhotas. É que o futebol é a coisa mais importante das menos importantes!
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