Parabéns rapazes!
- Dois golos fantásticos de Castro
Os juniores fafenses garantiram por mérito próprio o direito de lutarem pela subida de divisão, ao empatarem a duas bolas com o Desportivo das Aves num jogo que teve oito minutos e meio de compensação e em que, de alguma forma, os fafenses foram manietados pela equipa de arbitragem, quer na amostragem dos cartões amarelos, seis para o Fafe contra dois do Aves, quer em algumas decisões duvidosas. Antes de ser decidido o recurso interposto pelo Aves os fafenses tinham, no mínimo, que empatar a partida para afastar qualquer fantasma. Foi o que sucedeu e estiveram mesmo muito perto da vitória.
O Fafe entrou bem no jogo mostrando porque conseguiu chegar ao terceiro lugar com uma equipa de jogadores que se esforçam para treinar e estudar ao mais alto nível, dando mostras de uma dedicação e entrega ao clube pouco vista nas últimas gerações. Só por isso já merecem o aplauso de todos aqueles que gostam de futebol. Mas estes jovens acreditam em mais e melhor e vão lutar por deixar o Fafe na 1.ªDivisão Nacional. Quem os conhece sabe que são bem capazes disso.
Aos sete minutos Mota começou a acelerar para uma exibição de encher o olho e depois de uma série de insistências entregou a Zé Brochado com este a não conseguir tempo suficiente para armar o remate.
O maior pendor atacante do Fafe foi premiado com um golo monumental de Castro aos 17 minutos. Na sequência de um canto a favor dos fafenses, a defesa do Aves aliviou e Castro de muito longe e sem preparação mandou um disparo que levava escrito o selo de golo desde que saiu do pé do esquerdino fafense.
Praticamente na jogada seguinte e apenas dois minutos depois, o Aves chegou ao empate na sequência de um livre cobrado para o interior da área e em que Gil deu a melhor sequência ao desviar de cabeça.
Aos 24 minutos o guardião Luís quase entregava o ouro ao bandido ao deixar escapar uma bola por entre as mãos, valendo na circunstância a atenção dos companheiros.
Aos 25 minutos Zé Brochado rematou de fora da área para defesa de Marcelo para canto.
Aos 30 minutos, João Reis ganhou posição sobre a defesa fafense e só por pouco não fez golo no seu remate cruzado.
Até ao intervalo as equipas entregaram-se ao jogo de corpo e alma mas nenhuma conseguir alterar o marcador.
No segundo tempo o Fafe entrou praticamente a vencer pois estavam decorridos apenas 20 segundos de jogo quando Mota ganhou na raça a meio campo, entregou a castro, este deu um nó cego no defensa e disparou mais uma bomba sem hipótese de defesa para o guardião avense.
No minuto seguinte, Jorginho, na área do Fafe, teve oportunidade de chegar novamente ao empate mas o remate de cabeça saiu por cima.
Aos 65 minutos Mota, visivelmente esgotado foi substituído por Marcelo e aos 70 minutos foi outro esteio do meio campo, João Vítor, a lesionar-se. Nesta altura o Aves já abusava do futebol directo e a ausência deste jogador foi notada no resto do jogo.
Aos 78 minutos Serginho cobrou um livre para o Fafe mas o guardião Marcelo socou a bola e aliviou o perigo.
Com o aproximar do final do jogo o Aves colocava o mais rápido possível todas as bolas na área à procura do erro fafense e aos 90 minutos um cruzamento/remate de Jorginho bateu na parte de cima da barra de Luís.
O árbitro concedeu seis minutos de compensação pelos tempos perdidos que mais tarde se transformariam em oito minutos e meio.
Aos 92 minutos o avense Digas atirou de cabeça por cima da trave e aos 97 um remate violento de Jorginho bateu num defesa fafense e originou canto. Antes da marcação do canto o árbitro ainda parou o jogo para se aquilatar da eventual lesão de um jogador fafense e o mesmo foi marcado aos 98 minutos e até o guarda-redes Marcelo subiu à área fafense. O canto foi cobrado de forma tensa e Nuno, de cabeça, bateu toda defensiva fafense e fez o golo do empate.
Os avenses festejaram de forma efusiva uma vez que o quarto lugar de lhe dá acesso a uma “poule” para discutir um lugar nos grupos de subida. Os fafenses também receberam aplausos pela grande campanha que fizeram. Dada a importância da partida para os de Vila das Aves este foi o jogo com maior assistência da época.
Jogo disputado no Campo n.º 2 do Parque Municipal de Desportos, em Fafe.
Arbitro: Cláudio Silva (CA Viana Castelo), auxiliado por Paulo Vieira e Ivo Afonso.
AD FAFE: Zé Luís; João Pedro, Rampa, Fábio e Toka; Mota (Marcelo, 65’), João Vítor (João Alves, 72) e Zé Brochado, Castro, Adriano e Diogo Costa (Serginho, 60). Treinador, Miguel Paredes.
GD Aves: Marcelo; Rui, Digas, João Costa, Dani (Jójó, 77), Gil, Nelson (Diogo, 81), Miguel (Nuno, 54), Daniel, Jorginho e João Dias. Treinador, Marcos.
MARCADORES: Castro, 17 e 46; Gil, 19 e Nuno, 98.
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