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domingo, 9 de maio de 2010

Viagem dos Veteranos da UD Fafe a Cap Ferret

Texto e fotos: João Carlos Lopes

Muito bem recebidos

Os veteranos da UD Fafe Anos 60 deslocaram-se a França no último dia de Abril e primeiros dois dias de Maio para retribuir a visita dos homólogos franceses do Lège Cap-Ferret no ano anterior a Fafe e foram muito bem recebidos, acarinhados e devidamente acompanhados.
A partida surgiu pouco depois das zero horas de sexta-feira num autocarro topo de gama da empresa fafense Fafenorte, ainda em plena rodagem, com apenas oito mil quilómetros percorridos. Os motoristas, António Almeida e Moura ofereciam garantias de uma boa condução e proporcionaram uma viagem agradável, tranquila e sem sobressaltos, o que permitiu a muita e boa gente adormecer, isto depois do Avelino Carneiro ter gasto as pilhas todas, pois enquanto teve energia não deixou dormir ninguém. Ao menos espalhou boa disposição que muito contribuiu para amortecer o impacto da longa viagem.
O autocarro foi parando para as obrigatórias trocas de motorista até chegar a aos Pirinéus, onde cada um tomou o pequeno-almoço à sua maneira.
A viagem prosseguiu tranquilamente até à região do Cabo Ferret onde os fafenses eram aguardados por emigrantes de Santa Comba, que não se inibiram de exibir a bandeira de Portugal.
Seguiu-se um almoço num dos restaurantes típicos daquela zona da costa atlântica francesa. Retemperadas as forças, a comitiva foi presenteada com uma viagem de barco na bacia de Arcachon, com vista panorâmica para a paisagem envolvente e para a duna de Pilat, a maior duna natural da Europa, com 117 metros de altura, num trajecto guiado pelo fafense Vasco que tem familiares nesta localidade e acompanhou a comitiva, sendo certo que tinha um conhecimento geral desta zona, traduzindo, igualmente, algumas informações vertidas pelo comandante do barco. O passeio marítimo prolongou-se por cerca de duas horas.
Ainda com as malas no autocarro a comitiva dirigiu-se ao hotel para organizar a sua estadia e após a distribuição dos apartamentos, previamente definida, tomar um retemperador banho, para quase de seguida viajar até outro restaurante com o intuito de jantar. Após a refeição houve um passeio higiénico para queimar as calorias e conhecer aquela zona à noite.
No Sábado, a comitiva acordou em sobressalto devido ao autocarro ter sido vandalizado, com o esvaziar dos pneus e o empenar das escovas limpa-vidros. Após alguns minutos de troca de impressões a comitiva seguiu a pé para um pequeno-almoço oferecido pelo presidente do Lége Cap-Ferret, numa unidade hoteleira da Região sendo a manhã aproveitada para visitar a feira que decorria naquele local e para subir ao Farol, o qual tinha uma vista panorâmica total de toda a bacia de Arcachon estendendo-se ao Oceano Atântico e a toda a região envolvente.
Seguiu-se novo almoço oferecido pelos franceses junto à praia de Cap Ferret com novo passeio higiénico para depois a comitiva se dirigir ao estádio a fim de realizar o esperado jogo, cujo desenvolvimento foi relatado em artigo à parte. Ainda antes da partida começar houve troca de lembranças entre os elementos das duas equipas, os cumprimentos da praxe e a fotografia de conjunto.
O convívio foi mesmo no estádio, onde houve breves discursos. Por parte do presidente do Lége Cap-Ferret foi dito num português arrastado que estavam muito contentes pela visita dos fafenses, esperando que a recepção tenha sido do agrado deles. Disse ainda ironicamente que se quisessem aprender a jogar futebol para aparecer naquele estádio às quartas-feiras. Por sua vez, o presidente da UD Fafe, Rogério Ferreira, retribuiu a gentileza das palavras e disse que a recepção não poderia ter sido melhor e que os fafenses estavam muito satisfeitos pela forma como foram recebidos e acarinhados em Cap Ferret de onde levam as melhores recordações.
Após os discursos houve um jantar volante, convívio, canções em português e francês até que chegou a hora do Adeus, onde não faltaram os lenços brancos.
A noite já ia longa e as horas restantes eram de descanso para uma partida matinal.
O regresso foi feito no Domingo no sentido inverso do trajecto de ida, com paragem para pequeno-almoço e para um almoço improvisado.
O retorno a casa correu dentro da normalidade, com o Avelino Carneiro a animar a parte de trás do autocarro e o Armindo Canoiro a deixar bem dispostos os ocupantes da frente. Ainda houve quem tivesse coragem de pedir mais música do Canário e quem gritasse os golos do Porto e do Benfica que jogavam nesse dia.
A Direcção da UD Fafe Anos 60 agradece o apoio e colaboração da Câmara e Junta de Freguesia de Fafe, bem como a gentileza do jovem Vasco que acompanhou sempre a comitiva e foi manifestamente útil na orientação por aquela localidade e sempre que necessário na tradução do francês para português e vice-versa.

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1 comentário:

filipe cunha disse...

Cap-Ferret - aposto que esses meninos gostaram muito de lá ir, conheço muito bem a zona, é lindíssima. Tenho lá familia e amigos e vou lá de longe a longe, já estou com saudades de lá ir novamente.

Filipe