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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Pedestrianismo: PR11 - Rota dos Apanha Pedrinhas



Texto e fotos: João Carlos Lopes
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Seis quilómetros de puro prazer
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Fafe tem mais um percurso pedestre marcado, desde o dia 19 de Dezembro. Trata-se do trilho denominado de PR11, ou Rota dos Apanha Pedrinhas, em homenagem aos caminheiros da Cercifaf, que são pedestrianistas regulares neste tipo de actividade ao ar livre, o que fazem com gosto, dedicação e alegria, sob a tutela dos monitores João e Fátima.
Trata-se de um percurso circular, de seis quilómetros de distância, desníveis pouco acentuados e um nível de dificuldade fácil, com início e chegada ao parque de estacionamento da Barragem de Queimadela, que aproveita três quartos do percurso denominado por PR1, o qual contorna aquela albufeira. Na verdade o PR11, ou Rota dos Apanha Pedrinhas, é uma versão mais alargada do PR1 que nos leva por caminhos pitorescos e interessantes sem nos desviarmos muito do ponto de partida. Um bom passeio para se fazer ao Domingo de manhã, com um grupo de amigos, sem pressas para se poder desfrutar de toda a envolvente paisagística, rural e cultural onde o património físico e humano tem um valor incalculável. Em suma, são seis quilómetros de puro prazer.
A inauguração deste trilho contou com a presença do presidente da Cercifaf, doutor Lino Barros Silva, do representante da Câmara Municipal de Fafe, Engenheiro Vítor Moreira e ainda do presidente dos Restauradores da Granja, Gabriel Soares, tendo, todos eles, feito discursos de circunstância, aludindo á importância deste tipo de actividades e à inclusão de pessoas portadoras de deficiência nas mesmas, dando-lhe os mesmos direitos e as mesmas oportunidades.
Ao som do Grupo de Bombos da Cerfifaf que mais tarde alternaram com outro grupo convidado em que sobressaía o tradicional som da gaita de fole, os caminheiros iniciaram marcha em direcção ao pontão da barragem, para, no final deste, contornarem a mesma até junto da casa das licenças de pesca, subindo depois por cerca de um quilómetro para virar à direita em direcção à aldeia de Ribeiras. Nesta aldeia saboreou-se bolo caseiro e o afamado bolo-rei de Fafe e foi servido o famoso café da avó, tudo numa tenda montada no local.
O guia Daniel Oliveira retomou a marcha em direcção à sede da Junta de freguesia Queimadela, para, depois, junto da igreja, a caminhada derivar novamente à direita por caminhos que estão a ser alargados e, por isso mesmo, perderam parte do seu encanto. Porém, volvido esse espaço de aproximadamente quinhentos metros, volta-se a entrar em contacto com natureza virgem, contornando o rio em direcção à ponte de Queimadela, sobre o Rio Vizela, para, mais à frente derivar em direcção a Repulo mas com desvio para a Aldeia do Pontido, cujo número de casas recuperadas é cada vez maior, o que empresta uma beleza rara a toda a paisagem, pois nota-se o respeito pela traça original. Pontido é cada vez mais um grande cartão de visita para o turismo de montanha fafense, onde se louva o trabalho de recuperação que ali foi feito, que tem um cariz privado numa zona de acesso público. Nesse local pode-se ouvir o sussurrar constante do Rio Vizela, com inúmeras quedas de água pura e cristalina. O pisão também lá está à espera da visita de quem passa, na maioria das vezes em funcionamento para que se possa ver como é que as mantas outrora ficavam macias. A Aldeia do Pontido é um local que, só por si, convida a visitar e a estar largos momentos a apreciar tudo que a envolve, aproveitando a ponte que serve de varanda para cenários que a memória dificilmente esquecerá.
Contornando a Barragem de Queimadela e após algumas centenas de metros, o espelho de água depara-se-nos com reflexos de várias cores, o que empresta ao local um autêntico ambiente de cinema. A cascata também lá está para encantar quem por lá passa, bem como algumas casas em ruínas. Mais à frente e depois de largos metros sobre um passadiço de madeira, um moinho, para, pouco depois, se chegar à zona mais frequentada da barragem que precede em poucos metros o final da marcha.
O PR 11 é um percurso marcado nos dois sentidos, segundo as normas da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal e encontra-se em fase de homologação. Como o próprio nome indica é o 11.º percurso de pequena rota marcado no Concelho de Fafe, por uma Secção de Montanhismo (Restauradores da Granja) que completa em 2011 dez anos de existência.
Em jeito de homenagem ficam aqui os nomes dos aventureiros da Cercifaf, são eles: Victor, Mariana, Joaquim, Araújo, Paula Maria, Lino, Emília, José Davide, Susana e a Aida, acompanhados pelos monitores João e Fátima. Todos eles são portadores de Carta de Montanheiro, emitida pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal.
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