Texto e fotos: João Carlos Lopes / Tiago João Lopes
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Em tempo de guerra não se limpam armas
- Romeu e César devolvem Arões às vitórias
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O Arões regressou às vitórias para o campeonato após sete jogos sem sentir esse sabor, ao vencer a formação do Ninense por 2-1, numa partida em que o resultado foi, de longe, muito melhor que a exibição, frente a uns famalicenses que, pela exibição, não merecem ocupar o lugar que ocupam e até mereciam ter pontuado neste jogo.
O Arões sofreu a bom sofrer para sair do campo emprestado pelo Atães com os três pontos e ainda viu, na segunda parte, duas bolas nos ferros da baliza de Paulo Jorge. Os fafenses fizeram o jogo possível, a pensar mais nos pontos que na exibição já que em tempo de guerra não se limpam armas. Isto porque, os fafenses estavam mesmo a precisar de vencer esta batalha.
Os primeiros dez minutos foram de equilíbrio e sem remates á baliza. O primeiro remate aconteceu de bola parada com Lameirão a obrigar João a sacudir com uma palmada para canto.
A equipa de Francisco Branco, que assistiu ao jogo por fora, a cumprir castigo, chegou ao golo aos 15 minutos. Ângelo depois de alguma insistência cruzou para a área e Borralho meteu a mão á bola originando grande penalidade que Romeu se encarregou de converter, com João a tocar ainda na bola mas esta levava lume.
O mesmo borralho tentou emendar o erro aos 18 minutos na cobrança de um livre directo mas a bola saiu por cima.
O jogo prosseguia com as duas equipas a tentarem fazer o que podiam mas sem fazerem muito.
Aos 29 minutos o Ninense reclamou uma grande penalidade a que o árbitro não anuiu, tendo Francês ficado isolado na cara de Paulo Jorge e este negou-lhe o golo com grande defesa para canto.
Aos 31 minutos, Lameirão rematou rasteiro mas viu João defender sem grande dificuldade.
Aos 33 minutos, Borralho cobrou um livre perto da área, em situação frontal, bateu contra a barreira e na recarga, o mesmo jogador atirou por cima.
Romeu |
Aos 38 minutos o Arões chegou ao golo na sequência de uma bola parada. Romeu cobrou um livre na intermediária encostado á linha lateral, colocando a bola com conta, peso e medida para a cabeça do brasileiro César com este a cabecear de forma fulminante e a fazer um golo de belo efeito.
Nos momentos finais da primeira parte o Ninense andou a cheirar o golo e fez várias tentativas para violar a baliza de Paulo Jorge mas o resultado manteve-se em 2-0 até ao intervalo.
Na segunda parte, o jogo teve muitas paragens para assistência a jogadores, ainda que o mesmo não tenha sido viril.
O Ninense instalou-se no meio campo do Arões que teve que fazer uma alteração forçada ao intervalo com a saída de Vítor Beijinhos, ressentido de uma lesão. Numa equipa que só por si já estava limitada com várias ausências por castigos e lesões, Francisco Branco teve que esticar o pano outra vez. Vitinha passou para o lado direito e Ângelo teve que recuar para defesa esquerdo.
Aos 67 minutos, Borralho mandou uma bomba de fora da área e a bola bateu com estrondo na barra da baliza de Paulo Jorge e depois no chão, ficando os homens de Nine a gritar golo que não viria a ser confirmado.
O Arões estava encostado ás cordas e o Ninense, instalou-se no meio campo fafense que jogava mais com o coração que com a cabeça.
Aos 74 minutos, Hélder desviou dois jogadores fafenses do caminho, ficou com a baliza enquadrada no ângulo de visão mas tentou desviar o máximo de Paulo Jorge e a bola raspou no poste e saiu.
O Arões raramente descia à baliza contrária e quando o fazia era sempre em inferioridade numérica o que não dava muitas hipóteses de êxito.
Aos 80 minutos, Miguel Castro, na cobrança de um livre fez um dos raros remates do Arões nesta segunda parte, tendo a bola saído ao lado.
Aos 85 minutos o Arões sofreu a 17.º grande penalidade da época, quando Pinto travou Luís na área. Borralho atirou rasteiro e colocado sem hipótese para Paulo Jorge.
O Arões tremeu nos minutos finais e já em período de compensação sobre compensação, sendo certo que o árbitro deu quatro minutos, Nuno cobrou um livre ao primeiro poste onde Batista desviou mas para fora, tendo os fafenses suspirado de alívio.
César |
O jogo não terminou logo e o Arões teve que ser forte para aguentar a ponta final, tendo conseguido uma vitória difícil mas saborosa.
Jogo realizado no Campo do Atães Futebol Clube, em Guimarães.
Árbitro: António Miranda, auxiliado por Vítor Monteiro e Joel Vale.
ARÕES SC: Paulo Jorge, Vítor Beijinhos (Chuiquinho, 46), Duarte Nuno, Pinto, Vitinha, César, Ibrahima, Romeu, Lameirão (António, 81), André (Miguel Castro, 71) e Angelo. Treinador, Francisco Branco.
AD NINENSE: João; Nelson, Nuno, Leal (David, 78), Luís, Mário, Cesário, Francês (Bruno, 60), Borralho, Hélder e Torres (Batista, 64). Treinador, João Salgueiro.
DISCIPLINA: Cartões amarelos – Borralho, 14; Lameirão, 33; Romeu, 58 e Chuiquinho, 94.
MARCADORES: Romeu, 15 (g.p.); César, 38 e Borralho, 85 (g.p.).
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