Texto e fotos: João Carlos Lopes / Tiago João Lopes
- Árbitro deu festival de apito
O Fafe perdeu por uma bola a zero com o Marítimo B, no jogo referente à última jornada da primeira volta do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão B, numa partida em que o árbitro Pedro Maia deu festival de apito ao mostrar 12 cartões amarelos e um vermelho na última meia hora de jogo, tendo mostrado apenas um nos anteriores 64 minutos.
A equipa insular apresentou-se em Fafe para jogar um futebol solto e desinibido, com transições rápidas e sucessivos desdobramentos no ataque, o que deixou, desde os minutos iniciais, os fafenses em alerta máximo com a previsão de um “tsunami” .
Logo aos dois minutos, um remate cruzado de Kanu revelou as intenções dos insulares. Nos minutos seguintes a equipa do Marítimo mostrou um ritmo diabólico, pecando apenas nos pormenores finais.
O Fafe deu um ar da sua graça aos sete minutos, com Filipe a fazer um remate que saiu ao lado. Mas aos nove minutos, Miguel Veiga, ficou com a bola nos pés e aguentou bem a pressão de um maritimista acabando por rematar ao lado quando o guarda-redes veio ao seu encontro.
O Marítimo voltou à carga aos 14 minutos com Kanu a fazer uma recepção de bola no interior da área, a rodar mas a atirar ao lado.
A partir dos 25 minutos o jogo ficou mais pausado porque os insulares baixaram o ritmo. À passagem da meia hora, contra-ataque insular com alguma atrapalhação da defensiva fafense. Aos 31, Edivândio, no interior da área fafense, rematou à meia volta e viu a bola sair por cima da trave.
Aos 38 minutos foi a vez do Fafe criar perigo. Cruzamento e João Carneiro para o interior da área, Miguel Veiga, ajeitou e depois tocou, sempre de cabeça para Filipe e este, nas costas da defesa, rematou de pronto, contudo a bola saiu um pouco ao lado do segundo poste.
Aos 40 minutos surgiu a melhor ocasião de golo no primeiro tempo, pertencendo ao Marítimo. Kanu deixou Edivâncio isolado na cara de Ricardo mas o jogador insular acabou por permitir defesa espectacular com os pés do guardião fafense.
No segundo tempo, o Fafe começou com um remate de João carneiro logo no primeiro minuto que o guardião insular sacudiu. No minuto imediato foi Mike a cabecear na sequência de um canto mas a bola saiu à figura do guarda-redes.
Foi na sequência de um canto que surgiu o golo do Marítimo, aos 49 minutos. Canto cobrado por Ruben, a bola sobrevoa toda a área do Fafe sem que ninguém lhe tocasse e chega ao pé de Sami, entrado ao intervalo, com este a empurrar a bola para o fundo das malhas.
A reacção do Fafe foi ténue e o Marítimo, com um futebol mais fluído e bem delineado controlou o jogo, pelo menos até aos 63 minutos. A partir daí o que se viu foi um festival do árbitro da partida Pedro Maia que usou e abusou dos cartões que trazia no bolso, mostrando-se demasiado vulnerável a desabafos dos jogadores que foram punidos por tudo e por nada mesmo sem se dirigirem ao juiz do jogo. Na verdade, se na primeira parte tinha mostrado apenas um cartão, no segundo tempo mostrou mais 12 amarelos e um vermelho, isto em cerca de meia hora de jogo. O que equivale a dizer que, em média, o jogo esteve interrompido quase de dois em dois minutos, na última meia hora.
O certo é que a actuação do árbitro acabou por prejudicar seriamente a reacção do Fafe que, face ao sucedido, praticamente não teve hipóteses de ser colocada em prática.
Só aos 88 minutos é que se viu um remate intencional à baliza, com Miguel Veiga a fazer voar Ricardo com este a ceder canto.
Os últimos minutos foram de um futebol mais directo por parte dos fafenses mas por aí estava o Marítimo bem pois tinha jogadores demasiado altos para impedir o tráfego aéreo fafense.
Jogo realizado no Parque Municipal de Desportos, em Fafe.
Árbitro, Pedro Maia (CA Porto), auxiliado por Ludovico Franco e Nuno Soares.
AD FAFE: Ricardo; Mike, Zé Manel (Hugo Oliveira, 73), Xavi e João Carneiro; Bijou, Bruno Pereira (André, 45’) e Silvestre; Filipe, Miguel Veiga e Jorginho (Ferrinho, 45’). Treinador, Agostinho Bento.
MARÍTIMO B: Ricardo; Rafael, Igor, João Diogo e Ruben; Yuri, Helmut (Sami, 45) e Marakis; Arsénio (Romeu, 78), Kanu (Dino, 86) e Edivândio. Treinador, Rui Rodrigues.
MARCADOR: Sami, 49.
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