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sábado, 15 de janeiro de 2011

Juniores: 2.ª Div. Nac.: AD Fafe, 3 – Palmeiras, 0




Texto: João Carlos Lopes
A primeira ali tão perto!
- Golos de Adriano, Mota e João Vítor
Ao vencerem o Palmeiras por 3-0 e aproveitarem o empate do Desportivo das Aves frente ao Paços de Ferreira, os juniores da AD Fafe ficam agora isolados na terceira posição com cinco pontos de vantagem sobre o quarto classificado, os avenses, quando estão três jogos por disputar, sendo certo que os próximos dois, Paredes e Abambres serão disputados fora de portas e o último jogo será em casa frente ao Aves.
De recordar que os três primeiros classificados se apuram directamente para um dos grupos que irá discutir a subida de escalão e que, na segunda fase sobe 50 por cento de cada grupo de quatro clubes, pelo que os fafenses, muitos deles de uma geração de ouro, em que foram campeões em todos os escalões por onde passaram até aos juniores, têm um motivo extra para terminarem a sua formação na AD Fafe. Ressalve-se que, muitos deles, apesar de serem assediados por outros clubes com melhores condições nunca quiseram trocar de camisola, honrando e sentido o nome da AD Fafe.
Neste jogo frente ao Palmeiras os fafenses dominaram quase toda a partida, frente a uma equipa que se revelou fechada no seu meio campo mas que rematou muito pouco á baliza do Fafe.
Aos 9 minutos João Vítor, na sequência de um canto apontado por Mota, atirou ao lado; aos 14 depois de cruzamentos de Mota e Adriano, a bola chegou a Castro mas a recpção na foi a melhor e perdeu-se uma boa ocasião; aos 21, Mota cruzou tenso, João Miguel penteou a bola e Flávio aliviou com os punhos.
O maior ascendente do Fafe foi coroado com um golo apontado por Adriano, aos 25 minutos, com este a aproveitar um passe atrasado de um companheiro no lado esquerdo do ataque fafense para finalizar, junto do primeiro poste.
Durante os primeiros 45 minutos os bracarenses apenas chegaram à baliza do Fafe através de bolas paradas e mesmo assim sem criar perigo efectivo.
No segundo tempo o Fafe continuou a dominar a partida que se revelou mais faltosa e com várias interrupções e algumas más decisões da equipa da arbitragem que , contudo, não interferiram no resultado.
Aos 48 minutos Mota teve o segundo golo nos pés mas atirou à figura de Flávio.
Aos 61 o juiz da partida expulsou o avançado fafense Adriano, com o segundo cartão amarelo, por este não acatar a ordem de o mesmo sair pela linha mais próxima. Com esta contrariedade o grande sacrificado foi Zé Brochado pois Marcelo acabou mesmo por entrar como estava estipulado antes de Adriano ser expulso.  
Neste segundo tempo o espectáculo viveu-se mais na bancada que propriamente no campo. Na verdade, certas opções do trio de arbitragem levaram a alguns impropérios e a frases dignas de um anedotário futebolístico. O certo que a boa disposição esteve sempre presente.
O Fafe chegou ao 2-0, através de um livre directo apontado por Mota. O médio fafense cobrou a falta do lado esquerdo do ataque fafense perto da linha da área mas mais ou menos a meio da extensão dessa linha, aplicando um pontapé seco ao primeiro poste, fazendo a bola entrar no ângulo, com o guarda-redes Flávio ainda a tocar na bola.
Aos 73 minutos mais um caso insólito. Um jogador do Palmeiras estava no chão, Mota tinha a bola em poder do Fafe e queria parar o jogo ou atirar a bola para fora, o árbitro mandou seguir e o jogo aqueceu com uma entrada de rompante de um homem do Palmeiras. A sorte é que a bola foi para fora e o árbitro mandou entrar o massagista e, na verdade, o jogador que estava caído acabou por ser substituído.
Um dos raros remates do Palmeiras ocorreu aos 84 minutos com Joãozinho a atirar ao lado da baliza de Marçal que nesta partida foi quase um espectador.

O Fafe chegou ao terceiro golo aos 85 minutos. Castro fez a recepção da bola na área, deu um nó cego no defesa do Palmeiras mas acabou por atirar ao poste, a bola sobrou para João Vítor que estava no sítio certo na hora exacta e rematou para o fundo da baliza, coroando com uma cereja no topo do bolo a excelente exibição que rubricou no meio campo fafense, onde é um poço de energia e um bombeiro sempre atento, pronto a acorrer a qualquer emergência, sendo um dos expoentes máximos desta geração de ouro de jogadores.  
Já no último de três minutos de compensação, o palmeirense Roberto, agrediu Serginho ao pontapé, quando este estava no chão e acabou expulso.
O Fafe foi um justo vencedor, ante um Palmeiras aguerrido mas sem argumentos para contrariar a melhor qualidade futebolística dos fafenses. A equipa visitante usou bem o seu porte físico mas faltou-lhe acutilância para fazer melhor que o pouco que fez.
Jogo disputado no Campo n.º 2 do Parque Municipal de Desportos, em Fafe.
Arbitro: Carlos André Macedo, auxiliado por Jorge Ribeiro e David Macedo.
AD FAFE: Zé Marçal; João Pedro, Rampa, Fábio e Toka; Mota, João Vítor e Zé Brochado, Castro, João Miguel e Adriano. Treinador, Miguel Paredes.
PALMEIRAS FC: Flávio; David (Afonso, 79), Hugo, Aníbal, Ruizinho, Men (Joazinho, 65), Roberto, Joca, João Nuno (Gerson, 76), Carlitos e Vintena. Treinador, Miguel Santos.
MARCADORES: Adriano, 25; Mota, 70 e João Vítor, 85.
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