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segunda-feira, 12 de março de 2012

Homenagem a Delfim Sepúlveda mostrou que ainda há gente boa no mundo


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Texto e fotos: João Carlos Lopes


Foi de facto emocionante a homenagem que os Veteranos do Atlético Cabeceirense e da UD Fafe A60 prestaram a Delfim Manuel Sepúlveda na tarde e noite do último Sábado, no recinto de Jogos do Operário Futebol Clube de Antime.
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A receber a camisola das mãos do presidente Zelino
Foi bonito ver o capital de bonomia que o jogador deixou no Clube de Basto na época de 1996/97 e a forma como os antigos companheiros o tratam, volvidos tantos anos. Mas entre todos eles um merece especial destaque porque o seu coração esteve transparente na tarde de Sábado. Arturinho foi sem dúvida aquele que conseguiu transmitir uma ligação forte ao antigo companheiro de equipa e o que viveu com mais fervor esta homenagem a Delfim. Foi tanto assim que na hora da despedida não conseguiu conter as lágrimas. Delfim sentiu tudo isso e ficou imensamente satisfeito por saber que há pessoas assim, como estes companheiros do Cabeceirense que nunca o esqueceram, apesar de ele na altura ter apenas 19 anos e estar a dar os primeiros passos no futebol sénior depois de ter sido campeão Distrital de Juniores pela AD Fafe.
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Esta festa que fizeram a Delfim não só serviu para o homenagear mas também para reviver histórias e para reconhecer a sua irreverência, própria da juventude, que não conseguiu evitar naquela época ao serviço do Atlético Cabeceirense, cujo presidente era Zelino, também ele presente nesta homenagem e a reviver momentos altos da vida do clube de Basto, que todos recordam com muita saudade. 
Com Arturinho
A vida foi madrasta para Delfim mas Deus deixou-lhe muitos e bons amigos, pessoas que realmente gostam dele e que manifestam esse amor e carinho publicamente.
Na hora dos discursos o treinador dos Veteranos do Atlético cabeceirense, Engenheiro Avelino Leite, aproveitou para reinar com os seus jogadores ao dizer que não cumpriram nenhuma das três coisas que lhes tinha pedido para este jogo, jogar bem, portar-se bem e ganhar, dizendo isso com ironia o que aumentou o ambiente de boa disposição da sala. Aproveitou para desejar as maiores felicidades a Delfim e para que o mesmo vá em frente na sua luta, reconhecendo que é difícil mas que com os amigos se consegue viver um pouco melhor.
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Na ausência do presidente Rogério Ferreira, acometido de doença impeditiva de sair de casa, Nito Coelho, também ele antigo companheiro de Delfim no Cabeceirense, falou em nome da UD Fafe A60. Foi precisamente para recordar esses momentos que disse que foi um ano do melhor que teve na sua vida enquanto jogaram no Cabeceirense. Aproveitou ainda para dizer que a AD Fafe deveria ter feito uma homenagem como esta, pois Delfim fez lá toda a sua formação.
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Durante o jantar, feito na Senda do Operário, as duas colectividades aproveitaram para entregar lembranças a Delfim. Do lado do Cabeceirense, foi-lhe oferecido uma imagem do Basto em Madeira e um livro escrito por um jovem de 17 anos, João Pacheco,  que por sinal é filho de Arturinho, entre outras recordações. A UD Fafe ofereceu-lhe um azulejo com que presenteia todos os clubes com que joga e com motivos do Clube e de Fafe.
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Ainda antes de começar o jogo, Delfim recebeu uma camisola do Cabeceirense, como n.º 7, o seu número naquela altura, e o seu nome nas costas. Também o amigo Manuel Correia lhe ofereceu um boné autografado.

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Relativamente ao jogo, que apenas serviu de motivo para a homenagem, A UD Fafe venceu dois a um, com um nulo ao intervalo. Na segunda parte, Zequinha abriu o marcador para os de Basto e, depois, Luís Mário igualou e Braga colocou a UD Fafe na frente.
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Ver a ficha do jogo noutra notícia.
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