Texto e fotos: João Carlos Lopes / Tiago João Lopes
Um empate com sabor a bolor
O AC Fafe empatou com o Madeira SAD a 27 golos numa das mais fracas exibições que fez na presente temporada, sendo mesmo a mais fraca realizada no Pavilhão Municipal. Os madeirenses apresentaram-se em Fafe, apenas com três suplentes, sendo um deles guarda-redes e ficaram apenas com um suplente de campo por lesão de um atleta aos dez minutos da segunda parte.
Os fafenses chegaram a ter o jogo na mão mas uma série de erros pouco condizentes com a experiência e o estatuto dos jogadores, que sabem e podem fazer muito mais e melhor acabou bafejado pela sorte que acaba por ser o empate que dá dois pontos mas fica a nítida sensação que podiam ter sido três ou apenas um, o da derrota. O empate é mesmo um mal menor mas não apaga a má exibição.
A equipa orientada por Nuno Santos voltou a entrar em falso no jogo permitindo os parciais de 0-3 e 1-5. Mais uma vez os fafenses tiveram que correr atrás do resultado e isso implica quererem fazer tudo bem e depressa, o que, na maioria das vezes resulta no contrário. Desta vez conseguiram-no relativamente cedo passando para a frente com 7-6, tendo mesmo chegado aos 11-8 ainda antes dos 20 minutos.
A partir daí e com possibilidade de dilatar o marcador as precipitações que marcaram o mau início da temporada passada repetiram-se, com passes mal medidos e contra-ataque subaproveitados, com algum azar à mistura em algumas bolas que foram à madeira da baliza.
Aos 22 minutos e meio já o Madeira SAD tinha recuperado a vantagem, aumentando-a perante um ACF passivo e desgarrado, sem ideias colectivas, o que resultou numa desvantagem ao intervalo de 13-17.
Na segunda parte o ACF conseguiu reduzir para 16-18 mas depois voltou a decair permitindo aos insulares chegar aos 17-23, naquela aos 41 minutos de jogo, naquela que foi a maior diferença na partida.
O ACF só voltaria a igualar aos 26 minutos e meio, a 26 golos mas o Madeira SAD ainda conseguiu marcar e a 20 segundos do final Nuno Pimenta estabeleceu o resultado, sendo o restante tempo dramático para os fafenses e para o muito público que gosta de andebol e que acorre ao Municipal de Desportos.
Um empate que se digere mas que tem sabor a bolor. O bolor de um Madeira SAD que mesmo com poucas opções luta com garra e determinação mostrando como deve ser a uns fafenses que tiveram aqui a oportunidade de somar mais um ponto do que alcançaram mas que de vez em quando desapareciam literalmente do jogo. Ainda bem que voltaram a tempo de segurar dois preciosos pontos.
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